----- Sempre que aqui abordo ou me refiro a determinada Pessoa, e cada vez mais o tenho feito, os meus adversários e óbvios rivais - a Mulher tem mesmo o condão de inspirar incêndios - logo vislumbram uma pegazinha onde com náuseo descaro pendutam o monturo racional que lhes trânsita nos sádicos corninhos. Lembram-me aqueles extintos chapéus plenos de sebo que os bebedolas punham nos cabides das tavernas a escorrer suor perdido.
----- Imagimo, faço ideia, estabeleço até o quadro de ambiente pensante da Mãe, da Esposa, da Professora e sobretudo da Mulher, face ao imbrógliozinho palavrótico, tantas vezes esquizóide, que se lhe desenha no cérebro: Diacho... O que quererão estes gajos?
----- Nós?! Nada... Caríssima Amiga. Desejamos apenas confirmar que de facto aquela vírgula era dispensável e que não se deve nunca escrever ou dizer, fora do WC, "par de nádegas" em calão.
----- Imundo obsecado, a Musa cega-Te, portuga asinino, velhadas caquético, piranhão andróide, alforreca fétida dos nossos mistérios. Você, seu jargãocista nato, é o inverso do verso, mais errado do que o erro, oh podre contaminador dos nossos diáfanos frutos... Alvoraçam-se os patos de espátula em riste e não cessam: cuá, cuá, cuá, cuá...
----- Entrementes, porque não podem com aquilo que presumem que querem, vão desmiolando insensívelmente o sentido ao sentido e evitando tanto quanto possível a proclamação do maior dos utentes da usina, aquele que mais e melhor cabo dá do utensílio que milagrosamente lhe colocaram disponível e pronto a usar.
----- Dali, mesmo defronte ao café onde estou a escrever, duma lojinha que vende música barata, chega-me quase diluída a deliciosa voz densa de Alcione:
"Ninguém é de ninguém...".
----- Para acabar tão melancólicamente conciliador, poderia ter sido bem mais suave no meu decurso escrevinhador. Poderia ser... E sê-lo-ei quando mo merecerem e sobre isso quem decide são os espertalhões mauzinhos "pão deles de cada dia".
----------------- Torre da Guia ------------------ |