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Ensaios-->Linchamento das Forças Armadas no julgamento do Cel Ustra -- 27/08/2012 - 09:23 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

ALERTA AOS MILITARES E COMISSÃO DA VERDADE


José Vargas Jiménez <vargasjimnezjos46@gmail.com> 27 de agosto de 2012 08:48
 

REPASSANDO - SELVA!

É longo, mas tristemente verdadeiro e da maior importância.
Convém que ouçamos com atenção e levemos adiante pedindo  a nossos
correspodentes que adotem o mesmo procedimento.
Passou da hora de se fazer algo. 64 aconteceu por muito menos!!!
Adriano Pires Ribas - Cap EB (QAO Rfm)
Reformado, mas não morto. Mantenho-me em plena forma física e
disponível para o momento que o Comando do EB julgar necessário.
Adriano.
 ANMB - ALERTA AOS MILITARES E A NAÇÃO BRASILEIRA !
     Senhores Civis e Militares das Forças Armadas e Auxiliares,
   Repassem este vídeo ao máximo entre os seus contatos.

   JUNTOS SOMOS FORTES !!!!

                            http://www.youtube.com/watch?
v=eAsII_iXZVE

      Atenciosamente

     Marcelo S. Machado
     Pres. da Associação Nacional dos Militares do Brasil - ANMB

2. LINCHAMENTO DAS FFAA NO JULGAMENTO DO CEL USTRA

DEPOIMENTO

“Em abril de 2006, já reformado, recebi uma Notificação do Juiz da 23ª
Vara Cível de São Paulo, a respeito de acusações de tortura de Ana
Maria Teles e outros. Deu-me o magistrado 15 dias para apresentar, a
minha Contestação.
Como este foi o primeiro caso, onde um militar estava sendo processado
por ter participado do combate ao terrorismo, pedi ao Exército uma
orientação, bem como para saber o que seria feito.

A resposta do comandante do Exército, General Francisco Albuquerque,
foi clara e incisiva: ‘O Exército não vai fazer nada’. Dias depois o
General chefe de Comunicação Social, em entrevista à imprensa disse:
‘O Exército não vai se pronunciar porque o caso está sub júdice’.

Sempre tive a certeza de que, mesmo passados 40 anos, e tendo mudado
as circunstâncias políticas, o Exército assumiria, publicamente, o seu
envolvimento e a sua responsabilidade no combate ao terrorismo. Que
não se omitiria e assumiria que nós como membros de uma unidade
militar, como agentes do Estado, combatemos, cumprindo ordens de
nossos chefes.
Pensava que os atuais chefes militares, hoje ocupando as mesmas
funções daqueles que nos deram ordens, responderiam por eles e seriam
solidários conosco.
Infelizmente, isto não aconteceu. Ficamos todos nós, os combatentes
dos DOI - militares do Exército e da Aeronáutica, integrantes da
Polícia Federal e das Polícias Civil e Militar - jogados à própria
sorte, ignorados e abandonados pelo Exército que nos designou para a
missão. Missão, que para o bem do Brasil cumprimos com êxito
inquestionável.
Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.”

ÍNDICE

Análise dos fatos que envolvem o Cel Ustra
. Estado responde por seus agentes. (Maynard José Pereira).
. A vingança dos derrotados. (Carlos Alberto Brilhante Ustra).
- Sentença do Juiz Gustavo Santini Teodoro.
- Observação da editora do site A verdade Sufocada.
Veja.

Pressão em cima do Coronel Ustra
. Justiça mantém decisão que declarou como torturador o coronel
Brilhante Ustra.
. Defesa de coronel Ustra valoriza Comissão da Verdade para contestar
ações da Justiça. (Roldão Arruda).
. MP recorre de decisão que livra Ustra de processo. (Tatiana Farah).
. Juiz rejeita denúncia contra Ustra. (O Globo).
. MPF denuncia Ustra e delegado da Polícia Civil por sequestro durante
a ditadura. (Guilherme Balza).
. Juíza condena Cel Ustra a indenizar família de jornalista. (Leonardo
Guandeline).
. Reagir, é preciso! (José Geraldo Pimentel).
. Defesa de Ustra pede a Exército dados para contestar condenação.
(Roldão Arruda).
. A Lei da Anistia abrange questões cíveis? (Debate).
. Ministro Ayres Britto nega liminar ao Cel Ustra.
. Julgamento na 20ª Vara Cível da Justiça de São Paulo.
. Ministério Público Militar ouve o coronel Ustra.
. Saiba porque a família Teles quer que um juiz declare o Cel Ustra torturador.
Veja.

O Exército de ontem e o Exército de hoje
. Ponto de vista. (José Geraldo Pimentel).
. Criação da Operação Bandeirante - OBAN. (Cel Ustra - 1ª Parte).
. Ex comandante do Exército General Francisco Albuquerque: "O Exército
não vai fazer nada". (Cel Ustra - 2ª Parte).
Veja.

Declarações pessoais
. Minha luta. (Carlos Alberto Brilhante Ustra).
. Aos que não viveram a Contra-Revolução de 31 de março de1964.
(Carlos Alberto Brilhante Ustra).
. A Verdade Sufocada. (Maria Joseita Silva Brilhante Ustra).
Veja.

O Cel Ustra é linchado por cumprir com o seu dever
. Desabafo do Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra. (Baeta Neves).
. Depois da liberdade desaparecer... (Osmar José de Barros Ribeiro).
. A tortura do Coronel Ustra. (José G. Pimentel).
. Ninguém fica pra trás! (General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva).
. Por que o coronel Ustra é odiado pela esquerda? (Capitão Félix Maier).
. A Vingança dos derrotados – 1964. (Dom Lourenço Fleichman).
. Exacerba-se a vindita. (General Torres de Melo).
. Condenação moral. (Hélder Cordeiro).
. A tortura pública do coronel Brilhante Ustra. (Capitão Félix Maier).
. O grande cartel contra o Coronel Ustra. (Paulo Gabrielidis).
. Carta de um ex soldado do Exército brasileiro ao Cel Ustra. (Joe).
Veja.


ANÁLISE DOS FATOS QUE ENVOLVEM O CEL USTRA

. Estado responde por seus agentes. (Maynard José Pereira).
. A vingança dos derrotados. (Carlos Alberto Brilhante Ustra).
- Sentença do Juiz Gustavo Santini Teodoro.
- Observação da editora do site A verdade Sufocada.

Estado responde por seus agentes

“Enquanto assaltantes, seqüestradores, terroristas, e assassinos
permanecem livres sob a justificativa de que “lutavam pela liberdade”
nós que cumprindo ordens de nossos superiores hierárquicos, lutamos e
preservamos a democracia, agora estamos ameaçados de ir para a prisão
por aqueles que combatemos e vencemos.”
Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra

Por Maynard José Pereira (*)

Caros colegas!
A condenação do cel Ustra foi uma aberração jurídica que só serve como
marketing da esquerda raivosa. Atrevo-me a dizer que ela não será
referendada pelo tribunal.
Afirmo isso com base nos seguintes argumentos:

1º. O juiz é incompetente para julgar a matéria.
A constituição distribui a competência pelas diversas especialidade.
Assim cabe aos juízes do trabalho julgar matéria referentes ao trabalho.
As causas cíveis e criminais envolvendo cidadãos e entidades privadas
estão atribuidas as Tribunais Estaduais.
As causas que envolvem entidades Estatais são distribuídas aos
tribunais federais. O caso do Cel Ustra está albergado no art. 109 da
CF que diz "Aos
juízes federais compete processar e julgar:.....V - A - "as causas
relativas aos direitos humanos..." Logo se o juiz é incompetente para
julgar a matéria
a sua sentença é nula de pleno direito. Vale tanto como se minha fosse.

2º. O Cel Ustra é parte ilegítima para responder pelo processo.
O Estado responde pelos atos de seus agentes. Assim estabelece o § 6º
do art.37 da CF. Só o Estado poderia ser acionado no caso. Assim como
o
empregador é responsável pelo atos de seus empregados quando agem sob
suas ordens. A ação visa atingir o Cel Ustra, usado como bode
expiatório, visando
desmoralizá-lo e atingindo as FFAA. Serve apenas pela sua repercussão.

3º. A ação não possui interesse de agir. Significa que por esse meio a
ação não poderá trazer nenhum resultado para o proponente da ação. É
uma das
condições para se propor a ação. Se ela não leva a nada o juiz com
base no art. 267 do Código de Processo Civil extingue a ação sem
julgamento do
mérito. Nesse caso a parte é ilegitima e falta o interesse processual.

4º. Se crime houve está prescrito. Nenhuma ação poderá ser proposta de
reparação civil seja para dano material ou moral decorrente de ato
ilícito ou de relação contratual. Essa era a legislação da época. Leis
posteriores não poderão retroagir para alcançar o réu.

5º. Os autores já foram indenizados generosamente pela comissão de
anistia. Atribuir-lhes mais uma indenização é enriquecinento sem
causa. Issoé ilegal.

6º. A indenização foi desproporcional ao suposto dano moral.
Corrigida hoje ela será de R$ 409.500,00

Portanto serve apenas para fazer barulho e incomodar o Cel Ustra.

(*) Ten. Cel. Cav QEMA. Ref.e bacharel em Direito.
(10/08/2012).

A vingança dos derrotados

Retirado do livro "A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não
quer que o Brasil conheça".

