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Artigos-->LIVRARIAS E BIBLIOTECAS -- 24/03/2002 - 09:56 (Luiz Carlos Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Acabo de ver, num desses bons canais de tv a cabo, que não são muitos, um programa sobre uma livraria, em Londres, onde o dono, além de vender livros, novos e antigos, ainda hospeda pessoas, quase sempre escritores, que dormem ali, enquanto escrevem seus livros, em troca de alguma ajuda na manutenção da loja. Uma livraria com uma cama em cada sala, para que escritores pudessem pernoitar por uma semana, duas, três, meses, talvez, numa região onde a diária de um hotel não é, absolutamente, barata. Que cabeça iluminada a desse livreiro, vocês não acham? Dessa maneira, ele praticamente não precisa de empregados, mas quantas pessoas ele beneficia! E muito mais, talvez, do que é beneficiado.

Isso me faz lembrar das nossas livrarias no Brasil – que são poucas – onde quase não entramos, talvez com medo dos preços. A maneira que encontraram, por aqui, para atrair e para fazer com que os freqüentadores fiquem mais tempo dentro delas, foi conjugá-las com serviço de bar e café. As más línguas dizem que, na verdade, os donos tiveram que diversificar, porque o ramo estava ficando cada vez mais difícil. Qualquer que seja a verdade, a arranjo pode ser bom, pois em um lugar assim é bom encontrar pessoas para conversar, falar sobre livros, trocar sugestões, fazer indicações e até comprá-los.

Acho bom que possamos contar com lugares assim, onde possamos nos encontrar para trocar idéias, comentar obras, sugerir e pedir sugestões, falar sobre livros, enfim, ou sobre o que quer que seja, pois nas bibliotecas não podemos conversar. Já mencionei, em outra crônica, que uma das mudanças que deveria haver em nossas bibliotecas é justamente criar-se uma sala onde se possa falar, fazer comentários, trocar experiências, conhecer outras pessoas que gostam de ler, sem aquele policiamento e aquele “psiu” irritante perseguindo a gente. Tanto nas bibliotecas municipais, quanto na outras – de escolas, de associações, clubes, empresas, etc.

Aliás, uma coisa implica na outra, e já que falamos nas bibliotecas das escolas, isso me lembra que nem todas as escolas, neste nosso imenso Brasil, têm bibliotecas. É inconcebível, mas é verdade. Sei disso porque já ajudei a iniciar bibliotecas em algumas delas, doando muitos livros, pois cada vez tenho menos espaço para os meus, infelizmente – percebo isso a cada mudança que faço - e não vejo melhor abrigo para eles do que numa biblioteca, onde alguém, com certeza, vai apreciá-los tanto quanto eu.

O governo brasileiro alardeou, neste início de ano, que o Ministério da Educação – MEC, estará distribuindo, a partir de abril, uma coleção de livros para os quase nove milhões de estudantes de quarta e quinta séries do primeiro grau montarem bibliotecas em suas escolas.

Se a distribuição realmente acontecer, alcançando o objetivo de não haver mais escola sem uma biblioteca iniciada, será um grande feito. O governo, segundo o MEC, gastará em torno de sessenta e sete milhões de reais na compra de obras de autores da literatura universal, como Homero e Victor Hugo e de autores brasileiros como Lygia Fagundes Teles, Machado de Assis, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Gonçalves Dias, inclusive contemporâneos como Pedro Bandeira, Ana Maria Machado, João Ubaldo Ribeiro e outros. Os livros serão comprados de grandes editoras, como Ática, FTD, Nova Fronteira e outras, um grande negócio para elas que pode se transformar num grande negócio também para os leitores em formação, os estudantes, que terão a sua disposição livros para formarem o hábito pela leitura.





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