É hora de passar sobre a dor.
É hora de concentrar-me nas pontadas do corpo,
habitar o roxo dos hematomas.
ver que algo surgiu,
no instante do golpe,
quando o sangue extravasou.
É hora de achar os sais da carne,
Descobrir vazadouros de líquidos fecundantes,
entrar em convulsão,
ultrapassar as partes fibrosas que ligam os órgãos,
(tão limitados em suas funções)
e sentir-me vivo.
Sentir-me óbvio.
DO LIVRO:"BORBOLETAS NOTURNAS NÃO EXISTEM"
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