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Poesias-->NECEAR -- 15/03/2003 - 01:38 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NECEAR



Sabes, às vezes me surpreendo a passear no gume

por pura arte, nunca divertimento ou aventura.

Controla o desejo de perigo a mão resoluta

que aperta o coração p rá sufocá-lo

impedí-lo de amar o mais inútil da luta.



Meto-me nas sombras onde somam-se os inimigos

com as armas assestadas com ódio ao delírio

Brilham seus olhos à espreita do descuidado

que passa alerta, deliciando-se com o risco.



As baionetas caladas sussurram ventriloquismos

tornando sibilos os pensamentos assassinos

Os olhos, pelos cantos, procuram decifrar

qual sombra tomará vida para minha vida tomar.

Qual teatro, ensaiado bem antes da alma respirar

vida ao corpo, que já sabia que ao gume seria dedicado,

ergue-se a mão abrupta, tomada hedionda pela força bruta

fendendo o ar, golpenado com destreza absoluta

Certeira pontaria abre a carne

agridoce aroma da sangria desnecessária. E absurda.



Após vencido o inimigo, que estertora sua derrota

no fio chão, nauseando-se com o próprio sangue

debruço-me sobre seu último gemido

misturando minhas lágrimas de dor

à dor do caçador surpreendido.



Verto meus cálices de arrependimento

pela ânsia vil que me anima

deapenas vencer cada luta.

A mão que poderia balouçar o filho, e é lâmina

comprime o peito dilacerado pelo sofrimento

de fazer morrer para deliciar-se com a vida.



O coração, esfacelado pela mão talvez de poemas

sequer cogita compaixão ou rancor.

Sereno empurra o corpo pelo vale da morte

buscando outro gume para não conhecer do amor.

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