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cronicas-->Festa de colégio -- 12/11/1999 - 22:20 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ontem, com Inajá, fui às festividades do dia do Mackenzista. Para quem não sabe trata-se da comemoração anual do aniversário do Colégio Mackenzie, onde Juliana estuda. 129 anos, dos quais já quatro também em Brasília. Foi no Nilson Nelson. Para quem não sabe - hoje vocês não estão sabendo muita coisa - trata-se do maior ginásio de esportes da cidade. Com um nome destes não há de despertar muita confiança - para quem não sabe ele já desabou uma vez - mas está ótimo e não caiu. Perdoem a lacuna em minha biografia mas eu nunca tinha ido a um ginásio tão grande. É muito grande. O colégio encheu metade.

Pois bem, ao contrário da expectativa os discursos foram poucos e as apresentações foram muitas. Muitas. Tudo muito interessante. Entra aluno e sai aluno, canta isto e dança aquilo, tudo preparado com esmero. O Professor Marcos, principal organizador da parte artística, deve ter trabalhado muito. Só não entendo a fixação que ele tem por índios. Mas estava ótimo.

No início, Hino Nacional - como deve ser - tendo o apresentador tido o cuidado de pedir para não se aplaudir ao final. De fato, que eu me lembre, não se batia palmas ao término do Hino Nacional. Não me parece muito adequado mesmo. Mas, por outro lado, se o povo quer bater palmas, como que completando o hino, dizendo espontaneamente que gostou do hino ou de seu significado, por que não? Se é certo que as palmas são espontàneas, no fundo dizem mais que o próprio hino. Ou as palmas são para as bandeiras hasteadas? Não faz muita diferença. É uma homenagem. Deixando os "não fica bem" pra lá, palmas para o hino, para as bandeiras, os alunos e a festa toda. Aliás, aplauso foi o que não faltou, parecia até reunião de rotariano. A cada entrada, aplausos. A cada saída, aplausos. Nos momentos mais emocionantes ou divertidos, aplausos. Está certo, todo artista espera e merece aplausos.

Mas bem. As apresentações foram ótimas, o problema é que foram muitas e certos pais já não conseguem ficar em arquibancadas por mais de quatro horas. Chega um momento em que a distinta platéia começa a fornecer material para o cronista. As crianças começam a chorar, os menos formais, se atiram no colo das mulheres. Elas não. Não perdem a compostura.

Na platéia sempre há um espetáculo a parte. É só observar. Tratando-se de uma festa de colégio, os pais, tios avós e agregados diversos foram lá para ver e fotografar os alunos, seus alunos, os pequenos em especial. Nestas horas é sempre bom calibrar o piegómetro para que aceite doses maiores de emoção e, vai que role uma ou lágrima, não ficar tocando a toa. O primeiro passo é localizar. Com tantos alunos, e de uniforme, como que distinguir o seu? Claro que a mãe não vai deixar de localizá-lo, mas nem todos tem olhos de lince.

Localizado, há dois objetivos de grande importància. Primeiro um aceno. Mas, naturalmente, há que ser na hora em que aluno está olhando. Bem, o aluno tenta mas, tirando a tia do Paulinho que foi com chapéu de plumas, fica difícil achar a família. O interessante é que acabam achando e aí, o aceno, recompensa para o esforço, satisfação pela missão cumprida. Como se não tivessem vindo juntos. Mas é claro que é preciso dar uma abanadinha. Isto tudo não tem nada a ver com lógica. Imediatamente após, a foto. Melhor, as fotos. Muitas fotos, nas diferentes fases da dança ou encenação, na marcha, de cabeça para baixo, de pernas para baixo, de cabeça para cima, de braços, de pernas para cima, do jeito que der.

Eu confesso que não levei máquina - a minha não teria recursos para aquela distància e iluminação - mas fiquei com uma certa inveja de uma máquina digital que um senhor duas filas abaixo estava usando. Por pouco não pedi para que tirasse uma foto de Juliana, mas ia distraí-lo de sua missão principal. Fica pra outra.

Sendo assim, parabéns ao centenário Mackenzie e aos seus jovens alunos. Como se diz nestas ocasiões, eles são o futuro do Brasil.


Escrito em 11.11.99
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