Estou temerosa, não sei o que temo.
Olhar perdido no horizonte sem fim
Avalio meu viver. Cheguei ao extremo
E vem a questão: - Por que te quero assim?
Pensando nos dias de solidão eu tremo:
- Por que exerces esta atração sobre mim?
E como tu não respondes eu blasfemo,
Padeço e torno-me amargurada assim.
O temor me invade e vou relembrando
O nosso amor... E triste sempre pensando,
Que em outros braços estejas mais feliz...
É esse o meu temor, a razão me diz.
Sem o teu amor sou barco sem rumo,
Planeta no espaço fora de prumo,
Que espera a volta por amor, não por dó,
Antes que meu corpo, na cova, vire pó...
02/04/03.
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