Logo cedo quando o crepusculo crepita entre as primeiras nuvens da manhã, formando o carmim no horizonte, há sombras nas coisas...
Não há vida,
Não há forma definida,
Não há cor.
O sol esgueirando-se, murmura tímido no colo ainda úmido da terra os seus primeiros raios.
E feito um pintor desenha a virgem flor ainda nua no dorso do mato bravo, a beira da várzea do rio negro, há de exalar quieta a sua saudade, a sua fragância a secar taciturna em seu próprio corpo, ainda coberto de orvalho.
Rabisca o leito do igarapé em compasso com a mata, agora esverdeada, a ouvir em meio tom de silêncio a algazarra dos vários pássaros que dizem, enfim, um novo dia.
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