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra

"Como acontece em todos os movimentos onde os comunistas são
derrotados, eles iniciam a sua volta lutando pela anistia, que, uma
vez conquistada, lhes permite viver usando as liberdades democráticas
que queriam destruir.
Posteriormente, começam uma virulenta campanha para denegrir os que os
combateram, posam de vítimas e de heróis e fazem da mentira e da
calúnia o seu discurso. Não descansam enquanto não conseguem, por
revanchismo, colocar na prisão aqueles que os combateram e derrotaram.
Para isso, mudam as leis e até a própria Constituição, o que é feito
com a corrupção do Legislativo e com o apoio de simpatizantes,
escolhidos a dedo, para as mais altas funções do Judiciário.
Nos primeiros dias do mês de abril de 2006, quando a primeira edição
do livro A Verdade Sufocada já estava pronta, recebi do Exmo Sr. Dr
Juiz de Direito da 23ª Vara Cível do Foro de São Paulo uma Ação
Declaratória, movida por César Augusto Teles, sua esposa Maria Amélia
Teles, seus filhos Janaína e Edson Luis de Almeida Teles e sua cunhada
Criméia Schmidt de Almeida.
As 46 páginas da Ação Declaratória de ocorrência de danos morais
tinham a finalidade de declarar que eu (RÉU), como Comandante do
DOI/CODI/II Exército, agi com dolo e cometi ato ilícito passível de
reparação, causei danos morais e danos materiais à integridade física
dos AUTORES, incluindo seus dois filhos. Estava sendo acusado dos
crimes de tortura, seqüestro, cárcere privado dessas crianças e de
tortura de seus pais e de sua tia Criméia.
Ao receber essa Notificação, deu-me o Magistrado o prazo de 15 dias
para a minha Contestação. Caso isso não ocorresse, seria declarado
culpado.
Ao final de dezembro de 1972 o DOI de São Paulo estava preocupado com
o trânsito de guerrilheiros que, da capital paulista, eram
encaminhados para a área de guerrilha do Araguaia, onde pretendiam
estabelecer uma área liberada, semelhante a ocupada, até os dias de
hoje, na Colômbia, pelas FARC.
Durante essas investigações a gráfica clandestina do PCdoB foi
localizada e “estourada”. Os responsáveis por esse “aparelho de
imprensa” eram Maria Amélia Teles e seu marido César Augusto Teles. Na
ocasião, estavam com eles os dois filhos do casal - Janaína, de 5
anos, e Edson Luis, de 4 anos.
Era contato freqüente do casal, Carlos Nicolau Danielli, membro do
Comitê Central do PCdoB, que fizera curso de Guerrilha em Cuba e tinha
estreitas ligações com o casal e, principalmente, com Maria Amélia.
Toda a matéria que a imprensa clandestina do Partido publicava tinha
que ter sua aprovação.
No aparelho, homiziada, encontrava-se Criméia Schimidt de Almeida,
irmã de Maria Amélia, que na ocasião se fazia passar por babá das
crianças. Criméia era militante do PCdoB e integrava o “Destacamento
A” na Guerrilha do Araguaia. Seu marido, André Grabois, era filho de
Mauricio Grabois, o comandante dos guerrilheiros naquela região. Uma
das normas da guerrilha era a proibição de que as guerrilheiras
engravidassem. As guerrilheiras grávidas eram obrigadas a abortar e,
caso não consentissem com o aborto, seriam “justiçadas”.
Por medida de segurança ninguém estava autorizado a sair da área de
guerrilha, pois, caso fossem presos, poderiam indicar o local ocupado
pelos guerrilheiros, bem como dar informações sobre as
particularidades da guerrilha. Essa era uma norma seguida a risco.
Criméia, no entanto, engravidou e, em agosto de 1972, por estar com 3
meses de gravidez, contrariando todas as determinações existentes, foi
retirada da área de guerrilha por determinação do comandante Maurício
Grabois, futuro avô da criança. Criméia foi poupada. Era nora do
comandante.
Quando a gráfica foi “estourada” Maria Amélia, César Augusto e Criméia
foram presos. As crianças, como não poderiam continuar sozinhas no
local, foram encaminhadas ao DOI. As máquinas de impressão e as armas
existentes no "aparelho" foram apreendidas.
Ao chegarem, entrevistei o casal e lhes disse que as crianças não
poderiam permanecer naquele local. Perguntei se tinham algum parente
em São Paulo que pudesse se responsabilizar por elas. Responderam que
as crianças tinham tios em Minas Gerais ou no Rio de Janeiro, não me
recordo qual o local. Pedi o telefone deles para avisá-los do que
acontecia e indagar se poderiam vir a São Paulo para receberem os dois
filhos do casal. Feito o contato, esses familiares pediram alguns dias
de prazo para viajar à capital paulista. Decidi que, enquanto
aguardávamos a chegada dos tios, as crianças permaneceriam sob o
cuidado do Juizado de Menores.
Nesse momento, Maria Amélia e César Augusto pediram para que seus
filhos não fossem para o Juizado. Uma policial militar, que assistia
ao diálogo, se ofereceu para ficar com Janaína e Edson Luis até a
chegada de seus tios, desde que os pais concordassem com o
oferecimento, o que foi aceito na hora pelo casal.
Movido mais pelo coração do que pela razão, achei que essa era a
melhor solução. As crianças foram levadas para a casa da agente e para
que não sentissem a falta dos pais, diariamente, eram conduzidas ao
DOI para ficar algum tempo, aproximadamente duas horas, com eles. Isso
se repetiu até a vinda dos parentes. Quando chegaram, Janaína e Edson
Luis foram entregues aos seus tios, na presença dos pais.
No 7º mês de gravidez Criméia foi presa, em 28/12/1972, pelo DOI/
CODI/IIEx, onde permaneceu por 24 dias, até ser encaminhada para
Brasília, que era a área encarregada de combater a Guerrilha do
Araguaia.
Seu filho, João Carlos Schimidt de Almeida Grabois, atualmente com 34
anos, nasceu no Hospital do Exército de Brasília, em 13/02/1973. Em
2005 foi indenizado porque estava no útero de sua mãe quando ela foi
presa, segundo consta na sentença.
O tempo passou e em 1985, Maria Amélia declarou aos editores do livro
Brasil Nunca Mais, o seguinte:

(...) “Na tarde desse dia (28 de dezembro de 1972), por volta das 7
horas, foram trazidos, seqüestrados, também para a OBAN, meus dois
filhos, Janaína de Almeida Teles, de 5 anos, e Edson Luiz de Almeida
Teles, de 4 anos, quando fomos mostrados com as vestes rasgadas,
sujos, pálidos, cobertos de hematomas. Sofremos ameaças por algumas
horas de que nossos filhos seriam molestados.”(...)

Em 31/01/1997, segundo depoimento de Janaína ( a filha) à Rose Spina,
em matéria sob o título Memória: Filhos da Resistência, publicado no
Portal da Fundação Perseu Abramo consta:

(...)"Posteriormente foram levados, no mesmo Opala azul, para Belo
Horizonte, onde vivia boa parte da família, pessoas que estavam longe
de aprovar a opção feita por César e Amelinha. Os dois irmãos ficaram
aos cuidados de uma tia e de seu marido, um delegado de polícia com
relações com o DOPS.”

Janaína assim se refere aos tios que, a pedido de seus pais, foram a
São Paulo apanhá-la, junto com seu irmão, e os acolheram em sua casa.

(...)“ Esse infeliz disse que meus pais tinham me abandonado e minha
tia me fez sua empregada, me fazia dar mamadeira para meus primos, de
3, 4 e 6 anos, praticamente de minha idade.”

Em depoimento de Maria Amélia, publicado no site <
http://emilianojose.com.br > ela assim se refere a esses mesmos tios:

(...) “Ficaram na casa de uma policial por um dia e depois foram
mandados pra casa de um outro policial parente do pai das crianças..(
O que confirma o que é declarado por mim ).
Ali as crianças sofreram toda a sorte de privações e humilhações. Eram
insultadas por serem filhos de “comunistas”, etc. Qualquer
desobediência, por parte das crianças, diziam que eram assim porque
tinham sido doutrinados pelos pais.”

Em 30/10/2005 o jornal “O Globo”, em matéria assinada pelo jornalista
Evandro Éboli, publicou:

(...) “Crianças e adolescentes filhos de comunistas também sofreram
privações, foram presos, perseguidos, torturados, exilados e eram
obrigados, como seus pais, a trocar de identidade para fugir do cerco
dos militares. A história dos anos da ditadura mantém quase oculto o
que se passou com eles. Mas não era incomum os militares prenderem
crianças junto com os pais. Os filhos eram usados durante as sessões
de tortura e obrigados assistir essas atrocidades. Era o meio de
arrancar confissões dos comunistas”.
“Presa pela Operação Bandeirante (Oban) em dezembro de 1972, em São
Paulo, a militante do Partido Comunista Maria Amélia Almeida Teles viu
seus dois filhos serem levados também pelos militares. Janaína, com 4
anos, e Edson Luiz, com 5 anos, foram parar numa casa cercada de
militares, onde ficaram trancados num quarto. Com freqüência, eram
levados à cela da mãe para vê-la torturada, no DOI-CODI. Janaína se
lembra que os militares diziam que seus pais os abandonaram e que não
iriam voltar para buscá-los”.
“Janaína, 5 anos, e Edson Luiz, 4 anos, ficaram presos por 15 dias.
Eram levados ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops) para
ver as marcas de torturas na mãe.”

No programa "Fantástico" da TV Globo, de 15/10/2006, Criméia afirmou
que mesmo grávida não foi poupada. Ficou 20 horas em trabalho de
parto, na cela, sem qualquer ajuda, até que seu filho nasceu no
Hospital do Exército, já em Brasília.
Procurei um advogado, em São Paulo, que aceitasse fazer a minha
defesa. Logo fui colocado em contato com o Dr Paulo Esteves, um dos
maiores criminalistas de São Paulo, que aceitou fazer a minha defesa.
No dia seguinte, já estava na capital paulista, para que o Dr Paulo
Esteves, nos 5 dias restantes do prazo, apresentasse a minha
Contestação. Em outubro desse ano recebi uma Carta de Intimação para
comparecer perante o Juízo da 23ª Vara Cível, em São Paulo, no dia
08/11/2006, às 14:15 horas, a fim de participar da audiência de
Instrução, Debates e Julgamento.
Por manobras jurídicas não fui ouvido, em Brasília, por Carta
Precatória. Viajei a São Paulo e no dia marcado estava pronto para ser
submetido ao julgamento.
Às 12 horas, encontrava-me no escritório do meu advogado, quando
tomamos conhecimento de um despacho do Juiz que assim dizia: “Como os
autores renunciaram à colheita do depoimento pessoal do réu, não vê o
Juízo fundamento para aplicar o art 342 do CPC. Portanto essa prova
não será acolhida”.
Ficou claro! Meus acusadores queriam a minha presença no Tribunal no
dia do julgamento e ao mesmo tempo não queriam o meu depoimento.
Queriam a minha presença para que eu fosse execrado publicamente, pois
o circo estava montado: as TVs já tinham instalado os seus
equipamentos, mais de 90 militantes, organizados, me aguardavam. Cerca
de 30 repórteres e fotógrafos, esperavam a minha entrada no Tribunal.
Tudo estava montado para que as TVs exibissem nos seus noticiários da
noite e os jornais no dia seguinte, em manchetes, o coronel
torturador, afinal sendo julgado.
Repito! Não queriam o meu depoimento. Não queriam que o juiz ouvisse a
minha versão.
Os leitores foram testemunhas das chamadas nos telejornais da noite
desse dia, onde se sobressaiam as do Jornal Nacional, da Globo, onde
eu era chamado claramente de coronel torturador, apesar de nenhum
tribunal ter me condenado.
Imagino o constrangimento que minhas filhas devem ter sentido ao verem
as fotos de seu pai, mostradas a milhões de telespectadores, de modo
vil e desumano, baseadas, tão somente, em acusações orquestradas de
militantes revanchistas.
Apesar de todos esses dissabores me sinto tranqüilo. Estaria numa
situação extremamente desconfortável se, no meu lugar, estivesse um
antigo subordinado meu. Desde o início da vida militar os nossos
chefes sempre nos ensinaram que “o comandante é o responsável por tudo
o que a sua unidade faz ou deixa de fazer”.
Estou sendo julgado numa Vara Cível, por um suposto crime cometido em
dependência do Exército e na qualidade de seu Comandante.
Estou sendo julgado, apesar da Lei da Anistia, que penso muito em
breve será revogada, mas que ainda está em vigor.
Estou sendo julgado em uma Vara Cível apesar de jamais ter sido
condenado criminalmente.
Estou sendo julgado por um crime que não cometi.
Esse processo começou em novembro de 2005, após o filho de Criméia,
que nasceu no Hospital Militar de Brasília, ter sido indenizado e nada
tem a ver com publicação, do livro "A Verdade Sufocada - A história
que a esquerda não quer que o Brasil conheça".
É notório o aumento do número de “torturados”, de perseguidos
políticos e de vítimas dos chamados”anos de chumbo” após o ano de
2002, quando foi promulgada a Lei das Indenizações.
Além da indenização para seus filhos, já que os pais e a tia foram
indenizados, os autores desse processo buscam um motivo para colocar
aqueles que os combateram no banco dos réus.
Assim aconteceu na Argentina, no Chile, no Uruguai.

Sentença do Juiz Gustavo Santini Teodoro

Enquanto assaltantes, seqüestradores, terroristas, e assassinos
permanecem livres sob a justificativa de que “lutavam pela liberdade”
nós que cumprindo ordens de nossos superiores hierárquicos, lutamos e
preservamos a democracia, agora estamos ameaçados de ir para a prisão
por aqueles que combatemos e vencemos.
Abaixo trechos extraídos da sentença do juiz Gustavo Santini Teodoro
da 23ª Vara Cível do Foro Central ( 1ª Instância ).

(...) "Entretanto a prova testemunhal ficou muito vaga quanto aos
autores Janaína de Almeida Teles e Edson Luiz de Almeida Teles, então
menores de idade, filhos dos autores Cesar Augusto e Maria Amélia.
Realmente, as testemunhas não viram Janaina e Edson na prisão. Ninguém
soube esclarecer se os então menores realmente viram os pais com as
lesões resultantes das torturas. Nada indica que eles teriam recebido
ameaças de tortura ou sido usados como instrumento de tortura de seus
pais."(...)
(...) " Julgo procedente o pedido formulado pelos autores César
Augusto Teles, Maria Amélia de Almeida Teles e Criméia Alice Schmidt
de Almeida , para declarar que entre eles e o réu Carlos Alberto
Brilhante Ustra existe relação jurídica de responsabilidade civil,
nascida da prática de ato ilícito, gerador de danos morais.
Sucumbente, o réu arcará com custas, despesas processuais e honorários
dos advogados dos autores, fixados estes nos termos do artigo 20,
parágrafo 4º do Código do Processo Civil, em dez mil reais, com
atualização monetária pela tabela prática a partir desta sentença.
Julgo improcedente o pedido formulado pelos autores Janaina de Almeida
Teles e Edson Luis de Almeida Teles, os quais porque sucumbentes,
arcarão com custas, despesas processuais e honorários dos advogados do
réu, fixados estes, de acordo com a norma já invvocada em dez mil
reais, com atualização monetária pela tabela prática a partir desta
sentença. P.R.I. São Paulo, 7 de outubro de 2008."

