MacUjnAíma cuMbuacumbuaVa
Por Lê Silva
sim ou não... é o que eu acho. de fato, em sendo angoleiro, é preciso conformar-se com a fuga da mais genial das malandragens, já que esta se destina a eficiência.
a Capoeira, então, força o auto-conhecimento, pois, é necessário o total desprendimento da ação mais primorosa, ditada pelo espírito...desperto pelo toque antigo, furtivo.
a sina é a mais pura amorosidade criativa. um estado de ser que venta e que aprende no Mar uma certa fluidez.
a sina é a fascinação pela noite, dimensão da abundància, das revelações. onde o angoleiro reconhece sua solidão sem mágoa, mergulhando no estado da magia.
esse estranho ser me escapa, depois de ter me amado intensamente, num gesto que se quer notado na sutileza, pois, é quando se fortalece da pureza fecunda que emana, por vibração, das distàncias escuras, do berço das luzes.
esquiva-se na densidade atravessando de lá para cá, depois de ter dançado uma curva fugindo do acaso.
subitamente, o reconheço na vermelhidão do vinho, sendo em silêncio essa rebeldia.
prossegue em busca de enredos. se fragmenta, se multiplica na sua unidade. Reverencia a pulsação. ama uma Mulher...
sobretudo, e não obsessivamente, é grato como FLOR e como BAOBÁ, aos seus mestres... nem que estando longe...muito longe!
07/10/2002
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