CARTA DE PRINCíPIOS
A INTERNET
É o fascinante e até agora impensável veículo de comunicação de massas do século XXI, da era vulgar, já incrustado no anoitecer do Século XX - navegar pelo espaço e pelo planeta virtualmente (e quem sabe se no futuro não tão longínquo, por todo o universo), sem sair-se de casa ou do gabinete de trabalho, conseguindo comungar seres de todos os credos, opiniões, cor, origem e tendências ou, na concepção larga de nossa Carta Política, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, ou, ainda, adaptando o preceito, todos são iguais no espaço cibernético, sem distinção de qualquer natureza, aplicando na prática e naturalmente princípio basilar da Carta das Nações Unidas, que, no artigo lº, inciso 3, apregoa a cooperação internacional, para resolver os problemas internacionais de caráter económico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e à s liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião, consagrando o comando bíblico de que Deus, Ele só, fez as criaturas e as dirige e Ele só fez, faz e fará todas as obras, sem distinção entre os seres, porque nenhum pai ou mãe distingue entre seus filhos. E qualquer que seja o credo, idêntica será a ordem. O Grande Arquiteto do Universo é o supremo criador e construtor do Universo.
O ser humano deve, adaptar-se, imediatamente, ao novo milênio da era comum, que se aproxima velozmente, e a um mundo deslumbrante envolvido por novos mercados e blocos comerciais, profundas alterações político - sociais, queda e criação de novos impérios económicos e sociais e Estados, numa universalização jamais vista, e por descobertas tecnológicas e científicas, que exigem do homem e do novo estadista mais que meros expedientes legislativos ou messiànicas posturas, senão intensa arte de ourivesaria, na elaboração jurídica, porque o verdadeiro direito é aquele que anda de mãos dadas com a justiça social e com a realidade. As leis são amostras de comportamento que traduzem a consciência social de um povo e de uma era e devem-se harmonizar com as novas realidades que despontam, para não se apartar de vez do homem e fenecer solitária.
É verdade que o homem se encontra ainda no primarismo do desenvolvimento espiritual e social, predominando a violência individual e coletiva, exteriorizando a fera, que pensávamos dominada para todo o sempre; todavia, apesar de tudo, sem dúvida, a boa humanidade se encontra em cada um de nós, assim que:
Não importa que a frivolidade e a inércia desencantem.
Não importa que a angústia se apodere, por segundos, de nossa alma.
Não importa que o esforço e o trabalho nada representem para alguns.
Não importa que poucos maus se sobreponham a muitos bons.
Porque o homem bom vive em todos nós.
Porque a alma luzidia não se apaga jamais.
Porque a estrela cintilante jamais se queima.
Porque a chama da esperança jamais se extingue,
tornando essa humanidade menos cruel, menos sangrenta, menos dolorosa, mais unida e confiável! Porque, se o sacerdote cuida da alma; o engenheiro, da obra; o artista, da beleza; o médico do homem e até de sua alma, o advogado e o jurista cuidam do Direito, o que torna a esperança uma realidade e a realidade uma esperança de melhor viver!
Este é o futuro da humanidade, se todos se congregarem, num só ideal: a felicidade da família humana, através da solidariedade e do amor. E eu acredito na INTERNET, como uma via de intercomunicação, entre os homens, para, finalmente, atingir a Idade de Ouro do Espírito, decantada pelos poetas latinos e pelos Iluminados.
Eis por que vejo na página da INTERNET uma forma de congregar, voluntariamente, os homens do Direito, numa avenida, sem precedentes e sem distinção, que o conduza a todos os sites e permita-o ingressar, em cada um deles, democraticamente, para apreciar e se deleitar com os diversos produtos culturais, que se aprimorarão nessa salutar diversidade na unidade, sem dissensão, senão com a profícua e necessária colaboração, como se estivesse numa imensa BIBLIOTECA, não para disputar as grandes e preciosas obras, senão para selecionar aquela que melhor se ajuste, no momento, Ã s suas necessidades e ao prazer da boa leitura.
Tudo isto me leva a pensar na associação cooperativa, de grande vulto.
Como princípio de integração nesta inovadora associação, na seção de apresentação, aos que desejarem, poder-se-ia permitir que escreva o editorial, escolhendo o tema, como chamariz de sua própria home page, Ã semelhança do que ocorre nos principais jornais, que fazem a chamada na primeira página.
A título de demonstração de verdadeira associação, essa cidadela estaria enriquecida com o link de cada página.
Que a avenida dos sites jurídicos atinja o fim desejado por todos nós, que pretendemos a cooperação e a comunhão, num mundo ainda dividido e discriminado!
Leon Frejda Szklarowsky .:
Escritor, advogado, professor universitário, jornalista e juiz arbitral. E-mail: leonfs@pobox.com http://www.geocities.com/Athens/9100/
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