Observação da editora do site A verdade Sufocada

Abaixo declarações de Janaína ao Portal Terra:

"Eu me sinto vitoriosa. Gostaria que a Justiça tivesse reconhecido
também a tortura a mim e ao meu irmão, que éramos crianças na época.
Mas o juiz disse que não há elementos para isso. A decisão faz com que
a gente pense mais. De uma maneira mais séria dos crimes do passado.
Ela traz à família satisfação e alívio", diz Janaína Teles, que na
época tinha cinco anos de idade. O irmão, Cesar Teles, é um ano mais
novo."

Essa declaração é "da boca para fora". O que eles queriam era que
fossem declarados "torturados", quando na realidade sabem que a
atitude tomada pelo comandante do DOI evitou que eles fossem
recolhidos ao Juizado de Menores, já que não tinham com quem ficar ,
quando seus pais e a tia foram presos . Além do mais, essa ação não é
"meramemente declaratória", É apenas o início de um pedido de
indenização financeira e, provavelmente, da responsabilidade penal do
Cel Ustra. Aguardem!...
Não parece que os pais estavam usando os filhos para reforçar a
acusação de tortura?

(Volta)


PRESSÃO EM CIMA DO CORONEL USTRA

. Justiça mantém decisão que declarou como torturador o coronel
Brilhante Ustra.
. Defesa de coronel Ustra valoriza Comissão da Verdade para contestar
ações da Justiça. (Roldão Arruda).
. MP recorre de decisão que livra Ustra de processo. (Tatiana Farah).
. Juiz rejeita denúncia contra Ustra. (O Globo).
. MPF denuncia Ustra e delegado da Polícia Civil por sequestro durante
a ditadura. (Guilherme Balza).
. Juíza condena Cel Ustra a indenizar família de jornalista. (Leonardo
Guandeline).
. Reagir, é preciso! (José Geraldo Pimentel).
. Defesa de Ustra pede a Exército dados para contestar condenação.
(Roldão Arruda).
. A Lei da Anistia abrange questões cíveis? (Debate).
. Ministro Ayres Britto nega liminar ao Cel Ustra.
. Julgamento na 20ª Vara Cível da Justiça de São Paulo.
. Ministério Público Militar ouve o coronel Ustra.
. Saiba porque a família Teles quer que um juiz declare o Cel Ustra
torturador..

Justiça mantém decisão que declarou como torturador o coronel Brilhante Ustra

Tribunal manteve sentença que responsabiliza o militar pelas torturas
cometidas no DOI-Codi na década de 1970.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve nesta terça-feira
(14) a decisão de 2008 que declarou o como torturador o coronel da
reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra. Por 3 votos a favor e nenhum
contra, os desembargadores negaram recurso contra a sentença de
primeira instância da 23ª Vara Cível de São Paulo que responsabiliza o
militar pelas torturas cometidas no Destacamento de Operações de
Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). O
centro, que funcionava próximo ao Parque Ibirapuera, na zona sul
paulistana, foi comandado por Ustra entre 29 de setembro de 1970 e 23
de janeiro de 1974.
Os autores da ação, Maria Amélia Teles, o marido César Augusto Teles e
a irmã Crimeia de Almeida, foram presos em 1972 e torturados no
DOI-Codi. “Eu acredito que a decisão fortalece a iniciativa da
Comissão Nacional da Verdade, o governo no sentido de implementar a
sentença de localização dos desaparecidos do Araguaia e nomear os
agentes do Estado responsáveis pelos crimes imprescritíveis de lesa
humanidade”, disse Maria Amélia.
Para um dos advogados da família Teles, Aníbal Castro de Sousa, a
decisão demonstra que existem sanções possíveis aos agentes do Estado
que cometeram crimes durante a ditadura militar (1964-1985). “Parecia
que esses torturadores estavam imunes ao Judiciário, e não é verdade”,
destacou.
Também responsável pela defesa da família, Fabio Konder Comparato,
ressaltou que, de acordo com jurisprudência internacional, a Lei de
Anistia de 1979 não impossibilita a punição de crimes como o de
tortura. “Todos os tribunais de direitos humanos no plano
internacional são unânimes em afirmar que crimes como esses, cometidos
durante o regime militar, são insuscetíveis de anistia, são crimes
contra a humanidade”, disse. Para ele, a decisão de hoje abre espaço
para que outras ações semelhantes sejam bem-sucedidas.
O advogado do coronel Ustra, Paulo Esteves, declarou que entrará com
um embargo de declaração no TJSP. Ele sustenta que o tribunal deve se
posicionar claramente sobre quem tem a competência para declarar que
agentes do Estado foram torturadores. Segundo Esteves, essa é uma
atribuição exclusiva da Comissão Nacional da Verdade.
(Agência Brasil, Revista Época, 14/08/2012).

INÉDITO

Defesa de coronel Ustra valoriza Comissão da Verdade para contestar
ações da Justiça

Por Roldão Arruda

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julga nesta terça-feira,
14, o recurso do coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra
contra a sentença na qual foi reconhecido como responsável por
torturas no período do regime militar. Nos documentos enviados àquela
corte, o advogado de defesa, Paulo Alves Esteves, sustenta a tese de
que a discussão dos fatos envolvendo Ustra não cabe à Justiça, mas sim
à Comissão da Verdade.
É a primeira vez, desde a instalação da comissão, em maio, que ela é
invocada na defesa de um agente do Estado acusado de violar direitos
humanos.
O processo – cujo recurso será julgado hoje – tramita desde 2005.
Trata-se de uma ação civil declaratória, na qual a família Teles pede
à Justiça que reconheça a participação de Ustra em torturas praticadas
na sede paulista do Destacamento de Operações e Informações – Centro
de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), unidade vinculada ao 2.º
Exército. No período em que ele comandou aquela instituição, entre
1970 a 1974, foram registradas 40 mortes em suas dependências segundo
a Comissão Justiça e Paz, da Arquidiocese de São Paulo, no
levantamento feito para o estudo Brasil Nunca Mais. No mesmo período,
outros 502 presos políticos enfrentaram sessões de tortura. Entre eles
estavam Maria Amélia e Edson Teles, autores da ação contra o coronel.
Em 2008, o juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23.ª Vara Cível, acatou o
pedido da família e reconheceu a responsabilidade civil do militar. No
julgamento do recurso encaminhado ao Tribunal de Justiça, o relator é
o desembargador Rui Cascalde.
A seguir, os argumentos do advogado do coronel da reserva.

O principal argumento em defesa do coronel Ustra é baseado na Lei da
Anistia, de 1979, que beneficiou os dois lados. O senhor vai continuar
insistindo nessa tese?
Não é só isso. Para entender o que está em discussão é preciso lembrar
que o Estado brasileiro criou três leis especiais para tratar desses
assuntos e que, em direito, quando surge uma lei especial, ela revoga
a ordinária.

Quais seriam as três leis?
A primeira respondeu à pergunta sobre o que fazer com as pessoas
acusadas de terem praticado ilícitos. Trata-se da Lei da Anistia, de
1979, que respondeu assim: todos estão anistiados. A segunda, a Lei
10.559, de 2002, tratou das reparações para os anistiados, assinalando
que os recursos para isso devem sair do Tesouro Nacional. O Estado
assumiu a responsabilidade pelo que ocorreu, com o seguinte
raciocínio: se o atribiliário foi o agente público e eu sou
responsável por ele, eu pago. Já foram gastos cerca de R$ 6 bilhões
nesse processo. Não é pouco. A terceira lei é a de número 12.528, de
2011, que instituiu a Comissão Nacional da Verdade, com tarefa de
apurar os fatos ocorridos no período, sem precisar ir a juízo. As três
leis foram feitas com o objetivo de garantir a pacificação e o bem
comum, as três buscam a equidade a estruturação estatal.

O senhor já tinha citado a Comissão da Verdade?
Ainda não. Decidi fazê-lo ao estudar melhor a sentença, procurando um
valor de juízo e tendo em vista o objetivo dos legisladores ao criarem
as leis especiais. O que o Estado desejava? Qual era a finalidade
dessas leis? Como disse o Jarbas Passarinho, na época da Lei da
Anistia, a principal finalidade era a pacificação do País com o fim do
período de exceção. A lei que criou a comissão faz parte de um tripé.

Isso quer dizer que a reivindicação da família Teles deve ser
discutida na Comissão da Verdade?
Sim. Não é uma posição contra quem pleiteia, não é contra ninguém. O
que eu quero dizer é que o caminho correto não é esse. O Estado perdeu
um tempo terrível na definição das leis especiais, que revogaram as
anteriores no tratamento desta matéria. Tratou de resolver todos os
possíveis problemas que poderiam decorrer com a revolução, promoveu a
anistia de parte a parte, assumiu a responsabilidade pelas
indenizações e criou a Comissão da Verdade. De lá para cá não houve
nada que revogasse essas leis especiais.

Esse debate pode retornar ao Supremo Tribunal Federal?
Eu estou questionando o descumprimento da lei e também um princípio
constitucional, da razoabilidade, segundo o qual se deve adotar a
decisão mais razoável e possível de se cumprir. O debate desse
princípio leva o recurso para o Supremo.
(estadão.com.br, 13/08/2012).

MP recorre de decisão que livra Ustra de processo

Procuradoras acusam juiz de "ingenuidade cruel".

Por Tatiana Farah

O Ministério Público Federal recorreu da decisão da Justiça Federal em
São Paulo de não processar o coronel reformado Carlos Alberto
Brilhante Ustra e o delegado Dirceu Gravina pelo sequestro do
sindicalista Aluízio Palhano, em 1971. Na ocasião, Ustra era o
comandante do DOI-Codi, último lugar onde, preso, Palhano foi visto
por companheiros de militância.
As procuradoras da República Eugênia Gonzaga e Thamea Danelon de Melo
dizem que foi "ingenuidade cruel" do juiz querer que o MPF comprove
que Palhano está vivo para abrir um processo de sequestro contra os
dois agentes da ditadura. Na semana passada, o juiz Márcio Milani, da
10 Vara Criminal Federal de São Paulo, rejeitou o pedido de processo
feito pelo MPF sobre o desaparecimento de Palhano. Na decisão, o juiz
diz que não há provas de que o sindicalista esteja vivo, o que
impediria um processo por sequestro. Ele também diz que a suposta
morte estaria enquadrada na Lei da Anistia, não restando possibilidade
de incriminação de Ustra e Gravina. Para o MPF, o sequestro, por ser
um crime continuado, extrapola o período de Anistia, finalizado em
1979.
(O Globo, 30/05/2012).

Juiz rejeita denúncia contra Ustra

O juiz federal Marcio Milani, substituto da 10ª Vara Federal Criminal
em São Paulo, rejeitou ontem denúncia criminal contra o coronel de
reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra e o delegado da Polícia Civil
Dirceu Gravina. Os dois foram acusados pelo Ministério Público Federal
(MPF) do sequestro do militante de esquerda Aluízio Palhano Pedreira
Ferreira, desaparecido nos porões do DOICodi, comandado por Ustra, em
1971. O MPF informou que recorrerá da decisão.
Na decisão divulgada ontem pela assessoria de imprensa da Justiça
Federal, o juiz afirma que não poderá haver punição de sequestro
porque a vítima já estaria morta nos dias atuais. Milani reconhece que
há uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, da
Organização dos Estados Americanos (OEA), para que o país investigue
os crimes do período, mas que outra decisão, do Supremo Tribunal
Federal (STF), reitera a extensão da Lei da Anistia, de 1979. O juiz
chega a citar o discurso da presidente Dilma Rousseff na posse da
Comissão da Verdade para afirmar que não vislumbra "qualquer intenção
do Estado Brasileiro na punição dos crimes cometidos no período".
(O Globo, 24/05/2012).

