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Artigos-->A chama da dignidade -- 26/03/2002 - 19:02 (Haroldo Pereira Barboza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A chama precisa permanecer acesa.



Muitas pessoas que passam perto de uma unidade de processamento de petróleo (refinaria), ficam curiosas com a chama que balança ao sabor do vento no alto de uma torre qualquer. À primeira vista, parece um desperdício a queima de combustível durante 24 horas. No entanto, tal fato é fundamental para a unidade, pois o sistema de separação de derivados (gasolina, diesel, gás, asfalto, etc) a partir do petróleo bruto, precisa de um ponto de escapamento para evitar que a pressão se acumule nos tanques e tubulações e provoque uma explosão. Se esta sobra de gás sair sem queimar, aumenta a poluição atmosférica. Além disso, a chama acesa nos indica que o sistema está normal. Se ela apagar (exceto para manutenção), de imediato os profissionais do setor ficam sabendo do perigo palpável e agem rapidamente para combate-lo.



Com a perda da P36, plataforma de extração que foi adaptada para também refinar, a chama que se apagou (também servia de referência às embarcações que passavam por perto), provocou o afogamento de mais uma parcela de nossa dignidade já combalida. E o pior, é sabermos que não foi por culpa dos valorosos patriotas petroleiros que sacrificam suas famílias para permanecerem 15 dias contínuos no meio do mar dando seu suor e sangue em prol da companhia que amam com orgulho elevado. Sabemos que a causa está baseada na filosofia do lucro a qualquer preço e do processo de desmoralização da empresa, para torna-la "doável" (Magri já disse isto?) numa bolsa de valores que serve de palco para peças teatrais imorais que debocham de nossa dignidade.



Mas a queda desta plataforma há um ano, precisa ter acendido uma chama maior, pela união da revolta de cada alma honesta desta terra. Esta chama é alimentada pelo combustível da indignação que cada um sente contra o sistema que nos força a rastejar pelos esgotos da submissão para atender às mordomias dos pilantras que furtam protegidos pelas leis que eles mesmos elaboram. Esta chama precisa se manter acesa em homenagem aos onze heróis que faleceram no evento trágico (além de outras dezenas em fatos anteriores) até que tenhamos eliminado do poder, as ratazanas que roem nossa qualidade de seres humanos.



Esta chama não pode ser apagada pelos ventos das mentiras sopradas pela mídia amestrada. É preciso despertar o povo da insônia para evitar que nossa terra continue colônia.





Haroldo P. Barboza – Matemático, Analista de computador e Poeta – Março de 2002



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