Suquinho, pra teu governo
minhas águas são revoltas
embora nascida a termo
a placenta tava solta
mamãe que me segurou
e com cordão me laçou
senão a história era outra.
Sou rainha do meu rei
o cordel tá no meu peito
se fazem fila, eu num sei
que esses homi num tem jeito
eu te ensino sem cobrá
se ocê souber domá
essa água no teu leito.
Um sorriso me conquista
as palavra me aquece
nas mentira, sou turista
as maldade a gente esquece
mas se me falá de amô
com as fala de dotô
tuas rima me enlouquece.
Pra chamá minha atenção
num precisa de elefantes
nem pendurá no calção
mandioca provocante
basta fazê um denguinho
poetar com mais carinho
como fazem bons amantes.
Percebi certo fetiche
algo de sado-masô
duas bolas de boliche
pramodi sentir calor
pelo pinto pendurado
assim vai ser dominado
preso no ventilador.
Se é assim que ocê me qué
algemado e sem defesa
só nos soco e pontapé
se sentindo a própria presa
e vou logo avisando
posso ir me acostumando
a batê por gentileza.
Mas batê é bom nas rima
pramodi causá assombro
tu vai lá cum tudo em cima
e de lá mermo é o tombo
aprende, doce guri,
que a língua dessa Lili
é casa de marimbondo!