MPF denuncia Ustra e delegado da Polícia Civil por sequestro durante a ditadura

Por Guilherme Balza

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta terça-feira (24),
à Justiça Federal o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra e
o delegado da Polícia Civil de São Paulo Dirceu Gravina pelo crime de
sequestro qualificado, ocorrido em 1971, durante a ditadura militar.
Ustra comandou o DOI-CODI (Destacamento de Operações Internas de São
Paulo, órgão de repressão da ditadura militar) entre 1970 e 74. Já
Gravina, segundo a denúncia, era um dos responsáveis pelas torturas no
DOI-CODI.
A vítima é o bancário e líder sindical Aluízio Palhano Pedreira
Ferreira, da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), organização
liderada por Carlos Lamarca na qual militou a presidente Dilma
Rousseff.
Os procuradores afirmam que a denúncia não está em desacordo com a Lei
da Anistia, cuja validade foi reafirmada em julgamento do STF (Supremo
Tribunal Federal) em 2010, uma vez que o sequestro de desaparecidos
políticos, no entendimento do MPF, é um crime permanente,
diferentemente do crime de homicídio, esse sim, enquadrado na Lei da
Anistia.
A reportagem do UOL telefonou para a casa de Ustra em Brasília, mas
foi informada por uma funcionária que trabalha no local que ele não
atende jornalistas. A reportagem também está tentando localizar
Gravina.

A denúncia
Segundo a denúncia, Ferreira foi preso ilegalmente por agentes a
serviço do governo federal em 6 de maio de 1971 e submetido a torturas
nas dependências do DOI-CODI na rua Tutóia, zona sul da capital
paulista-- e na “Casa de Petrópolis”, centro clandestino do Exército
em Petrópolis (RJ).
Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, os acusados poderão ser
condenados a penas entre dois e oito anos de prisão. A denúncia foi
feita por procuradores do Grupo de Trabalho Justiça de Transição,
criado em outubro de 2011 para investigar crimes cometidos durante a
ditadura.
A denúncia cita duas decisões do STF- os julgamentos das Extradições
974 e 1150- que versam sobre a extradição de militares para a
Argentina que cometeram crimes semelhantes ao dos denunciados. Uma das
decisões é posterior ao julgamento do STF sobre a Lei da Anistia.
Nos dois casos, o Supremo considerou que “os delitos de sequestro,
quando os corpos não são encontrados (...), em que pese o fato do
crime ter sido cometido há décadas, na verdade, está-se diante de um
delito de caráter permanente, em relação ao qual não há como
assentar-se a prescrição”. Para o procurador Ivan Marx, “a similitude
dos casos são muito claras.”

Caso do Coronel Curió
Esta é a segunda denúncia contra militares que atuaram durante a
ditadura. Em março deste ano, o MPF no Pará usou a mesma interpretação
da decisão do STF para denunciar o coronel reformado do Exército
Sebastião Curió Rodrigues de Moura, conhecido como Major Curió, pelo
desaparecimento de militantes que participaram da Guerrilha do
Araguaia (1972-75). A Justiça Federal do Pará rejeitou esta tese em
primeira decisão, mas o MPF recorreu.
Os procuradores afirmam também que a denúncia não se confronta com a
Lei 9.140, de 1995, que considerou mortos todos os desaparecidos
durante a ditadura. Segundo o MPF, a lei tem fins civis, e não possui
abrangência penal. “A própria lei prevê a dúvida da morte ou não da
vítima. Para fins penais, essa lei não serve, já que a morte só pode
ser comprovada com provas materiais ou testemunhais”, afirma Ivan
Marx.
A procuradora Eugênia Gonzaga afirma que “somente os réus sabem do
destino” de Palhano. “Apenas eles podem declarar o que aconteceu com a
vítima. Sem corpo, não há que se falar em homicídio.”

Testemunhas
Para fazer a denúncia, o MPF baseou-se em depoimentos de três
testemunhas. São elas: Altino Dantas Júnior e Lenira Machado, presos
em 13 de maio de 1971, no DOI-CODI, e Inês Etienne Romeu, amiga de
Palhano que foi presa pelos militares em 5 de maio de 1971.
De acordo com a denúncia, Inês afirmou que Palhano foi preso durante
um encontro com um camponês conhecido como “Primo”, no dia posterior à
detenção dela, que foi presa também em um encontro com a mesma
pessoa.
Já Dantas Júnior e Machado, segundo o MPF, afirmaram ter visto Palhano
chegar ao DOI-CODI, vindo de Petrópolis. Dias depois, diz a denúncia,
ambos viram a vítima “muito machucada”, afirmando ter sido torturada
na cidade serrana do Rio de Janeiro. As testemunhas disseram ainda
que, em seguida, ouviram Palhano ser torturado, já que a cela onde
ambos estavam ficava ao lado da sala de torturas.
Segundo as mesmas testemunhas, Dirceu Gravina, à época apelidado de
JC, participou diretamente das torturas. Os procuradores dizem que os
métodos empregados pelas equipes de interrogatório do DOI-CODI de São
Paulo incluíam, além dos espancamentos, o uso de “pau de arara”,
“cadeira do dragão”, afogamentos e choques elétricos.
A investigação aponta que Palhano foi preso meses após ter retornado
de Cuba, onde se exilou após perder os direitos políticos, em 1964, e
ser perseguido. Conforme o MPF, os militares monitoraram toda a
movimentação do militante, que estava clandestino no Brasil.
A prisão, sustenta o MPF, é considerada ilegal mesmo no regime de
exceção instituído pelo golpe de 1964 porque não foi comunicada ao
juiz competente, o que era determinado pela Emenda Constitucional de
1969. “Nem mesmo o AI-1 e o AI-5 autorizavam o sequestro das pessoas,
tortura e outros métodos para obtenção de informações”, diz o
procurador Sergio Suiama.
(Portal UOL, 24/04/2012).

Juíza condena Cel Ustra a indenizar família de jornalista

Coronel comandava DOI de SP quando Luiz Merlino foi torturado e
assassinado; juíza não vê confronto com Lei da Anistia.

Por Leonardo Guandeline

A Justiça de São Paulo condenou o coronel reformado do Exército Carlos
Alberto Brilhante Ustra a indenizar a viúva e a irmã do jornalista
Luiz Eduardo da Rocha Merlino. Pelos relatos de testemunhas obtidos
pela Justiça, Merlino foi torturado e morto em julho de 1971, nas
dependências do Destacamento de Operações e Informações - Centro de
Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) de São Paulo, comandado na
época pelo militar. O valor da indenização é de R$ 50 mil para cada
uma. A decisão ainda cabe recurso.
Merlino era militante do Partido Operário Comunista. Em 14 de julho de
1971, foi capturado por militares ao visitar a família em Santos, no
litoral paulista. Antes de morto, segundo testemunhas, cinco dias
depois, foi torturado por cerca de 24 horas ininterruptas e abandonado
numa solitária, nas dependências do DOI-Codi, na capital. As sequelas
da tortura no pau de arara levaram o jornalista à morte. Em seu
atestado de óbito, escrito pelos militares, consta que o jornalista
foi atropelado ao fugir da escolta que o levava para Porto Alegre.
Segundo a juíza Claudia de Lima Menge, da 20ª Vara Cível de São Paulo,
"a prova oral deu integral respaldo ao relato feito constante da
inicial. Narraram as testemunhas a dinâmica dos eventos, a elevada
brutalidade dos espancamentos a que foi submetido o companheiro e
irmão das autoras, que o levaram à morte, ora sob comando, ora sob
atuação direta do requerido, na qualidade de comandante do DOI-CODI e
da Oban (Operação Bandeirante), vinculadas à manutenção e proteção do
regime militar".
O advogado de Ustra, Paulo Alves Esteves, disse ao GLOBO que pretende
recorrer da decisão, baseado na Lei da Anistia.
- Essa condenação viola a legislação, a Lei da Anistia. Por outro
lado, a lei 10.559 estabelece que a indenização a todos aqueles que
foram prejudicados seja feita pelo poder público - disse Esteves, que
tem 15 dias para apresentar o recurso.
Mas, segundo a juíza, o processo não guarda relação com a Lei de
Anistia, de 1979, por esta ser "de âmbito exclusivamente penal". "Não
é de olvidar, porém, que até mesmo a anistia assim referendada pela
Corte Suprema não está infensa a discussões, tendo em conta
subsequente julgamento proferido pela Corte Interamericana de Direitos
Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em que o Brasil
foi condenado pelo desaparecimento de militantes na Guerrilha do
Araguaia, enquadrados os fatos como crimes contra a humanidade e
declarados imprescritíveis", destacou a juíza.
Em 22 de maio, o Tribunal de Justiça de São Paulo havia adiado a
análise de recurso contra a sentença que declarou Ustra responsável
pela tortura do casal de ex-presos políticos Maria Amélia de Almeida
Teles e César Augusto Teles, durante o regime militar. Na ocasião, nem
o coronel e seus advogados foram à audiência. A ação da família Teles
tem caráter exclusivamente declaratório: não pode resultar em
condenação ou outro tipo de responsabilização.
(O Globo, 27/06/2012).

Reagir, é preciso!

Por José Geraldo Pimentel

Os comunas estão infiltrados em todos os seguimentos da sociedade.
Querem a todo custo punir os agentes do estado que os derrotaram na
luta travada nos anos 64 / 85. A sede de vingança é maior do que a
razão.
O triste desta história é que um ‘bando’ de autoridades militares, - a
única expressão que caiu como uma luva, pronunciada pelo ex presidente
Lula, - não se assume como chefes militares. Eles apenas ocupam um
cargo, imerecido para a sua incapacidade moral e profissional, não
mostrando atitude. Vêem as Forças Armadas serem humilhadas, seus
membros taxados de torturadores, e outras infâmias, e não reagem. Sua
única preocupação é preservar seus cargos, seus pró-labores que estão
anos-luz dos soldos miseráveis que são pagos à tropa. Essa juíza que
acatou a ação criminal dos familiares desses terroristas mortos, deve
fazer parte desse cartel de aloprados; marginais que não descansarão
enquanto não verem os agentes do estado saírem de um tribunal
algemados e condenados a muitos anos de prisão. “Que esses desgraçados
morram atrás das grades!” Dizem os bandidos.
A pergunta que está no ar: Por que tanto esculacho, tanta humilhação?
Resposta: Porque os que estão neste momento sendo vilipendiados, não
reagem. Repitam o modus operandi dos ex terroristas e ex
guerrilheiros, e essas ofensas se calarão para sempre. Bandido só é
bandido enquanto não encontra pela frente um policial macho. É contra
atacar esses marginais, e o silêncio voltará a reinar sobre as tumbas
dos impuros!

Defesa de Ustra pede a Exército dados para contestar condenação

Advogado de coronel da reserva vai alegar que documentos comprovam que
ele não estava em SP no dia da morte de jornalista.

Por Roldão Arruda

O coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra obteve do Exército
documentos que comprovam que não se encontrava em São Paulo no dia da
morte do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, em julho de 1971.
Eles serão utilizados pelo seu advogado, Paulo Alves Esteves, no
recurso que vai apresentar contra a sentença na qual o coronel foi
condenado a pagar R$ 100 mil de indenização à família do jornalista,
por danos morais.
Os documentos fazem parte do cadastro pessoal de Ustra no Exército.
"Vão demonstrar que, no dia da morte, ele se encontrava em Porto
Alegre. Sua missão era acompanhar o encontro de Merlino com outros
integrantes da organização da qual ele fazia parte", diz Esteves. "São
documentos da caserna, que registram tudo que cada militar faz. Lá se
encontra o comprovante da passagem para Porto Alegre."
O objetivo da apresentação dos documentos é comprovar a versão oficial
da morte de Merlino.
De acordo com DOI-Codi de São Paulo, chefiado na época pelo coronel,
Merlino cometeu suicídio após ser levado para um encontro com
militantes do Partido Operário Comunista, do qual fazia parte. No
documento oficial sobre sua morte consta que "ao fugir da escolta que
o levava para Porto Alegre, na estrada BR-116, foi atropelado".
A versão oficial é contestada por vários ex-presos políticos. Eles
afirmam que Merlino foi torturado durante 24 horas ininterruptas, sob
ordens do coronel Ustra, e depois abandonado numa solitária, sem
cuidados médicos. Morreu horas depois em decorrência de problemas
circulatórios causados pela tortura.

