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Poesias-->Início, Meio e Fim -- 01/04/2003 - 10:48 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Início, Meio e Fim



Vem! Que se cumpra meu desígnio

Se é esta, enfim, minha condenação,

Se devo morrer de amor,

Atravessa então, inclemente, minha alma,

E com o punhal de fogo das tuas mãos ávidas...

Faz também minha pele descobrir

Seu último destino: exaurir-se nesse amor,

Irremediável sentença à qual me entrego em êxtase!



Vem! Escreve todos os teus anseios

Nas páginas do meu corpo

Que se deixam folhear

Pelo toque suave dos teus dedos,

Vem comigo caminhar

Pela clandestinidade dos meus desejos

Inconfessáveis ainda, aos olhos meus,

Nessa ternura sem fronteiras dos meus lábios

Que exploram todos os teus lugares,

Em beijos que se despem à sede da tua boca



Toca-me! Há suaves melodias a serem descobertas

Pelo dedilhar das tuas carícias...

Escuta atentamente a sinfonia

Que canta suspiros em irrefreáveis arrepios...

Sou toda uma orquestra

Esperando-te em harmoniosa festa...



Acende em mim essa urgência

De te ter,

Sê esse amor alucinante,

Que chega sem nada perguntar...

Não procures respostas,

Deita-me apenas em tua emoção,

E deixa ao longe, no caminho,

Qualquer traço de lucidez...

Deixa em mim a tatuagem de tua pele,

Ainda uma vez!

Permite que a linguagem do êxtase

Te sacie de palavras,

Sons, sensações e sabores

Nos beijos ardentes aos quais me condenaste!



Fere-me sem clemência

Com a lança afiada de gozos infinitos.

Quero ouvir teus murmúrios

Ecoando no universo de tuas vontades,

Acolhe a voz de todas as fantasias

E deixa-me morrer de amor em teus braços,

Enredando-me em tua teia

Para que eu conheça no brilho dos teus olhos

O resplandecer da aurora de todos os dias

Em que vivi entre o sonho e a espera



Vamos! Se tenho que sucumbir,

Que seja agora!

Toma-me de vez! Descobre-me,

Já que são teus os meus caminhos...

Mata-me nesse amor incontido,

No lancinante gemido

De um último esforço desse amor desesperado!

Quero ser parte de teus doces tormentos,

E mergulhar contigo na devassidão

Desse amor que me prostra e me arrebata...

Quero ter teus mais sublimes sentimentos,

Amar-te com a carne em irrefletida fúria,

Na loucura desse embate de luxúria...



Vem! Mata-me logo de prazer!

Apossa-te de meu corpo, meus pensamentos,

Toma de mim meu próprio ser,

Porque também eu, vou me apossar de teus intentos.

Debruça em meu frenesi os teus segredos

Estreitando-me em teus abraços...

Empunha essa adaga de lascívia,

E fere-me de amor, pois para mim,

Não existe vida onde tu não estejas,

Mata-me de amor e põe fim a essa agonia

De eu ter que viver assim

Te amando dia após dia

E de ter feito de ti, meu início, meio e fim...



© J.B. Xavier e Fernanda Guimarães

Em 01.04.2003



Fale com a autora

nandinha_guimaraes@yahoo.com.br
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