"O Meu Eu Dourado"
KaKá Ueno...09 03 03 .
Na volúpia do corpo...
No solar do mais profundo abismo,
ô róseo de mim.
Tão pálido o extremo da ansiedade...
O perfeito pérfido de um alau...
Feito ar comprimido,
contido destino:
hão no casto.
E o eu, de tão azul,
feito um curaçao.
No encarnado da cor,
induzo a morte do vingador,
em duras e frias,
há o ar do aroma da flor na pedra...
E às bocas coloridas de carmim,
enfeitam os sonhos,
nas ilusões da menina...
O frescor da menta que ficou.
Da essência impregnada,
das mãos ociosas,
do teu desejo por mim.
Se não há um amor,
haverá então:
um sabor ressequido de um resguardo...
feito uma névoa,
à espera na janela por ela.
Ao cair da tarde,
antes de um último poente,
a noite trará novamente...
Em cada conto um sonho...
E em cada sonho uma verdade!
O último beijo calou...
E um abraço selou...
Trouxe a certeza que não serás visto á plainar
sobre às entranhas...
Um tão solitário coração,
nunca ouvirás chamando por ti.
Quando sentires falta,
saberás que estou!
A tua espera.
Se o meu, eu, dourado,
reside em ti,
buscarei para que um dia,
Entregue-me!
O amor do renegado.
Há este imenso mundo...
Deste infiel sentimento...
esta angustia fincada,
feito uma espada em meu peito a doer.
Contorce uma paixão,
efeito ferido do amor.
KaKá Ueno...09 03 03 . |