Alcance da lei da Anistia
Na terça-feira, a juíza Claudia de Lima Menge, da 20.ª Vara Cível de
São Paulo, condenou o coronel a indenizar a família de Merlino por
danos morais. Ela recusou a argumentação da defesa de que os atos do
militar não poderiam ser submetidos a julgamento, uma vez que teria
sido beneficiado pela Lei da Anistia de 1979.
Segunda a juíza, a Anistia extinguiu a possibilidade de condenações na
área penal. Mas não abrangeu ilícitos na área cível e administrativa.
Diante disso, o coronel pode ser condenado por danos morais.
A decisão da juíza serviu para reacender o debate sobre o alcance da
lei da Anistia. Ela também pôs em xeque a decisão do Supremo Tribunal
Federal que, em 2010, definiu que a Anistia beneficiou também os
agentes de Estado.

Na Câmara Municipal
O vereador e ex-preso político Gilberto Natalini apresentou ontem à
Comissão da Verdade da Câmara Municipal requerimento para que o
coronel Ustra seja convidado a dar um depoimento.

DEBATE

A Lei da Anistia abrange questões cíveis?

SIM

Célio Borja
Ex ministro da Justiça e membro do STF

A Constituição diz expressamente que o Estado responde pelos atos de
seus agentes. Ela também assegura ao Estado o direito de cobrar do
agente aquilo que gastou em decorrência do malfeito dele. São
dispositivos constitucionais. É preciso levar em conta, no entanto, o
alcance da Lei da Anistia.
Ela apaga a pretensão punitiva do Estado. Qualquer ação contra agentes
que ofenderam as leis penais não pode mais prosseguir.
Mas não é só. A lei também cobre todas as consequências desses atos.
Não se limita ao ato penalmente punível.
No caso de guerrilheiros que mataram seus companheiros, de agentes
policiais ou militares que cometeram ilícitos, a lei assegura que eles
não respondem mais por esses atos, sejam eles de natureza penal ou
cível. Se abrangesse apenas atos criminais não apagaria inteiramente o
que deseja apagar.
Anistia é o perpétuo esquecimento de fatos que seriam relevantes
juridicamente, tanto para efeitos penais quanto em outras áreas, cível
e administrativa. No caso do coronel Ustra, se porventura continuasse
responsável, poderia sofrer efeitos administrativos. Poderia ser
exonerado dos cargos que tem, poderia ter que comparecer perante
conselhos militares para dar explicações. Mas nada disso pode ser
feito em decorrência da Anistia.

NÃO

Pedro Estevam Serrano
Titular de Direito Constitucional da PUC-SP

A Anistia diz respeito apenas a sanções penais. Não trata das
dimensões cível e administrativa.
Agentes de Estado que praticaram ilícitos podem ser acionados
civilmente por familiares das pessoas que foram vítimas desses atos e
também pelo Estado.
A Constituição afirma que é dever do Estado indenizar as vítimas de
ilícitos cometidos por seus agentes. Ao mesmo tempo, porém, assegura
ao Estado o direito de cobrar desse agente aquilo que foi
desembolsado.
Esse tipo de ação é imprescritível. Se a Comissão da Anistia
desembolsou recursos públicos para indenizar vítimas de ilícitos, o
Estado tem que localizar os responsáveis e pedir ressarcimento. O
Ministério Público também pode promover ações nesse sentido. Se
preciso, deve recorrer à Comissão da Verdade e pedir ajuda para
identificar os agentes.
Como regra geral o Estado pune quem comete ilícito. A Lei da Anistia é
uma exceção. Sob o ponto de vista técnico e jurídico, portanto, deve
ser interpretada restritivamente. Não está implícito que houve Anistia
cível.
A Anistia pode servir para evitar punições penais às pessoas, mas não
para evitar a responsabilidade do Estado. Por consequência não pode
impedir o direito do Estado de se ressarcir dos prejuízos causados
pela conduta ilícita do agente.
(O Estado de São Paulo, 28/06/2012).

Ministro Ayres Britto nega liminar ao Cel Ustra

O Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra pretendia suspender ação de
indenização por danos morais movida em São Paulo por familiares do
jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino.

Por Redação, com RBA - de Brasília

O ministro Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, negou liminar
pedida pelo coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, que
pretendia suspender ação de indenização por danos morais movida em São
Paulo por familiares do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino. O
militar é acusado de ter chefiado sessões de tortura quando comandou o
Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI/Codi).
Merlino militava no POC (Partido Operário Comunista) quando foi preso
em julho de 1971. Depoimentos prestados na ação de indenização por
seis presos políticos da ditadura militar (1964-1985) reforçam a tese
de que o jornalista foi torturado e morto quando estava sob custódia
daquele órgão da repressão em São Paulo.
Ustra alega que a ação de indenização fere o espírito da lei de
anistia, pois entende que houve perdão recíproco. Sua defesa argumenta
que, “de forma oblíqua”, os autores da ação pretendem obter “sentença
civil com efeitos de condenação criminal por supostos crimes de
tortura que hoje estão cobertos pela anistia”.
Paulo Esteves e Salo Kibrit, advogados de Ustra, entraram com
reclamação no STF contra atos da juíza Amanda Eiko Sato, da 20ª Vara
Cível do Forum Central da Comarca de São Paulo, e do desembargador
Luiz Antônio Silva Costa, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que
permitiram o processamento da ação de indenização.
Ustra alega que a ação de indenização viola o julgamento da ADPF 153
(Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), quando o STF
reconheceu a constitucionalidade da lei de anistia. Afirma que “se não
há crime, não há como condená-lo ao pagamento de indenização, muito
menos declarar que praticou algum crime naquele período”.
Ayres Britto pediu informações à juíza e ao desembargador do TJ-SP e
acolheu manifestação das interessadas Angela Maria Mendes de Almeida e
Regina Maria Merlino Dias de Almeida. Elas defendem a improcedência da
reclamação de Ustra, com fundamento na independência das instâncias
cível e penal.
O ministro também não viu identidade entre a ação de indenização e a
decisão do STF. Para o relator, a lei de anistia não trata da
responsabilidade civil por atos praticados no “período de exceção”. Ou
seja, a extinção de punição na esfera penal não implica a imediata
exclusão do ilícito civil. Ayres Britto negou seguimento à reclamação
de Ustra. Cabe recurso da decisão.
(Correio do Brasil, 12/10/2011).

JULGAMENTO NA 20ª VARA CÍVEL DA JUSTIÇA DE SÃO PAULO

É bem mais profundo... Não é só o Ustra

O noticiário da imprensa

"Anos de chumbo

Coronel Ustra não comparece ao julgamento do processo em que é acusado
de torturar e matar na ditadura.

O coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra não
compareceu, nesta quarta-feira, ao julgamento do processo em que
testemunhas o acusam de torturar e matar, em julho de 1971, o
jornalista Luiz Eduardo Merlino. Na época, Ustra comandava o
Departamento de Ordem Política e Social (Dops)."
(O Globo - 27/07/2011).

Análise do julgamento pelo Cel Ustra

Observação do site www.averdadesufocada.com:
1-O coronel Ustra não foi intimado e portanto não teria motivos para
comparecer e se expor ao circo formado na frente do Forum.
2-O Coronel Ustra não era comandante do Dops e sim do Destacamento de
Operações e Informações - DOI/CODI do II Exército.
Só pode ter medo da verdade quem deseja criar uma Comissão com
depoimentos unilaterais e limita o acesso aos documentos do Arquivo
Nacional a determinados grupos ideológicos.
3- O Departamento de Ordem Política e Social era chefiado por
delegados da Polícia Civil e era encarregado dos Inquéritos Policiais
e de decidir o destino do preso- se iria responder ao processo em
liberdade ou se ia ser encaminhado ao Presídio Tiradentes para
aguardar o julgamento.

Continuação da matéria noticiada pelo jornal O Globo:
"Por conta de. uma ação movida pela família do jornalista, uma
audiência acontece nesta tarde no Fórum João Mendes, no centro da
capital paulista.
Apenas um advogado de Ustra acompanha os depoimentos. Do lado de fora,
cerca de 30 manifestantes protestam segurando cartazes contra a
ditadura e fotos de desaparecidos políticos do período. O
ex-secretário de Direitos Humanos da Presidência, Paulo Vannhuci, é
uma das testemunhas de acusação. A imprensa foi proibida de acompanhar
os depoimentos.
Pouco antes da sessão, a integrante da Comissão dos Familiares dos
Mortos e Desaparecidos Políticos, Maria Amélia Teles, disse que a
condenação de Ustra seria também uma ‘condenação política histórica e
moral da Ditadura Militar’. Maria Amélia, torturada durante o regime,
também move uma ação contra o coronel."

Como a editoria do site www.averdadesufocada.com postou ontem pela
manhã na matéria "O troféu de guerra", a finalidade desses processos é
desacreditar os laudos, os Inquéritos Policiais, e os processos
arquivados no Superior Tribunal Militar e assim desmoralizar as
Instituições.

Leiam trecho da matéria:
"É algo mais profundo. Não será o coronel Ustra que estará sendo
julgado hoje, 27/07/2011, em São Paulo.
Serão as Instituições que atuaram contra as organizações
subversivo-terroristas. Será o regime militar."

Agora verifiquem o que disse Maria Amélia Teles, militante do PCdoB:
"- A condenação de Ustra seria também uma condenação política e moral
da Ditadura Militar".
"Além de Vannuchi, também são testemunhas de acusação Laurindo Martins
Junqueira, Leane Ferreira de Almeida, Otacílio Guimarães Cecchini,
Joel Rufino dos Santos e Leonora Memiccuci de Oliveira.
A defesa arrolou no processo como testemunhas a favor de Ustra o
presidente do Senado, José Sarney, e o ex-ministro Jarbas Passarinho.
Por meio de assessoria, Sarney informou que não será testemunha de
defesa do coronel reformado."

Observação do site www.averdadesufocada.com:
Como não poderia deixar de ser , além das declarações de Maria Amélia
Telles, integrante da Comissão de Mortos e Desaparecidos, outra
intenção existe por trás desses processos - a anulação da abrangência
da Lei de Anistia para os agentes dos Órgãos de Informações.

Vejam as declarações de Paulo de Tarso Vannuchi ao Jornal O Globo:
“Ex-ministro Paulo Vanucchi defende revisão da Lei da Anistia.
(...) Pouco depois de prestar depoimento como testemunha na 20ª Vara
Cível da Justiça de São Paulo, o ex-ministro Paulo Vanucchi disse que
a impunidade é ‘inegociável’ e defendeu a revisão da Lei da Anistia.
Para isso, é preciso que o Supremo Tribunal Federal reveja a decisão
tomada no ano passado, em que a maioria dos magistrados posicionou-se
contra a mudança na Lei da Anistia. Foram sete votos contra a revisão
e dois a favor.
"- A condenação de Ustra já quebrará a impunidade e obrigará o País a
refletir. O próprio Supremo terá que refletir se deve manter a decisão
do ano passado ou se deve reformar a lei, como é de praxe", disse
Vanucchi, ao sair do Fórum João Mendes, no centro da capital paulista,
onde aconteceu a audiência.
Nesta quarta-feira foi realizada a primeira audiência da ação cível
movida pela família Merlino, para ouvir as testemunhas de acusação. A
ação é por danos morais e pede uma indenização a Ustra.”
(Site A Verdade Sufocada, 28/07/2011).

PERSONAGENS DO JULGAMENTO

O morto
Jornalista Luiz Eduardo Merlino, integrante do Partido Operário
Comunista (POC), foi preso aos 23 anos em Santos, na noite de 15 de
julho de 1971.

O advogado da família de Merlino
Criminalista Fábio Konder Comparato. Expoente da intelectualidade de
esquerda. É um simpatizante do MST, tendo por diversas vezes afirmado
que ações consideradas criminosas realizadas pelo grupo seriam
manifestações legítimas em defesa da causa por eles defendida,
chegando a afirmar que era um absurdo criminalizar as ações (ocupações
de terra e de prédios públicos em forma de protesto) promovidas pelo
grupo.
Em 2005, recebeu a Medalha Chico Mendes de Resistência, prêmio
entregue pela ONG brasileira Grupo Tortura Nunca Mais.
Em fevereiro de 2009 foi criticado pelo jornal Folha de S. Paulo após
enviar carta de repúdio à redação deste pela utilização do termo
"ditabranda" num editorial para definir a ditadura militar no Brasil.
De acordo com o jornal, a indignação de Comparato, assim como a de
Maria Victória Benevides, professora da Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo seria "cínica e mentirosa", pois ambos "até
hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela
ainda vigente em Cuba". Em reportagem exibida no programa Domingo
Espetacular da Rede Record, a professora de História Maria Aparecida
Aquino defendeu que a imprensa de "qualquer país iria gostar da
contribuição intelectual" de pessoas do "quilate" Comparato e
Benevides.

