Ah, se eu pudesse! Voltar ao passado...
E, sem os desencantos do presente,
No colo de vovó aconchegado,
Ir-me entregando ao sono, lentamente...
E ouvi-la a me contar – de alcance imenso!
Passadas em palácios ou em nichos,
Histórias – lapidário do meu senso!
De fadas, magos, e outras mais.; de bichos...
Ah, se eu pudesse! Descobrir na bruma
Desta manhã nascida assim, tão triste,
Entre essas ruas que se abrem, uma
Que me levasse ao que já não existe.
Por ela eu entraria – deslumbrado!
Não sem levar você comigo, Nina.
E, então, a caminharmos lado a lado,
Deixando para trás esta neblina,
Seríamos, ao sol reconquistado,
De novo, um menino e uma menina.
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