A vida deste herói
Que vive no sertão
Cuidando da plantação
Só ele sabe como dói.
Pouco a pouco ela corrói
A saúde de uma gente
Que da fome se ressente
E sonha poder um dia
Ter um pouco de alegria,
Uma vida diferente.
É triste a sua rotina
De incerteza e de dor
E a seca é um horror
Que faz parte da sua sina.
Nem mesmo uma chuva fina
Realiza o desejo
Desse pobre sertanejo
E ele vive da esperança
De algo que não alcança.
De sorte, nem um lampejo.