Testemunhas de acusação
Otacílio Cecchini, Eleonora Menicucci de Oliveira e Leane de Almeida,
ex-militantes do Partido Operário Comunista (POC). Também o
ex-ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo de
Tarso Vannuchi. O historiador e escritor Joel Rufino dos Santos e
Laurindo Junqueira Filho, prestarão depoimentos por carta precatória.

Testemunhas de defesa ouvidas por carta precatória
O atual presidente do Senado, José Sarney, o ex-ministro Jarbas
Passarinho, um coronel e três generais da reserva do Exército
brasileiro.

MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR OUVE O CORONEL USTRA

Atuação do Coronel Ustra à frente do DOI/CODI/II Exército

DEPOIMENTO

O Exército Brasileiro é uma Instituição Nacional Permanente e que crê
ser ele quem deve dar a devida resposta a esses detratores, dentro da
lei e no interesse da Justiça; que omissão nunca foi característica
das suas tradições em nenhuma época; que não faz parte de sua História
perder os anéis para salvar os dedos; que certamente, será assim neste
momento.
Coronel Carlos Brilhante Ustra.

A procuradora de Justiça Militar em São Paulo Hevelize Jourdan Covas
Pereira esteve em Brasília para ouvir um dos ex-comandantes do
Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de
Defesa Interna - DOI-CODI, coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. O
militar reformado esteve dia 15 de outubro do corrente ano (2009) na
Corregedoria da Justiça Militar em Brasília, onde foi ouvido pela
procuradora sobre o período em que comandava o DOI/CODI/II Exército.

Texto completo
No depoimento o coronel Ustral declarou que quando chegou em São
Paulo, na primeira quinzena de 1970, o terrorismo aumentava cada vez
mais, principalmente no estado de São Paulo e no Rio de Janeiro; que
os Órgãos Policiais foram, assim, surpreendidos pois estavam
despreparados para enfrentar as ações terroristas, até mesmo em São
Paulo com a atuação da Operação Bandeirante (OBAN ), órgão subordinado
ao II Exército, que atuou no combate ao terrorismo no período de
27/06/1969 a 28/09/1970.
Que, em face disso, o Presidente da República elaborou a Diretriz de
Segurança Interna, que deu poderes aos Generais de Exército,
Comandantes Militares de Área, para o combate ao terrorismo.
Que em cada Comando de Área foi criado um Conselho de Defesa Interna
(CONDI), um Centro de Operações de Defesa Interna (CODI) e um
Destacamento de Operações de Informações (DOI), sendo este um órgão de
informações e combate às organizações terroristas, subordinado ao
General de Exército Comandante Militar da Área.

Que a sua atuação no DOI/CODI/II Ex abrangeu o período de 29/09/1970 a
23/01/1974
Que, no dia 28 de setembro de 1970, foi chamado ao gabinete do
Comandante do II Exército, General José Canavarro Pereira, que lhe
disse: "Major, amanhã o senhor assumirá o comando do DOI/CODI/II Ex.
Estamos numa guerra. Vá assuma e comande com dignidade"; que seria,
assim, o primeiro comandante do DOI/CODI/II Ex.

Que o DOI/CODI/II Ex substituiu a Operação Bandeirante (OBAN)
Que, a partir desse dia, a sua vida, a de sua esposa e a de sua filha
passaram a estar sob risco, com ameaças constantes; que a vida dos
seus familiares era de sacrifícios e de privações, assim como a vida
de seus subordinados.
Que, quando chegou transferido para São Paulo, no início de 1970, os
terroristas já haviam assaltado mais de trezentos bancos e carros
fortes; encaminharam mais de trezentos militantes para cursos em Cuba
e na China; atacaram quartéis e roubaram armas; incendiaram várias
radiopatrulhas; explodiram dezenas de bombas, sendo a mais
significativa a colocada no Aeroporto de Guararapes, Recife, que
ocasionou duas mortes e treze feridos graves; destacou-se também o
atentado ao Quartel General do II Exército , onde morreu o soldado
Mário Kosel Filho e ficaram feridos 5 soldados e um coronel, além de
causar grandes danos às instalações militares; assassinaram 66
pessoas, sendo 20 policiais militares, 7 militares, 7 policiais civis,
10 guardas de segurança e 22 civis e sequestrados três diplomatas.
Que o trabalho de informação era muito grande; que o DOI/CODI era
constituído de várias seções; que realizava trabalho de escuta
telefônica permitido pela Justiça Militar; que baseavam-se na
infiltração e na cooptação de informantes.
Que o terrorista preso era conduzido ao DOI/CODI/II Ex; que o
interrogatório era feito em uma sala por um interrogador; que, quando
o terrorista chegava, normalmente, já dispunham de informações
preliminares.
Que o interrogatório culminava com depoimento escrito de próprio
punho, que, depois de analisado, já servia de novas fontes para
futuros interrogatórios; informações estas que se encontram
registradas nos autos dos inquéritos.
Que concluído o Interrogatório Preliminar, o preso era encaminhado ao
DOPS/SP mediante ofício do General Chefe do Estado Maior do II
Exército, que também era o chefe do CODI, onde era aberto o Inquérito
Policial, que uma vez concluído era encaminhado à uma das duas
Auditorias da 2ª Circunscrição Judiciária Militar, para julgamento.
Que junto com o preso seguiam para o DOPS, além da Declaração de
Próprio Punho, uma síntese do seu envolvimento com as organizações
terroristas que atuavam no país.
Que estão, portanto, registrados nos processos elaborados pelas
Auditorias Militares de São Paulo, os nomes de todas as pessoas presas
pelo DOI/II Ex, as circunstâncias de sua prisão, os motivos porque
foram a julgamento.
Que o conhecimento prévio era obtido algumas vezes pela colaboração de
presos arrependidos, pelo intenso trabalho de informações e
infiltrações.
Que os terroristas eram colocados, inicialmente, em celas, e, após
isso, ocorria o interrogatório. Que não existia violência; o que pode
ter ocorrido, seria algum excesso, como forma de defesa a alguma
reação violenta no ato da prisão.
Que a alegação de uso de violência durante interrogatório visa ao
recebimento de indenizações, mas crê que o principal propósito dos
opositores é de revanchismo, vingança, citando a declaração de Ivan
Seixas, filho de Joaquim Alencar Seixas - que, o pai de Ivan Seixas,
com o concurso de cinco pessoas integrantes de organizações
terroristas, às vésperas de sua prisão, em 16/04/1971, assassinaram o
industrial Henning Albert Boilesen -, que em entrevista de Ivan
Seixas, publicada no O Nacional em 01/04/1987, ele afirma que & 39;prendi,
torturei e matei o seu pai a pauladas& 39;; que, neste dia, encontrava-se
baixado ao Hospital Geral de São Paulo.
Sobre o caso Herzog, disse que passou o comando do DOI/II Ex em
23/01/1974 e que o caso Herzog aconteceu posteriormente, portanto, não
durante o seu comando; que conversou com o encarregado do inquérito,
que afirmou ter sido realmente suicídio; que soube que Vladimir Herzog
fazia tratamento psiquiátrico; que o mesmo não apresentou marcas de
tortura; que o interrogador não o liberou após o depoimento, talvez,
por achar que tivesse de questionar mais alguma coisa; que, durante o
intervalo do almoço, houve o suicídio.
Que o interrogatório era feito de forma normal e que os terroristas
eram pessoas preparadas para negarem a verdade dos fatos, orientados a
jamais delatarem seus companheiros e preparados para o suicídio.
Que nunca prendeu um inocente; que o único caso ocorrido foi a prisão,
por engano, por panfletagem armada, de um jovem, que foi imediatamente
liberado.
Reafirmou que os terroristas eram pessoas preparadas para morrer ou
matar sem piedade; que, entre outros objetivos, buscava-se obter do
preso informações acerca do seu próximo encontro com militantes.
Que se afirma que 37 pessoas foram mortas no DOI/CODI/II Ex, durante
seu comando, apresentando relação com dados completos das pessoas
citadas.
Que estes 37 militantes não morreram no DOI/CODI/II EX, morreram nas
ruas em combate com os seus subordinados, ou, então, quando reagiam ou
tentavam a fuga em “Pontos Normais”, “Pontos de Polícia” ou em “Pontos
Frios.
Que quando morriam em uma destas situações, não era possível solicitar
perícia local, pois os terroristas agiam com cobertura armada, havendo
risco de ataque aos agentes que preservavam o local; que o corpo era
levado ao DOI, sendo feito contato com o DOPS, para encaminhamento ao
IML, para autópsia e abertura de inquérito.
Que para cada um dos 37 mortos foi aberto um Inquérito Policial, que
esses inquéritos, com os nomes completos dos presos, as causas de suas
mortes, as circunstâncias em que vieram a falecer, o laudo do IML e as
ações criminosas que praticaram podem ser encontrados na 1ª ou na 2ª
Auditoria da 2ª Circunscrição Judiciária Militar, em São Paulo ou no
STM.
Quanto ao paradeiro dos desaparecidos, disse que os 10 desaparecidos a
ele atribuídos, no período que comandou o DOI/II Ex, nenhum deles
esteve sob a sua guarda ou responsabilidade, que os desconhece, nunca
os viu.
Que o número de desaparecidos é maldosamente explorado, sempre
aumentado por seus opositores, citando o exemplo de Hiroaki Torigoe,
cuja morte em combate na rua, foi publicada em jornal, com o nome
falso que usava o seu nome verdadeiro e sua fotografia.
Que muitos dos que eles relacionam como desaparecidos, na realidade
eram mortos, que usavam documentação falsa.
Que uma pessoa que obtivesse uma identidade falsa, caso desejasse
voltar a usar o seu nome verdadeiro, só poderia fazê-lo com
autorização da Justiça, como foi o caso de Carlos Augusto Lima Paz,
que recebeu, em 1972, do PC do B, uma identidade falsa com o nome de
Raimundo Cardoso de Freitas, que em 1985 entrou na justiça para
retomar sua real identidade, mas não teve sucesso.
Que, quando um terrorista usando uma identidade obtida de modo
criminoso, morria em combate, após os procedimentos para proceder à
identificação, era enterrado com o nome falso, sendo a situação de
dupla identidade declarada no inquérito policial.
Que passado o prazo legal de cinco anos, se a família não se
manifestasse, a própria administração do cemitério, como é usual,
transferia os ossos para uma vala comum.
Quanto à cadeia de comando a que se submetia à frente do DOI, disse
que legalmente e fielmente, cumpriu as ordens do Presidente da
República, General Emílio Garrastazu Médici, que assinou a Diretriz
que criou os DOI; do Ministro do Exército, General Orlando Geisel; dos
comandantes do II Exército, Generais José Canavarro Pereira e Humberto
de Souza Mello; dos chefes do EM II Exército, Generais Ernani Ayrosa
da Silva, Enéas Martins Nogueira e Mário de Souza Pinto; e do Chefe do
Centro de Informações do Exército (CIE), General Milton Tavares de
Souza.
Que no DOI cumpriu, rigorosamente, as ordens emanadas de seus
superiores; que nunca recebeu uma ordem absurda, nem emitiu nenhuma
determinação desse tipo; que jamais fez prisões ilegais, permitiu
torturas, abusos sexuais, homicídios, desaparecimentos forçados e
ocultação de cadáveres.
Que jamais foi chamado à atenção por qualquer dos chefes citados; que
foi agraciado pelo Ministro do Exército com a mais alta condecoração,
por ter cumprido o dever, sob risco de vida; que o Exército Brasileiro
é uma Instituição Nacional Permanente e que crê ser ele quem deve dar
a devida resposta a esses detratores, dentro da lei e no interesse da
Justiça; que omissão nunca foi característica das suas tradições em
nenhuma época; que não faz parte de sua História perder os anéis para
salvar os dedos; que certamente, será assim neste momento.
Que desejando que a História não seja deturpada e que os fatos
narrados pelo declarante sejam comprovados como verdadeiros, arrola
como suas testemunhas: o Senador da República Romeu Tuma, que
acompanhou e viveu a situação de violência da época e o trabalho do
DOI/II Ex, já que, como delegado da Polícia Civil, era o elemento de
ligação entre o Comando do II Exército e o Departamento de Ordem
Política e Social (DOPS), órgão no qual estava lotado; os oficiais do
Exército Brasileiro ocupantes, no momento de sua oitiva neste
processo, das funções de Comandante do Exército Brasileiro, Comandante
Militar do Sudeste, Chefe do Estado Maior do Sudeste e Chefe do Centro
de Inteligência do Exército (CIE), que hoje são os substitutos legais
dos chefes, que, na época de seu comando do DOI/II Ex, deram-lhe as
ordens cumpridas, rigorosamente.
(A Verdade Sufocada, 30/11/2009).

