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Cartas-->14. PARA MEU COLEGA DE TURMA -- 30/04/2001 - 10:54 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Querido Amigo:

Você pode estar estranhando receber uma cartinha de alguém que senta ao seu lado nas aulas desta Escolinha. Tome-a como simples contribuição para suas reflexões em torno do problema desta correspondência que vimos endereçando aos encarnados.

Eu bem sei que poderíamos ficar horas seguidas conversando e que seria muito mais fácil expender pontos de vista e defender opiniões, mesmo porque temos os recursos bibliográficos e os conselhos dos mestres, além da participação sempre bem-vinda dos companheiros. Entretanto, como poderia manifestar a minha amizade de forma tão categórica, com o registro indelével das palavras e sua divulgação, para que mais gente possa saber da felicidade que sentimos por sermos compreendidos e estimados?

O meu abraço diário lhe traz a demonstração viva de meus eflúvios sentimentais e as nossas vibrações se confundem num amplexo harmonioso da mais profunda paz, no amor de Jesus. Quisera ter podido evidenciar, na derradeira passagem terrena, os mesmos sentimentos por todos quantos me faziam crer que correspondiam à minha afetividade.

Então, o ponto que gostaria de colocar para suas considerações é o meio mais eficaz e adequado de transferir para os corações dos humanos este mesmo relacionamento que podemos tão desinteressadamente deflagrar, sem os incômodos das suspeitas subalternas da mente eivada de preconceitos.

Juntos, temos feito planos de seguirmos por muito tempo enredados nos mesmos objetivos. Por certo, haverá bifurcação em nossa estrada, porque sabemos que existem diferenças em nossas estruturas existenciais, sujeitas a tratamentos específicos. Além disso, temos compromissos cármicos inadiáveis, relativos a erros do passado que deverão purgar-se em reencarnações de certo risco, sempre em função do conjunto familiar a que pertencemos.

Por outro lado, está bem claro que, em futuro não muito distante, nossas famílias integrarão um mesmo clã vitorioso, que se deslocará em bloco para esfera mais adiantada, onde novas aventuras existenciais esperarão por nós, mas cuja natureza desconhecemos agora.

Meu querido Amigo, fique com Deus a decifrar, com a modéstia que o caracteriza, a simplicidade desta proposição, pois este que lhe escreve satisfez-se apenas com o fato de escrever.

Se você está à espera de mais luz para a solução dos problemas que vamos dispondo nesta nossa correspondência mais ou menos aleatória, fique atento, porque as palavras têm o condão do despertar para as realidades entranhadas no âmbito da consciência e, quem sabe, não seja esta a oportunidade de ouro para se avaliarem as amizades e toda a extensão do desprendimento sentimental a que se esteja capacitado.

Coloquei tudo no masculino. Poderia escrever de novo o texto, utilizando-me do gênero feminino? É um exercício que levará, certamente, a conclusões divergentes e profundas.

Oh! Quantas vezes eu me lembro de Jesus abraçando os apóstolos, os discípulos e o povo em geral; quantas vezes eu peço a ele para vir abraçar-me também, momento em que terei a certeza de ser digno da atenção dos meus amigos, porque eu tenha a certeza de que todos já tiveram o privilégio daquele abraço.


Pós-escrito: Acabo de receber uma carta. Vou abri-la e ler com o máximo de satisfação, expandindo-me em amor pela criatura que se lembrou deste ser que vem progredindo, por força de aceitar os ditames evangélicos bem no fundo do coração. Graças a Deus!

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