A Arder Matar-me
Penso e logo em verso vou prendar-Te
Sem carecer de acentos para nada
Sentado a fumar numa esplanada
De caneta Crow a procurar-Te
No remoto aberto em qualquer parte
Que surja algures extremo num deserto
Atravesso de longe pra bem perto
De lograr em sonho alcançar-Te
Alheado de tudo quero amar-Te
Entre a aragem fresca que perpassa
Como se fosse Teu corpo a tocar-me
Enamorado para de vez tomar-Te
Esplendorosa em suprema taça
De amor aceso e a arder matar-me
António Torre da Guia