A HISTÓRIA QUE A ESQUERDA NÃO QUER QUE O BRASIL CONHEÇA

Saiba porque a família Teles quer que um juiz declare o Cel Ustra torturador

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra

Na ocasião, estavam com eles os dois filhos do casal - Janaína, de 5
anos, e Edson Luis, de 4 anos.
Como acontece em todos os movimentos onde os comunistas são
derrotados, eles iniciam a sua volta lutando pela anistia, que, uma
vez conquistada, lhes permite viver usando as liberdades democráticas
que queriam destruir. Posteriormente,começam uma virulenta campanha
para denegrir os que os combateram, posam de vítimas e de heróis e
fazem da mentira e da calúnia o seu discurso.
Não descansam enquanto não conseguem, por revanchismo, colocar na
prisão aqueles que os combateram e derrotaram. Para isso, mudam as
leis e até a própria Constituição, o que é feito com a corrupção do
Legislativo e com o apoio de simpatizantes, escolhidos a dedo, para as
mais altas funções do Judiciário.
Vejam esse caso e, como esse outros estão correndo na justiça.
Já me refiro a ele no meu primeiro livro, "Rompendo o Silêncio" - 1987
-, sem citar nomes, em respeito a Lei de Anistia, que ainda
acreditávamos, traria finalmente a reconciliação e a consolidação da
democracia pela qual lutamos.
Ao final de dezembro de 1972 o DOI de São Paulo estava preocupado com
o trânsito de guerrilheiros que, da capital paulista, eram
encaminhados para a área de guerrilha do Araguaia, onde pretendiam
estabelecer uma área liberada, semelhante a ocupada, até os dias de
hoje, na Colômbia, pelas FARC. Durante essas investigações a gráfica
clandestina do PCdoB foi localizada e “estourada”. Os responsáveis por
esse “aparelho de imprensa” eram Maria Amélia Teles e seu marido César
Augusto Teles.
Era contato freqüente do casal, Carlos Nicolau Danielli, membro do
Comitê Central do PCdoB, que fizera curso de Guerrilha em Cuba e tinha
estreitas ligações com o casal e, principalmente, com Maria Amélia.
Toda a matéria que a imprensa clandestina do Partido publicava tinha
que ter sua aprovação.
No aparelho, homiziada, encontrava-se Criméia Schimidt de Almeida,
irmã de Maria Amélia, que na ocasião se fazia passar por babá das
crianças e também foi presa. Na ocasião, estavam com eles os dois
filhos do casal - Janaína, de 5 anos, e Edson Luis, de 4 anos. Criméia
era militante do PCdoB e integrava o “Destacamento A” na Guerrilha do
Araguaia.
Seu marido, André Grabois, era filho de Mauricio Grabois, o comandante
dos guerrilheiros naquela região.
Uma das normas da guerrilha era a proibição de que as guerrilheiras
engravidassem. As guerrilheiras grávidas eram obrigadas a abortar e,
caso não consentissem com o aborto, seriam “justiçadas”.
Por medida de segurança ninguém estava autorizado a sair da área de
guerrilha, pois, caso fossem presos, poderiam indicar o local ocupado
pelos guerrilheiros, bem como dar informações sobre as
particularidades da guerrilha. Essa era uma norma seguida a risco.
Criméia, no entanto, engravidou e, em agosto de 1972, por estar com 3
meses de gravidez, contrariando todas as determinações existentes, foi
retirada da área de guerrilha por determinação do comandante Maurício
Grabois, futuro avô da criança. Criméia foi poupada. Era nora do
comandante. Foi retirada da área de guerrilha e levada para um local
seguro.
Quando a gráfica foi “estourada” Maria Amélia, César Augusto e Criméia
foram presos. As crianças, como não poderiam continuar no local, foram
encaminhadas ao DOI. As máquinas de impressão e as armas apreendidas.
Ao chegarem, entrevistei o casal e lhes disse que as crianças não
poderiam permanecer naquele local. Perguntei se tinham algum parente
em São Paulo que pudesse se responsabilizar por elas. Responderam que
as crianças tinham tios em Minas Gerais ou no Rio de Janeiro - hoje
sei que era em Minas. Pedi o telefone deles para avisá-los do que
acontecia e indagar se poderiam vir a São Paulo para receberem os dois
filhos do casal. Feito o contato, esses familiares pediram alguns dias
de prazo para viajar à capital paulista. Decidi que, enquanto
aguardávamos a chegada dos tios, as crianças permaneceriam sob o
cuidado do Juizado de Menores.
Nesse momento, Maria Amélia e César Augusto pediram para que seus
filhos não fossem para o Juizado. Uma policial militar, que assistia
ao diálogo, se ofereceu para ficar com Janaína e Edson Luis até a
chegada de seus tios, desde que os pais concordassem com o
oferecimento, o que foi aceito na hora pelo casal.
Movido mais pelo coração do que pela razão, achei que essa era a
melhor solução. As crianças foram levadas para a casa da agente e para
que não sentissem a falta dos pais, diariamente, eram conduzidas ao
DOI para ficar algum tempo, aproximadamente duas horas, com eles. Isso
se repetiu até a vinda dos parentes. Quando chegaram, Janaína e Edson
Luis foram entregues aos seus tios, na presença dos pais.
No 7º mês de gravidez Criméia foi presa, em 28/12/1972, pelo DOI/
CODI/IIEx, onde permaneceu por 24 dias, até ser encaminhada para
Brasília, que era a área encarregada de combater a Guerrilha do
Araguaia.
Seu filho, João Carlos Schimidt de Almeida Grabois, atualmente com 34
anos, nasceu no Hospital do Exército de Brasília, em 13/02/1973. Em
2005 foi indenizado porque estava no útero de sua mãe quando ela foi
presa, segundo consta na sentença.
O tempo passou e em 1985, Maria Amélia declarou aos editores do livro
Brasil Nunca Mais, o seguinte:
“Na tarde desse dia (28 de dezembro de 1972), por volta das 7 horas,
foram trazidos, seqüestrados, também para a OBAN, meus dois filhos,
Janaína de Almeida Teles, de 5 anos, e Edson Luiz de Almeida Teles, de
4 anos, quando fomos mostrados com as vestes rasgadas, sujos, pálidos,
cobertos de hematomas. Sofremos ameaças por algumas horas de que
nossos filhos seriam molestados.”
Em 31/01/1997, segundo depoimento de Janaína à Rose Spina, em matéria
sob o título Memória: Filhos da Resistência, publicado no Portal da
Fundação Perseu Abramo consta:
Posteriormente foram levados, no mesmo Opala azul, para Belo
Horizonte, onde vivia boa parte da família, pessoas que estavam longe
de aprovar a opção feita por César e Amelinha. Os dois irmãos ficaram
aos cuidados de uma tia e de seu marido, um delegado de polícia com
relações com o DOPS.
Janaína assim se refere aos tios que, a pedido de seus pais, foram a
São Paulo apanhá-la, junto com seu irmão, e os acolheram em sua casa:
“ Esse infeliz disse que meus pais tinham me abandonado e minha tia me
fez sua empregada, me fazia dar mamadeira para meus primos, de 3, 4 e
6 anos, praticamente de minha idade”.
Em depoimento de Maria Amélia, publicado no site
http://emilianojose.com.br ela assim se refere a esses mesmos tios:
“Ficaram na casa de uma policial por um dia e depois foram mandados
pra casa de um outro policial parente do pai das crianças.
Ali as crianças sofreram toda a sorte de privações e humilhações.Eram
insultadas por serem filhos de “comunistas”, etc. Qualquer
desobediência, por parte das crianças, diziam que eram assim porque
tinham sido doutrinados pelos pais”.
Em 30/10/2005 o jornal “O Globo”, em matéria assinada pelo jornalista
Evandro Éboli, publicou:
“Presa pela Operação Bandeirante (Oban) em dezembro de 1972, em São
Paulo, a militante do Partido Comunista Maria Amélia Almeida Teles viu
seus dois filhos serem levados também pelos militares. Janaína, com 4
anos, e Edson Luiz, com 5 anos, foram parar numa casa cercada de
militares, onde ficaram trancados num quarto. Com freqüência, eram
levados à cela da mãe para vê-la torturada, no DOI-CODI. Janaína se
lembra que os militares diziam que seus pais os abandonaram e que não
iriam voltar para buscá-los”.
“Janaína, 5 anos, e Edson Luiz, 4 anos, ficaram presos por 15 dias.
Eram levados ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops) para
ver as marcas de torturas na mãe.”
No programa “Fantástico”, da Rede Globo de TV, de 15/10/2006, Criméia
afirmou que mesmo grávida não foi poupada. Ficou 20 horas em trabalho
de parto, na cela, sem qualquer ajuda, até que seu filho nasceu no
Hospital do Exército.
Nos primeiros dias do mês de abril de 2006, quando a primeira edição
deste livro já estava pronta, recebi do Exmo Sr. Dr Juiz de Direito da
23ª Vara Cível do Foro de São Paulo uma Ação Declaratória, movida por
César Augusto Teles, sua esposa Maria Amélia Teles, seus filhos
Janaína e Edson Luis de Almeida Teles e sua cunhada Criméia Schmidt de
Almeida.
As 46 páginas da Ação Declaratória de ocorrência de danos morais
tinham a finalidade de declarar que eu (RÉU), como Comandante do
DOI/CODI/II Exército, agi com dolo e cometi ato ilícito passível de
reparação, causei danos morais e danos materiais à integridade física
dos AUTORES, incluindo seus dois filhos. Estava sendo acusado dos
crimes de tortura, seqüestro, cárcere privado dessas crianças e de
tortura de seus pais e de sua tia Criméia.
Ao receber essa Notificação, deu-me o Magistrado o prazo de 15 dias
para a minha Contestação. Caso isso não ocorresse, seria declarado
culpado.
A minha primeira preocupação foi de, por intermédio de seus
assessores, informar ao Comandante do Exército, General Francisco
Albuquerque, pois eu era o primeiro militar que eles tentavam
processar por tê-los combatido.
Após 8 dias de espera recebi a resposta de que o Exército nada faria a
respeito.
Durante os 7 dias que me restavam procurei um advogado, em São Paulo,
que aceitasse fazer a minha defesa. Tive a felicidade de encontrar o
Dr Paulo Esteves, que tem me defendido até hoje.
Em outubro desse ano recebi uma Carta de Intimação para comparecer
perante o Juízo da 23ª Vara Cível, em São Paulo, no dia 08/11/2006, às
14:15 horas, a fim de participar da audiência de Instrução, Debates e
Julgamento.
Por manobras jurídicas não fui ouvido, em Brasília, por Carta Precatória.
Viajei a São Paulo e no dia marcado estava pronto para ser submetido
ao julgamento.
Às 12 horas, encontrava-me no escritório do meu advogado,Dr Paulo
Esteves, quando tomamos conhecimento de um despacho do Juiz que assim
dizia:
“Como os autores renunciaram à colheita do depoimento pessoal do réu,
não vê o Juízo fundamento para aplicar o art 342 do CPC. Portanto essa
prova não será acolhida”.
Ficou claro! Meus acusadores queriam a minha presença no Tribunal no
dia do julgamento e ao mesmo tempo não queriam o meu depoimento.
Queriam a minha presença para que eu fosse execrado publicamente, pois
o circo estava montado: as TVs já tinham instalado os seus
equipamentos, mais de 90 militantes, organizados, me aguardavam. Cerca
de 30 repórteres e fotógrafos, esperavam a minha entrada no Tribunal.
Tudo estava montado para que as TVs exibissem nos seus noticiários da
noite e os jornais no dia seguinte, em manchetes, o coronel
torturador, afinal sendo julgado.Repito! Não queriam o meu depoimento.
Não queriam que o juiz ouvisse a minha versão.
Os leitores foram testemunhas das chamadas nos telejornais da noite
desse dia, onde se sobressaiam as do Jornal Nacional, da Globo, onde
eu era chamado claramente de coronel torturador, apesar de nenhum
tribunal ter me condenado.
Imagino o constrangimento que minhas filhas devem ter sentido ao verem
as fotos de seu pai, mostradas a milhões de telespectadores, de modo
vil e desumano, baseadas, tão somente, em acusações orquestradas de
militantes revanchistas que se reunem e combinam os depoimentos.
Os quatro processos movidos contra mim, são baseados em declarações de
"testemunhas ", envolvidas na luta armada , muitas vezes da mesma
organização. Provas materiais nenhuma. Outros processos, contra outros
agentes já estão na justiça. E creiam , será sempre a palavra deles
que contam com o apoio de ex-militantes da luta armada que estão no
poder, por ONGs financiadas pela Secretaria de Direitos Humanos que
publicam livros com as versões deles e uma parte da mídia doutrinada
durante mais de três décadas.
Portanto, é a palavra deles, contra a nossa, que não temos, apoio de
instituições governamentais, nem dinheiro para campanhas e nossos
livros são boicotados.
Estou sendo julgado numa Vara Cível, por um suposto crime cometido em
dependência do Exército e na qualidade de seu Comandante.Estou sendo
julgado, apesar da Lei da Anistia, que penso muito em breve será
revogada, mas que ainda está em vigor.
Estou sendo julgado em uma Vara Cível apesar de jamais ter sido
condenado criminalmente.
Estou sendo julgado por um crime que não cometi.
Esse processo começou em novembro de 2005, após o filho de Criméia,
que nasceu no Hospital Militar de Brasília, ter sido indenizado.
É notório o aumento do número de “torturados”, de perseguidos
políticos e de vítimas dos chamados”anos de chumbo” após o ano de
2002, quando foi promulgada a Lei das Indenizações.
Além da indenização para seus filhos, já que os pais e a tia foram
indenizados, os autores desse processo buscam um motivo para colocar
aqueles que os combateram no banco dos réus.
Assim aconteceu na Argentina, no Chile, no Uruguai.
Enquanto assaltantes, seqüestradores, terroristas, e assassinos
permanecem livres, indenizados, glorificados como heróis, sob a
justificativa de que “lutavam pela causa” , a implantação de um regime
comunista, nós que cumprindo ordens de nossos superiores hierárquicos,
lutamos e preservamos a democracia, agora estamos ameaçados de ir para
a prisão por aqueles que combatemos e vencemos.
(A Verdade Sufocada).

