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Artigos-->19. UM DIA APÓS O OUTRO -- 27/03/2002 - 06:00 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Nosso subtítulo da obra foi aquinhoado com muitas páginas a mais do que o título propriamente dito, porque nos interessava ressaltar de início a amplitude das tarefas que os espíritos arrebanhados nesta colônia realizam, em função do progresso tornado a principal lei para o ganhar de desenvoltura, no sentido de melhor compreender as dificuldades existenciais que nos inibem a evolução. Por via de conseqüência, aspirávamos a confidenciar aos irmãos leitores o quanto de sutil existe no pensamento de quem vem desligando-se dos liames carnais, à proporção que se desfazem os compromissos cármicos com as entidades com quem contraímos débitos e que vão ajustando-se ao nosso nível vibratório, quando não nós aos deles, de sorte que o trabalho vai ganhando uma dimensão filosófica e teórica que prescinde de qualquer atuação socorrista no âmbito dos seres ainda em fase evolutiva inferior.



Quando a vida ensina é o que nos passa a interessar mais de perto, tendo chegado ao limite das informações inteligíveis ou compreensíveis sem grande esforço metafísico.



Aqui é que a porca verdadeiramente torce o rabo, porque será muito difícil para qualquer mensageiro do etéreo de nossa categoria trazer incentivo original e proveitoso, sem que sejamos acusados de deficitários, tendo em vista a imensa quantidade de mensagens e comunicações, de instruções e de desenvolvimentos teóricos de toda espécie, principalmente no campo do incentivo à prática das virtudes, pela conotação rigorosa com os ensinos de Jesus e de Kardec.



Entretanto, para que não nos postemos na incômoda situação de quem muito promete e pouco ou nada cumpre, vamos dizer que, um dia após o outro, os problemas vão pondo-se diante dos amigos encarnados, quase sempre na ordem de novidades, porque é óbvio que, se assim não fosse, não teriam nenhuma dificuldade em definir-lhes a melhor solução.



Para quem realiza semanalmente o estudo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no lar ou em alguma agremiação espírita, meio caminho está percorrido, porque as respostas estão, de um modo ou de outro, ali formuladas, no estímulo à contenção dos arroubos dos sentimentos negativos e na pregação da maturidade intelectual, tendo em vista o equilíbrio mental que se deve manter em todos os casos das aflições e dos sofrimentos.



Já percorremos uma parte do caminho relativo ao enfoque dos terríveis acontecimentos sociais e dissemos para que se evite carregar o peso vibratório da população que se revolta contra alguns indivíduos menos felizes. Podemos acrescentar que é preciso que não se percam as oportunidades de se chamar a atenção dos parceiros encarnados para a necessidade de se coadunarem os pensamentos e as ações pelo modelo evangélico, ao custo do sacrifício da opinião contrária, que é muito mais fácil de agasalhar, porque não gera distúrbio algum que possa melindrar as pessoas.



Unindo título e subtítulo, vemos que a vida nos ensina através da luta pelo progresso, ou seja, nada nos cai do céu, nem mesmo estas mensagens psicografadas, pois se exige dos leitores altas lucubrações no sentido de superar preconceitos e de assimilar pontos de vista muitas vezes inusitados ou novidadeiros. Um simples noticiário de jornal escrito ou teletransmitido pode ocasionar a oportunidade de aumento da pressão dos eflúvios emocionais, de sorte que o exercício de acompanhamento de como o mundo está realizando a sua performance existencial pode vir a ser útil para a estabilização dos conceitos doutrinários, desde que se dê a aplicação imediata dos ensinos espíritas a cada situação divulgada. Uma lei é aprovada? Avalie-se sua extensão e oportunidade e como se coaduna com as leis naturais ou divinas, determinando-se o que falta aos homens para completarem o texto que passa a vigorar, ajustando-o aos reclamos das imposições superiores. Alguém levou um tiro e está entre a vida e a morte? Uma oração pode ser um bom lenitivo para os diversos sentimentos que nos envolvem pela simpatia ou antipatia em relação à vítima ou ao agressor, oferecendo ainda a perspectiva de emular os benfeitores pessoais para que compartilhem dos serviços junto às famílias em transe. E assim por diante.



Alguém poderá dizer que viver dessa maneira vai tornar-se quase impossível, que ninguém é carola a tal ponto, que aos espíritas cabe ler Kardec para viver Jesus, enquanto desempenham seus atos de caridade nos centros, auxiliando os desencarnados que comparecem para as sessões mediúnicas. Pode também lembrar-se de que existe o cansaço natural de quem labutou o dia inteiro, havendo participado à noite dos trabalhos doutrinários e que se sentou à frente do aparelho ou abriu o jornal em ato reflexo, para que a mente e o corpo se acomodem ao sistema de refazimento energético que se inicia antes do sono restaurador das forças debilitadas. Haverá até quem diga que automatizar todos os conhecimentos obriga a certos atos meramente condicionados, sem a participação consciente da alma, ou seja, que tudo passa a se realizar como aquela prece recitada sem se prestar atenção nos dizeres, com o fito de se estimular o desligamento da realidade para que o indivíduo caia no sono.



Aceitamos que todos esses argumentos contenham seus elementos de veracidade e de profunda vivência no campo material. Aceitamos até que o nosso ponto parte de princípio alheio à composição corpórea dos encarnados, dando um salto sobre as dificuldades imanentes ao organismo terreno. No entanto, não podemos deixar de demonstrar que a perfeição haverá de passar pela superação de todos os problemas e que, vai dia, vem dia, nos defrontaremos com a necessidade da iniciativa de uma tomada de resolução mais definitiva e universalista, quanto aos preceitos que aceitamos por força da coerência dos raciocínios, mas que hesitamos ainda em pôr em prática, quase com certeza por termos algum medo inconfesso quanto à opinião alheia ou quanto aos mistérios psíquicos de quem não se quer jamais em situação ridícula perante alguma acusação de debilidade formulada no âmago de suas expectativas de realização pessoal.



Em suma, nunca é tarde para começar, mas perder tempo quando se sabe que é preciso propiciar ao próprio espírito condições de superação de todos os defeitos poderá gerar, em época de maiores infortúnios, problemas ainda mais agudos e de mais difícil resolução.



Que surpresas nos estão reservadas para o dia de amanhã?



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