Temos visto que, neste momento em que estamos vivendo, nunca se escreveu tanto como agora.
No entanto, o livro – objeto de cobiça de grande porcentagem das pessoas – continua sendo caro para se editar muito difícil de se comercializar.
O frenesi da vida nos tempos atuais faz a seleção automática da leitura e da divulgação: os filmes, os apelos da mídia, e os brasileiros, principalmente os iniciantes, continuam anônimos.
Estando eu neste caminho desde muito cedo, baseada nas minhas necessidades de usar a escrita, reconheço que o faço por compulsão. No entanto, reconheço também, a necessidade do uso do critério da simplicidade para selecionar os assuntos que vou expor.
Geralmente escrevemos com o nosso sentimento, mas usando da autocrítica, porque caminhamos em uma área perigosa, a subjetiva. O conhecimento sobre a vida e sobre o mundo é muito particular, mas o que nos leva a ousar é saber que, se existe um dom, ele precisa ser exercitado.
A família e a escola formam o alicerce na vida das pessoas. A convivência e o exemplo são as nossas molas mestras.
E assim vamos amadurecendo nossas ideias, passando-as pelo crivo da sinceridade para um dia, talvez expô-las.
Mas, escrever é também criar. Há um mundo novo no nosso imaginário e maneiras diversas de mostrá-lo. Vai depender da destreza, da sutileza e da riqueza na maneira de manipular as palavras para alcançar o interesse do leitor e a sua apreciação.
Se a Arte é a recriação da realidade, a ficção também o é.
E realidade ou ficção, esta é a história do nosso tempo, os nossos valores, nossas angústias, nossas ilusões e também nossas esperanças.
Guardamos tudo aquilo que nos traz saudade, e deixamos a nossa história para ser contada mais tarde, lembrada, estudada.
O tempo falará por nós, ele, que é o guardião da História.
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