E despertei...! E como foi duro, do sonho despertar...
A mente estava cansada.
Tentava, em vão, as idéias conjugar.
Abri a janela...! O sol nascia...!
Indiferente...! A toda dor...Nascia...!
E quanto mais brilhava,
Mais escuridão, em mim... Havia...!
Pensei em nós...Dias felizes...!
Que se foram sem se perceber.
As festas...Os risos...As brincadeiras...
Que iam até o alvorecer.
Pensávamos, eterna, a efêmera alegria.
Não sabíamos, do negro manto,
Que o destino, para nós, tecia...!
As festas se foram para sempre...
Há pranto, em nossa dor crepuscular.
Os risos silenciaram-se...
Nada mais restou para celebrar.
O luto cobriu nossas vidas,
Nossa tristeza, não tem fim...Não se acaba...
O sol, então, se esconde...E sobre nós...!
Negra...! A tempestade desaba...!
Há um novo episódio da vida Um episódio, a começar...
Um episódio de dor...! De tédio...!
Lentamente...A desesperar...
Os sonhos se foram...Para sempre...!
Só nos restaram...Lembranças...!
A alma cheia de cruzes...
A sepultar...Esperanças...!
O tempo...! Agora é nosso inimigo.
Sua voracidade começa a nos devorar...
O tempo é escasso...É curto...!
Com dias longos... A nos trucidar...
O tempo não para...!
Ele não tem tempo para despedidas.
O tempo não tem mais tempo,
Para as nossas vidas...
Vamos agora, cada qual em seu caminho.
A buscar felicidade.
Em cada um de nós...Uma mágoa...
Uma dor...Uma saudade...
Vamos agora, mais devagar.
O tempo sobre nós avança...
A alegria há de reflorir...Quem sabe...?
Num meigo e calmo riso de criança.
Que as doces lembranças, dos tempos idos.
Embalem nossas almas combalidas.
Que as bênçãos divinas recaiam sobre nós.
Que haja paz, enfim, em nossas vidas.
Que sobre nós se estenda a mão de Deus.
Que ela seja... Suave...! Branda...!
Pois a existência nada mais é...
Que uma breve e eterna ciranda...
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