Usina de Letras
Usina de Letras
74 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62138 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10447)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10332)

Erótico (13566)

Frases (50548)

Humor (20019)

Infantil (5415)

Infanto Juvenil (4749)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140778)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6172)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->17. COM A GRAÇA DE DEUS -- 25/03/2002 - 07:18 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Depois de várias encarnações proveitosas, todo ser tem o direito de pleitear junto à consciência que se submeta à vontade de Deus, antes de se aplicar aos enganos e falácias de sua própria determinação subjetiva. Isto sucede porque a compreensão se estimula no sentido da percepção de que os erros, as falhas e demais desvios de conduta no caminhar para a perfeição, de um modo ou de outro, se vinculam ao egoísmo e demais defeitos de personalidade.



Deus virá com seu cortejo de seres iluminados trazer mais paz e tranqüilidade para o requerente? Talvez venha. Talvez não venha. Ainda haverá de se saber se a solicitação brota de um coração puro o mais possível dentro do quadrante existencial em que se encontre o indivíduo. Assim dizemos porque o mesmo pedido pode ser realizado a qualquer hora, em qualquer lugar, segundo os mais diferentes impulsos da vontade premida por variegadas necessidades.



Um condenado à escuridão mais profunda, certo dia, cansado de bater a cabeça e tendo como resultado a consciência de que a culpa é toda dele, assume a responsabilidade de recuperar-se através da imersão em conhecimentos que nunca chegaram a merecer o mínimo entusiasmo, sufocados que foram pela voluntariedade massacrante dos gozos efêmeros em que o prazer fruía da dor alheia ou da ascendência da força, qualquer que tenha sido o ritmo das vibrações deletérias. Se o sujeito demonstrar que seu desiderato está isento de malícia e que não está pretendendo apenas safar-se de certa situação difícil, para prosseguir praticando os mesmos atos nefandos, provavelmente receberá a visita de algum socorrista com uma lanterna na mão, a ver se o sujeito se conduz coerentemente com a voz que fez ouvir e lhe dará acesso a patamar menos aflitivo, onde deverá desempenhar um tanto de tarefas redentoras, do ponto de vista de sua própria configuração de sacrifício.



Quer dizer que a ascensão é relativa e que não chegará jamais para quem não passe pelo exercício da caridade, em função do atendimento dos reclamos de cada irmão em sofrimento.



Com as bênçãos de Deus assimiladas pelo entendimento de que à criatura cabe honrar, agradecer e, só depois disso, rogar, aí o ser irá desfrutar um pouco mais de tranqüilidade, sempre em função do trabalho que deverá realizar em prol da comunidade em que se insere. Um encarnado que apenas prejudique, seja por que processo for, os semelhantes, refugindo da lei do amor, aquela que determina que se ame ao próximo como a si mesmo e a Deus acima de tudo, tenderá a marcar passo indefinidamente neste orbe de expiação, sem nunca tomar consciência de que está sempre sendo auxiliado por forças que é incapaz de perceber.



Às vezes, nasce com um aleijão imperativo para constante apoio de outras pessoas, incapaz de realizar seja o que for sozinho, mas, nem mesmo assim, chega a compreender que está sendo alvo da atenção alheia que, em última análise, é o reflexo da misericórdia divina espargida pelos corações humanos. O simples fato de estar respirando deveria ser suficiente para que suspeitasse de que houve quem o recebesse no ventre e que esperasse que seu corpo ganhasse contextura para enfrentar a luz do dia. Esse já seria claro indício de que alguém está praticando um ato de benemerência, inda mesmo que seja completamente inconsciente e até com repugnância. O que ficará no mistério dos eventos espirituais haverá de ser a formulação do contrato que agasalhou essa concepção.



Uma pessoa normal, equilibrada segundo os padrões sociais menos contaminados pelas ânsias materiais, porque muita gente que se destaca na sociedade apenas o consegue por força do emprego de recursos que estimulam a admiração mas sem base em valor de superior quilate, havendo até quem enalteça certos criminosos porque agem com algum discernimento no momento de justificar seus atos de vindita social, às vezes bastando ter feições de agrado para cair no gosto do público, sempre pronto a perdoar as mazelas de seus protegidos emocionais, uma pessoa normal, como dizíamos, não pode ceder ao orgulho, à vaidade, ao egoísmo, ao instinto de prepotência, à ação da malícia, ao poder da preguiça, aos defeitos da mentira, da ira, do ódio, do ciúme, da gula, da conversação pouco edificante, aos pensamentos malévolos, às intenções de dolo e má-fé. É preciso ser justo e considerar a natureza como propícia a oferecer todo e qualquer resgate das falhas de caráter, bastando consignar que a vontade de Deus deve sempre prevalecer, ainda que não se saiba direito qual será a próxima decisão a ser tomada, muitas vezes ao influxo de tremendas aflições e profundos sofrimentos.



Jesus diria para ter fé na misericórdia e no amor de Deus. Kardec acrescentaria para que se raciocinasse de modo a concluir que não pode ser diferente disso. E nós solicitaríamos, se nos dessem permissão para dizer algo por nossa conta e risco, que todo ser deve propor-se como instrumento do bem, sufocando todas as ânsias pessoais para a consagração do conforto moral e da ventura do próximo, nada realizando sob o impacto da idéia de possíveis resgates de erros passados, nem que obterá qualquer recompensa de sua atuação no âmbito das virtudes, fazendo o melhor que puder por entender que é isso que se deve ter em conta durante todo o transcurso das existências nas esferas mais evoluídas.



Tudo o que gostaríamos de dizer neste capítulo pode resumir-se na expressão do título, ou seja, que a continuidade da existência deve estar sempre sob o signo da graça de Deus.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui