Ó saudade, que meu coração volteias
Com as lembranças dele, a todo instante...
Tirano, julga-te um homem triunfante,
Apertando, da ausência, as fortes cadeias.
A dor que meu coração permeia,
Ao saber-te tão perto e tão distante,
Faz de mim a mais triste amante,
Aplaca o fogo da vendeta,
que me invade as veias...
E, lembrando das ternas juras,
Dos beijos e das fantasias, eu choro,
E minh’alma à amargura entrego...
Deixaste-me por razão desconhecida,
Esmagaste meu amor, flor tão linda,
Cercaste, com o silêncio, a minha vida,
Pois não pertenço a tua casta...
Fizeste-me infeliz, e isso te basta...
Não mais me terás ao teu lado,
Nem os meus suspiros de amor ouvirás,
Parto, e teu nome da lembrança apago,
Para que o meu viver, não seja amargurado...
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