Como vate helênico empunho a lira,
E à tua formosura entôo meu canto,
Enfeitiçado por teus olhos que podem tanto,
Estremece meu corpo e o coração suspira.;
Por teu amor, que há muito ele aspira.
Sou o senhor dos teus carinhos e encantos
Sensuais, que me infundem tantos espantos,
Tantos devaneios e, de desejo, minha cabeça gira.;
Ao tê-la assim, nua, minha nobre princesa,
Beijo-te com boca de fogueira acesa,
Faço-te tremer como a terra em loucura.;
No auge do terremoto, expondo toda a beleza
Da fenda aberta que me dá a sublime ventura
De senti-la espargir faíscas de gozo na natureza...
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