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Discursos-->QUEM SOU EU? -- 16/02/2002 - 19:55 (Sardemberg Guabyroba) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O meu nome é Sardemberg Guabyroba. Nasci na divisa de Minas Gerais com a Bahia e já no meu primeiro dia de vida tive um comportamento diferente dos demais bebezinhos que estavam nascendo na casa da parteira para onde minha mãe foi me cuspir para o mundo exterior.

Quando a dona colocou-me na vertical e começou a me balançar e a dar tapinhas nas minhas costas, imediatamente, comecei a cantar "Chega de saudade", música que deflagrou a Bossa Nova na época em que nasci. Claro que não sabia a letra, mas sofejei a música todinha num tom de lamento, como todo bebê chorão que se preze. Também, não era para menos, pois passei nove meses escutando minha mãe repetindo essa música na eletrola.

Nos anos sessenta, ainda com sete anos de idade, comecei a me enfronhar no movimento jovem-guardista que despontou no meado daquela década. Gostava muito de Roberto Carlos, de Martinha e toda aquela rapaziada aparentemente alienada, mas que, paralelamente aos movimentos políticos, desenvolveram grandes obras musicais.

Na década de setenta, com meus dezessete anos, pus o pé na estrada e comecei a cantar a mulher do próximo. Quando percebi que esse tipo de ritmo nos anos de chumbo era literalmente uma furada, resolvi baixar a crista e comer só mulher liberada. Claro que não era a mesma coisa, mas vagina é vagina e sempre dá um caldo.

Na década de oitenta, participei do movimento DIETAS JÁ, pois estava muito gordo de tanto comer besteira pelas ruas. Minha família já havia me dado um chega pra lá fazia tempo e o baseado era inevitável para eu poder segurar o rojão. Acabei formando uma trio caipira, batizado de Pá, Asterix e Guabyroba. Ganhamos algum trocado pelo interiorzão desse Brasil, mas aos poucos, até os caipiras perceberam que éramos uma farsa. O trio se desfez e nunca mais quis saber de compartir o meu talento com incompetente.

Na década de noventa, mudei-me para São Paulo, onde estou até hoje. Comecei a escrever para jornais e revistas. O problema é que eles não queriam publicar os meus escritos. Foi uma peleja. Por fim, depois que passei a dar uma gorjeta para eles, consegui ficar conhecido numa imprensa que aqui em São Paulo chamam gentilmente de "nanica".

Agora, neste início de século XXI, finalmente, consigo encontrar um site que me entende: o Usina de Letras. Entende-me porque posso publicar o que bem quiser sem ser censurado e, o que é melhor, sem pagar nada.

Meus amigos da USINA: preparem-se, porque, a partir de hoje, vou arrebentar a boca do balão aqui neste site. Espero que vocês entendam este Guabyroba que vos fala, mas o fato é que estou incubado, com uma porrada de coisa pra falar (escrever) e com niguém para ouvir (ler). Esta era a realidade, pelo menos até 10 minutos atrás.

Atenciosamente,

Sardemberg Guabyroba
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