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Poesias-->ALEXANDRIA -- 17/03/2003 - 23:40 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ALEXANDRIA



Ah, eis que chega o homem

de olhos esgazeados

que aguardava o futuro

como se presente de Deus.



Ele não tem mais deuses

Já descobriu onde termina a altura:

que queimem os livros de Alexandria!

Será, no fim, um beijo e o carrilhão do desejo.



Eis que chega, afundando seus passos

nos mistérios dos livros que desesperam.

Eu o arrasto e o trago, a seu contragosto

até um canto mais retirado

onde o instruo sobre o lastíssimo brocado

Ele tem os dedos amarelos

Sua pele transparece insonias

Ele é o que fui e repreendo

mas deixo seguir, morto-vivo

em seus passos retilíneos.



Poliglosso, detona o ar

com suas insanidades

esquecido dos calores

que chama de néscios

Suas ordenações são monossilábicas

e todos os cultos os da palavra.



Eis que chega o homem dicionarizado

com teorias no ventre.

Comuniquei-lhe o presente

ao qual furtou-se.

Agora arrasta seus pés sem gozos

completamente dirigido por causas

e encravações.



Este homem ridículo que não

cumprimenta os às mesas

que erguem as mãos e disfarçam

invocando o garção.

Este homem, esqueçam-no

está contaminado pelo fastio

e tédio das filosofias

Libertou-se por completo de tudo

ergue as mãos rudes

não mais pertence a agremiações

Os amigos esporádicos

Com sua revolução a milícia

não pode.



Eis que chega o observador

silencioso e dirige-se ao

mais nascente canto do lugar.

Com seu relaxamento espanta

os olhos de cio

passa ao largo com seus ombros

de rocha.



Este homem, perdoem-no

é pura literatura

Sua vida, mera teoria

Amanhã ou depois

ao despertar

terá sido como os livros de Alexandria.

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