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cronicas-->Sobre: Olhos do tempo -mscx -- 06/10/2002 - 15:42 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Olhos do Tempo (duas décadas de poesia) Autor: Ricardo Bezerra: Ed- Idéia- 98: pg-Ano 2000
Resenha de Maria do Socorro Cardoso Xavier

Escritor paraibano, autor de Realidade e Sonho.Poesia, 1982. (esgota
do). Tempo Presente. Poesia, 1983: Plaquete sobre Manoel dos Anjos. Deficiente Imunológico. (A AIDS, a vida e o direito - 1994); participante de diversas Antologias Nacionais.
Neste livro de poemas,"Olhos do Tempo"que cobre duas décadas de poesia, (80-90) Ricardo Bezerra percorre múltiplos caminhos. Sai do narcisismo e "grita bem alto para todo mundo ouvir."
Canta modernamente muitas emoções: a paixão arrebatadora, ora o amor, a saudade, o encontro, a sedução, as desilusões da vida, a tristeza e a alegria. Esta devendo sempre sobrepujar a tristeza.
Para suas desilusões, coloca uma auréola de mistério,no oculto dos seus sentimentos, transportando-se a uma transcendentalidade de lembranças e memórias sob um tempo: arquivo dos sentimentos. Tenta preencher os espaços vulneráveis e nos momentos de euforia, a paixão e a sedução, lhe são benéficos minorando o tédio do tempo.Valoriza a mulher, sua beleza, seu ser, seus momentos de comunhão que lhe inspira, onde o amor confunde-se com a poesia e vice-versa. .
Misto de encantamento lírico e sensual nas entrelinhas dos se us versos, um vulcão em erupção, que guarda paixões de avassaladoras. Vê-se em "Mensagem" pg 63. A sensualidade e sexualidade se integram nos corpos untados, nas curvas dirigidas, nos arrepios de êxtase. Concepção.Vida.
É o poeta do sentir romàntico lírico e sensual, com roupagem moderna e para tal utiliza singulares metáforas, em campo semàntico bem contornado. Tenta enganar o cotidiano aureolando de fantasias, embute-as pela realidade do dia-dia.
A natureza, para o poeta Ricardo Bezerra, em suas viagens contemplativas e ecológicas, é fonte de vida e esperança, a qual se completa com a natureza humana, também fonte de beleza e amor. A vida é mais vida com mais natureza em Verde Mar de Cuiabá, pg.76. Embora seja Ricardo um existencialista filosófico por um lado, e romantico-moderno do outro, aflora em Ricardo um olhar de desencanto social, sensibiliza-se com a discriminação social em Olhos e Bocas, pg 84; em Pacto Social pg 15: "Lágrimas do povo lavam colarinho que em semblante vitorioso amarra o pacto da ilusão."
Na poesia, Ricardo sai extravasando seu verdadeiro eu; sua carência, nem sempre é a falta de companhia, mas a incompletude no outro,deixando-lhe um vazio. Não obstante, sublima as desilusões e temores, clamando por liberdade,qual pássaro aprisionado, intoxicado com os atos enviesados; levanta vóo, vejamos pg 47 e 87.
Perspicaz observador do ser humano, o autor com algumas passagens de realismo e escárnio translada para a poesia, episódios dos dias no mundo de hoje, marcados quase sempre pelo farisaísmo de espécimes humanos.
Mas apesar de tudo e felizmente o poeta Ricardo é romàntico, sendo moderno, ainda acredita na beleza do amor, transcendendo-o num choro catártico suas mágoas e dores. Em "Olhos do Tempo" lança seu olhar no seu tempo equilibrando-se nos vínculos pretéritos. Seu forte é o existencialismo filosófico de ser e do ser.
Gostaria de encerrar esse passeio em forma de resenha, da obra de Ricardo- com este rápido e belo poema que por si só justificaria seu livro: "Ao poeta tudo cabe. Coube-me a primavera do universo.Coube-me a vida, na existência" (pg 60).

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