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Ensaios-->A grande peni(s)tência -- 17/04/2024 - 23:00 (Brazílio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

 

 

 

Política e Economia

Opera Mundi

 

Hoje na História

Hoje na História: 1077 - Imperador Henri IV ajoelha-se aos pés do papa Gregório VII

Monarca germânico recusou o aumento da influência do pontífice sobre as relações de vassalagem

Max Altman

São Paulo

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Em 25 de janeiro de 1077, em meio à Querela das Investiduras, o imperador germânico Henri IV vai à Canossa para se ajoelhar diante do papa e pedir-lhe perdão. A expressão “ir à Canossa” significa que alguém se submete às injunções do adversário. Remonta ao século XIX, quando o chanceler alemão Bismarck, em conflito com a Igreja católica, exclamou “Nós não iremos a Canossa!”.

No ano de 1075, o papa Gregório VII publicou 27 normas sob o título Dictatus papae (Édito do Papa), pelas quais determinava que os bispos deveriam ser nomeados por ele e não mais pelo imperador. Até mesmo o próprio papa seria eleito por um conclave de cardeais e não mais pelos nobres romanos. 

As normas faziam parte de um vasto movimento de reforma iniciado pelo papado pouco depois do ano mil e que visava à imposição de sua autoridade, até então bastante simbólica, sobre a cristandade. 

O imperador Henri IV opôs-se a essas reformas que rompiam com a tradicional submissão do clero ao poder laico e que colocava o soberano pontífice num patamar abaixo do imperador.  O imperador determina então a deposição do papa que responde com a excomunhão, privando-o dos sacramentos e da obediência de seus vassalos. 

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Fidalgos alemães aproveitam para recuperar bens e vantagens que lhes haviam sido confiscadas e elegem inclusive um rei concorrente. Abandonado gradativamente por todos, Henri IV teme que o papa viaje à Alemanha como forma de apoio aos dissidentes. 

 

Monarca germànico recusou o aumento da influência do pontífice sobre as relações de vassalagem

Wikimedia Commons

Monarca germânico recusou o aumento da influência do pontífice sobre as relações de vassalagem

O imperador toma a dianteira e parte para a Itália ao encontro de seu inimigo, que estava visitando a condessa Matilde da Toscana, em seu castelo de Canossa. 

Fazia muito frio e o imperador teve de esperar três dias até que o papa se dispusesse a recebê-lo para revogar a excomunhão. O papa não teve outra escolha senão perdoar o penitente. Mas, como o pontífice temia, o imperador se aproveita para restaurar sua autoridade e retomar a Querela das Investiduras. 

A falsa vitória fingida pelo papa em Canossa desembocou numa vitória do imperador. Henri IV reúne um concílio de sua devoção para nomear um papa mais conciliador. Gregório VII teve de se esconder junto dos normandos que ocupavam o sul da Itália. Porém, seus incômodos amigos, sob o pretexto de reinstalá-lo no trono de São Pedro, aproveitam-se para ocupar Roma e saqueá-la. O papa reformador morre em Salerno, abandonado por todos, em 25 de maio de 1085. 

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Depois dele, o papado teve ainda de lutar durante vários decênios antes de, em 1122, com a concordata de Worms, ganhar definitivamente a Querela das Investiduras. O papa afirma-se desde então como o chefe inconteste da Igreja.

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