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Poesias-->13. JESUS POETA -- 17/04/2003 - 06:46 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Jesus pequenino, um dia,

Quis fazer uma poesia

De puro amor a seu pai:

— “José, eu te amo, querido,

Se alguém já amou, duvido

Que sobre o meu sobressai.”



Muito tempo se passou.

José para o Céu voou

E quis proteger Jesus,

Mas ficou muito surpreso,

Pois viu todo um templo aceso,

No filho cheio de luz.



Acreditou na poesia,

Pois ninguém melhor diria

A rima cheia de graça.

Pediu ao Pai, no infinito,

Que desse um fim bem bonito

Àquela gema sem jaça.



Mas para o seu desespero,

Eis Jesus em exagero

De sofrimento e de dor.

José se pôs muito aflito:

Não era o “fim bem bonito”

A quem lhe tivera Amor.



Quis acusar a Deus—Pai

De rejeitar a quem vai

Perder a vida na cruz.

Sobe correndo a montanha

(Nunca vira dor tamanha):

Lá em cima estava Jesus.



O cravo lhe fura o punho.

É bem duro o testemunho,

Mas Jesus só diz sereno:

— “Eu te amo, Pai querido.

Se alguém já amou, duvido

Que teve fim tão ameno.”



Aí José compreende

(Quanto n’alma o amor rende!)

Que Jesus ultrapassava,

Em vigor e piedade,

Em justiça e caridade,

Aquela dor que o levava.



Em preces, passou a tarde,

E agora que o Sol mais arde

Vê o filho estrebuchar.

A Natureza acompanha

A morte lá na montanha

E faz fremir todo o ar.



José não mostra mais medo,

Pois percebeu o segredo

Daquele ser superior,

Vendo, em tanto sofrimento,

Sem um único lamento,

Toda a pujança do Amor.



Antes que o filho apareça

E seu carinho ofereça,

Eleva uma prece ao Pai:

— “Eis nosso amor, Pai querido,

Se alguém já amou, duvido

Que do nosso sobressai...”



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