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Artigos-->Caminhos -- 26/03/2002 - 21:32 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Vida, para mim, são caminhos. Viver é, pois, caminhar. Um eterno ir e vir. Para todos os lados e de todos os lados. É, também, um eterno cair e levantar. E um constante dormir e acordar, que termina num ir sem volta. Vários são os caminhos e duas são as estradas. A estrada dos homem e a outra estrada. Uma, material, outra, espiritual.



A estrada do homem é, geralmente, cheia de atrativos. E tem muitos atalhos. E muitas opções. E muitas facilidades. Mas, geralmente, é mal sinalizada, cheia de curvas perigosa, com pontes e precipícios; não se pode confiar nas placas de sinalização; às vezes, há trechos da estrada cobertos de neblina, o que a torna escorregadia e exige maior atenção dos que nela transitam. Há, entre os usuários dessa estrada, algo em comum: o desejo de ser feliz e a ânsia ou a pressa de chegar, carregando um desejo sutilmente escondido por uma falsa sensação de liberdade. Liberdade que é sempre finita e passageira. Liberdade, que sabemos, sempre aquém das expectativas. Uma falsa liberdade. Mas que encanta, apesar de tudo.



Corre-se muito nesta estrada. E tudo por conta de uma pressa de viver. Há, para encurtar os caminhos, muitos atalhos; e há retornos, também; retorno para quem resolve tomar outro rumo. Atalhos e retornos, muitas vezes, que levam e trazem as pessoas para os mesmos lugares ou lugares diferentes. Poucos, entretanto, são os que se arriscam a mudar de estrada. A fazer um retorno de consciência. E mudar de caminho.



É esse mistério e essas dúvidas que assustam as pessoas. Mais os incrédulos e os caçadores de prazeres fáceis. Mas esta outra estrada existe. A bem da verdade, desde o início do mundo. É uma estrada velha e, de certa forma, conhecida. Sabe-se que nela o dirigir é devagar. Há muitos trechos que ainda permanecem do mesmo jeito: de chão batido.



Nela só é possível trafegar em baixa velocidade. Numa velocidade que apenas permite admirar a paisagem, nos seus detalhes. Sem correrias; sem pressa de chegar. E talvez por isso muitos desistam de arriscar a viagem por este caminho.



Quem haveria de ter tempo e interesse para olhar as matas, os rios e riachos que passam pelas janelas dos carros? Quem poderia ter paciência e curiosidade em relação ao mistério e no segredo que possa haver naquela casinha pendurada lá no alto da montanha, ou naquela outra, mais adiante, enterrada lá embaixo, no vale verde formado por currais, enfeitados com plantas e cheia de animais que se servem do pasto. Quem haveria de morar num lugar desses? Como se pode viver neste local, afastado de tudo e de todos, onde impera o silêncio e o barulho do vento empurrando, para lá e para cá, os galhos das árvores, indagará, por certo, o incauto viajante.



Realmente, trata-se de uma estrada muito antiga, como dissemos, e com poucos atrativos para quem tem pressa de viver “intensamente” , cada momento da vida. Uma estrada quase que abandonada. Poucas são as pessoas que ousariam tanta aventura. Um caminho reto, aparentemente estático, sem a dinâmica das curvas, que sempre surpreende os que gostam de emoções fortes. Mas aqui, nesta estrada, o que se exige é muita atenção, perseverança, fé e amor no coração.



É uma estrada que não tem fim. Por isso, ou principalmente por isso, as pessoas, desistem de seguir por ela. Às vezes, até no meio do caminho. Têm medo, ou não estão preparados para o que possa encontrar pela frente. Mas sempre há os perseverantes. Os que sentem a necessidade de trocar de estrada. De mudar de caminho.



E assim completam o novo percurso. E nos trazem notícias. Notícias que nos chegam através dos tempos. Através da tradição da palavra sagrada. Dos escritos bíblicos. Palavras que são renovadas pelos que aqui se incumbiram de divulgar o roteiro traçado por Deus para esta estrada. Palavras que nos trazem as boas novas. Que nos lembram que a estrada é a única que nos levará para a felicidade eterna. E o preço do pedágio é muito mais suave do que o sofrimento a que Cristo se submeteu para nos salvar. E o melhor de tudo: a estrada continua aberta aos interessados. Todas as manhãs ela está aguardando por nós.. Basta que arrumemos as malas. Não precisa levar mais nada. Apenas a fé deve acompanhar-nos.





Domingos Oliveira Medeiros

26 de março de 2002





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