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Cartas-->16. A UM BOM AMIGO DIRIGENTE ESPÍRITA -- 02/05/2001 - 09:12 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Prezadíssimo Ademar:

Desde que conversamos, há dez meses atrás, por meio de uma das trabalhadoras da mediunidade de sua casa evangélica de atendimento espiritual, não mais tivemos ocasião de trocar idéias, tão intensas têm sido suas atividades que tão pouco tempo vem dedicando às tertúlias de caráter doutrinário.

Devo afirmar-lhe, peremptório, que você, realmente, não precisa estudar muito mais do que já o fez, velho discípulo de Kardec e habitué das obras psicografadas, especialmente as de Chico Xavier. Contudo, nunca é demais lembrar que existem pontos polêmicos que quedaram sem solução e que mereceriam uma revisão oportuna, antes do abandono da carcaça, tendo em vista que seriam por demais úteis no seu regresso ao nosso plano.

Você deve estar estranhando a minha desabrida posição relativamente ao fenômeno da morte, mas nada é mais natural para quem trata com os espíritos diuturnamente, quer para explicações e esclarecimentos, quer para orientações morais do mais alto gabarito. Também não estou prognosticando para breve o seu decesso, mas, para quem passou dos sessenta, sempre haverá de se implantar uma pulguinha atrás da orelha.

Quero referir-me a um tópico particular, qual seja, o de que o espírito, ao se desprender do corpo, sempre perpassa por momentos de perturbação, quer ainda nas vascas da morte, quer já na entrada do mistério, momentos que podem estender-se mais ou menos, dependendo do grau de aceitação dessa passagem obrigatória ou do receio que cresce com a consciência a apontar velhos deslizes e prementes necessidades de restauração de certas virtudes sempre enaltecidas mas jamais assimiladas em pleno vigor espiritual.

Uma solução, que você anseia por utilizar quando chegar a sua vez, é a de socorrer-se dos amigos, para que sejam evitados os obsessores, quando se tem a certeza de que estão a rondar, por falhas antigas que permaneceram estacionárias no rancor que jamais se olvidou. São elementos, digamos, cármicos, por falta de melhor expressão. É que a gente tem por hábito fomentar íntimo orgulho por se sentir razoavelmente aquinhoado de inteligência, supondo que o adversário eventual não tenha condições mentais, em sentido geral, de entender um ponto de vista mais especializado dentro da teoria espírita. Com isso, vamos adiando os momentos de ajuste de contas, até que nos deparamos com a impossibilidade física pela morte de um dos dois.

Em casos assim, os guardiães pessoais agem com descortino próprio de sua perspectiva existencial, o que nem sempre coincide com o desejo de quem suplica por uma solução esperada ou conhecida. Pode acontecer (e muitas vezes acontece) de que irmãos dirigentes ativos e atuantes de centros espíritas se vêem como que isolados de seus benfeitores, sendo postos de imediato perante aqueles seres com quem trazem pendências, que devem desfazer desde logo.

Trata-se de um meio de evitarem-se problemas futuros, quando os que chegam são conduzidos para as colônias dentro do Umbral, umas mais adiantadas que outras, mas todas a oferecerem condições de restabelecimento espiritual mais rápido, porque possuem departamentos de internação aptas a um cuidado de urgência, para que os irmãos não se onerem demais com seus sentimentos de culpa.

Tratei pela rama de um tema de profunda importância, mas acredito que tenha sido explícito o suficiente para provocar o seu interesse em pesquisar mais um pouco a respeito, principalmente no tocante à sua consciência, que deve ser vasculhada devagar e rigorosamente, para levantamento de quantos casos tenham ficado para depois.

Sei que você tem orado bastante para receber intuitivamente os esclarecimentos pelos quais vem notando certa fragilidade conceitual de sua parte. No entanto, está a receber outro tipo de comunicação, talvez surpreendente, porque não está voltado para estes assuntos no momento. Tudo, entretanto, quando feito com amor e em nome de Jesus, sob o amparo dos dirigentes espirituais do centro, deve ser levado em conta e sopesado na balança do coração, sob a mais tenaz vigilância da inteligência.

Fique com Deus e erga a ele uma prece o mais comovida possível pelos seres que se encontram de rojo no lodaçal dos vícios e dos crimes. Não tenha medo: por causa disso você não irá ser assediado por ninguém que lhe vá pedir favores particulares. Os guias cuidarão de evitá-lo. Tenha fé e mantenha sempre a esperança de se libertar dos pequeníssimos problemas em átimos de segundo. Pode contar comigo, que velarei durante o transe de seu desenlace.

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