Anáfora*
ANÁFORA. [Do gr. “anphorá”, pelo lat. “anaphora”.] Repetição de uma ou mais palavras no princípio de duas ou mais frases, de membros de mesma frase, ou de dois ou mais versos; epanáfora. Ex.: “ela não sente, ela não ouve, avança! avança!” (Fialho d’ Almeida, “O País das Uvas”, pág. 94); Era o concurso. Era a viagem. Eram os quinhentos.” (José Carlos Cavalcanti Borges, “O Assassino”, pág. 35). “Depois o areal extenso... / Depois o oceano de pó.../ Depois no horizonte imenso/ Desertos... desertos só....” (Castro Alves, Obra Completa, pág. 282); “Quase tu mataste,/ Quase te mataste/Quase te mataram!” (Manuel Bandeira, “Estrela da Vida Inteira”, pág. 244).
Em gramática, ANÁFORA é a referência, mediante o uso de pronome, a um termo já enunciado: “Compareceram Pedro e João; este o irmão da noiva, aquele o seu primo.”
VER:
Epístrole
Simploce
Concatenação
Conversão
Diácope
* Brasília, DF, 18/03/2014. |