(Volta)


O EXÉRCITO DE ONTEM E O EXÉRCITO DE HOJE

O Exército de ontem e o Exército de hoje
. Ponto de vista. (José Geraldo Pimentel).
. Criação da Operação Bandeirante - OBAN. (Cel Ustra - 1ª Parte).
. Ex comandante do Exército General Francisco Albuquerque: "O Exército
não vai fazer nada". (Cel Ustra - 2ª Parte).

O EXÉRCITO DE ONTEM E O EXÉRCITO DE HOJE

“Ficamos todos nós, os combatentes dos DOI - militares do Exército e
da Aeronáutica, integrantes da Polícia Federal e das Polícias Civil e
Militar - jogados à própria sorte, ignorados e abandonados pelo
Exército que nos designou para a missão. Missão, que para o bem do
Brasil cumprimos com êxito inquestionável.”
Carlos Alberto Brilhante Ustra

Ponto de vista

Por José Geraldo Pimentel

1935 volta nos dias de hoje de roupagem nova. Os traidores não se
utilizam de armas para silenciar os companheiros na calada da noite.
Apunhala-os a plena luz do dia. E o fazem entregando-os numa bandeja
de prata ao inimigo, para que os levem a julgamentos embasados numa
comissão dita da ‘verdade’, mas que encobre um projeto de vingança,
humilhação e condenação aos que lutaram em defesa da democracia. Os
perdedores estão ensandecidos de ódio e vingança!
Diante da ‘bravura’ dos nossos chefes militares que virtualmente se
transformaram em pinicos desta cafajestada que tomou de assalto o
país, me pergunto qual vai ser o futuro dos jovens oficiais e
sargentos que se graduam na Academia Militar das Agulhas Negras e na
Escola de Sargentos das Armas; e sonham levar os seus conhecimentos e
saberes às comunidades de um pais gigante, percorrendo-o de Norte a
Sul e de Leste a Oeste! E defenderem o seu solo com o seu sangue, se
preciso for! O que serão deles, se no futuro forem convocados para dar
combate a um inimigo sem cara, que quer a todo o custo transformar a
nação brasileira numa república do proletariado, como aconteceu nas
décadas de 60 e 70 ?
É de causar profunda tristeza ver os que lutaram no passado serem
esquecidos pelos companheiros, e ouvirem de um comandante do Exército:
"O Exército não vai fazer nada!”
É de sangrar o coração. É muita ingratidão. É desestimular os nossos
futuros oficiais e sargentos.
Não se pode brincar com os sonhos de uma juventude, que à despeito de
tudo, ainda acredita no seu Exército!
Vocês jovens cadetes e alunos não merecem ser tratados como os nossos
heróis do passado, que hoje estão sendo entregues como criminosos
pelos seus próprios chefes militares, a uma Comissão que foi criada
para pô-los atrás das grades, pelo fato de defenderem a pátria
brasileira.
Vocês jovens cadetes e alunos; vocês bravos guerreiros que nos
garantiram a liberdade, - não merecem ser esquecidos na hora que mais
precisam de sua pátria.
Nós soldados da ativa, reserva e reformados temos que nos levantar e
fazer alguma coisa. Temos que defender os nossos companheiros à
qualquer custo!
Se tivermos de fazer um levante militar, vamos fazer, mas não
assistiremos de braços cruzados o justiçamento de quantos lutaram pela
nossa liberdade!
Que se acautelem os que se imaginam reprisando o teatro de horrores da
Argentina! Nada irá nos impedir de estarmos ao lado dos nossos
companheiros!

Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2011.

MENSAGENS DO CEL USTRA

Criação da Operação Bandeirante (OBAN)

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra - Cel Ref EB

Desde, 1966, com o atentado a bomba em Guararapes, em Recife, as
Forças Armadas se defrontaram com o terrorismo no Brasil. Inicialmente
o combate aos terroristas vinha sendo feito pelas Polícias Civis e
Militares.
Essa preocupação com a coordenação e a centralização das atividades de
combate à guerrilha urbana não era só das autoridades em São Paulo.
Com essa finalidade, entre os dias 6 e 8 de fevereiro de 1969, havia
sido realizado o I Seminário de Segurança Interna, em Brasília, sob os
auspícios do Exército, que reuniu os secretários de Segurança, os
comandantes das Polícias Militares e os superintendentes regionais da
Polícia Federal.
Em 24 de junho de 1969, o general Canavarro, comandante do II Ex,
responsável pela segurança interna da área, convocou no Quartel
General uma reunião de todos os órgãos ligados à segurança.
Estavam presentes: o secretário de Segurança de São Paulo (Dr. Hely
Meirelles), o representante da Marinha; o representante da
Aeronáutica; o representante do SNI; o chefe do EM da 2ª Divisão de
Infantaria; o comandante da Força Pública; o delegado da Ordem
Política e Social; o diretor de Trânsito e outros.
O clima imposto, desde o início, foi o da melhor compreensão e
colaboração. Com isso, o general Canavarro, após apresentar suas
principais observações sobre os fatos que vinham ocorrendo, determinou
que fosse lido o documento organizado pelo Exército, com vistas ao
combate ao terrorismo. No dia 27 de junho de 1969, data oficial da
criação da OBAN, o II Exército elaborou um documento CONFIDENCIAL
intitulado Operação Bandeirante.
A missão da OBAN ficou assim definida: Identificar, localizar e
capturar os elementos integrantes dos grupos subversivos que atuam na
área do II Ex, particularmente em São Paulo, com a finalidade de
desativar ou pelo menos neutralizar as organizações a que pertençam.
Na parte de Execução, como conceito da Operação, constava:
O II Ex organizará um Centro de Coordenação, constituído de uma
Central de Informações e de uma Central de Operações, a fim de
coordenar as atividades de busca de informes, produção de informações
e ações repressivas contra grupos subversivos, visando a evitar
superposição de esforços, a definir responsabilidades e a tornar mais
efetivo o combate àqueles grupos.”
A situação era preocupante, pois os subversivo-terroristas, até o
início de 1970, tinham assaltado aproximadamente 300 bancos e alguns
carros fortes de empresas pagadoras; encaminhado mais de 300
militantes para cursos em Cuba e na China; sabotado linhas férreas;
assaltado quartéis para roubar armas; seqüestrado três diplomatas;
“justiçado” três militares (dois estrangeiros e um tenente da Polícia
Militar de São Paulo); roubado grande quantidade de explosivos em
pedreiras; explodido dezenas de bombas (entre elas uma no Aeroporto
Guararapes e outra no Quartel General de São Paulo); incendiado várias
radiopatrulhas.
O número de mortos da insensatez dessa guerrilha urbana já era grande:
66 pessoas, sendo 20 policiais militares, 7 militares, 7 policiais
civis, 10 guardas de segurança e 22 civis de profissões diversas.
- Criação dos DOI.
Na primeira quinzena de setembro de 1970, a Presidência da República,
em face dos problemas criados pelo terrorismo, expediu um documento no
qual analisava em profundidade as conseqüências que poderiam advir
dessa situação e definia o que deveria ser feito para impedir e
neutralizar os movimentos subversivos.
Tal documento recebeu o nome de Diretriz Presidencial de Segurança Interna.
De acordo com a Diretriz, em cada comando de Exército, que hoje se
denomina Comando Militar de Área, existiria:
- um Conselho de Defesa Interna (CONDI);
- um Centro de Operações de Defesa Interna (CODI); e
- um Destacamento de Operações de Informações (DOI).
Todos sob a coordenação do próprio comandante de cada Exército.
Os DOI - tinham a atribuição de combater, diretamente, as organizações
terroristas, de desmontar a sua estrutura de pessoal e de material, e
de impedir a sua reorganização. Eram órgãos eminentemente operacionais
e executivos, adaptados às condições peculiares da contra-subversão e
do contra-terrorismo.
Cumprindo a Diretriz Presidencial, o Exército Brasileiro, por
intermédio dos generais-de-exército, comandantes militares de área,
centralizou, coordenou, comandou e se tornou responsável pela condução
da contra-subversão e do contra-terrorismo no País.
Isto foi possível com a criação do:
- DOI/CODI/I Exército - Rio de Janeiro;
- DOI/CODI/II Exército - São Paulo (em substituição a OBAN);
- DOI/CODI/IV Exército - Recife;
- DOI/CODI/Comando Militar do Planalto - Brasília.
No ano seguinte com a criação do:
- DOI/CODI/5ª Região Militar - Curitiba;
- DOI/CODI/4ª Divisão de Exército - Belo Horizonte;
- DOI/CODI/6ª Região Militar - Salvador;
- DOI/CODI/8ª Região Militar - Belém; e
- DOI/CODI/ 10ª Região Militar - Fortaleza.
- Em 1974, foi criado o DOI/CODI/III Exército - Porto Alegre.
Os DOI eram a força pronta para o combate, diretamente a eles
subordinados, recebendo e cumprindo suas ordens.
(www.averdadesufocada.com, 22/11/2011).

Ex comandante do Exército General Francisco Albuquerque: "O Exército
não vai fazer nada”.

“Ficamos todos nós, os combatentes dos DOI - militares do Exército e
da Aeronáutica, integrantes da Polícia Federal e das Polícias Civil e
Militar - jogados à própria sorte, ignorados e abandonados pelo
Exército que nos designou para a missão. Missão, que para o bem do
Brasil cumprimos com êxito inquestionável.”

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra

Concluindo a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, ao final de
1969, fui transferido para São Paulo.
O Boletim Interno do II Exército, de 30 de setembro de 1970, publicou
a meu respeito: “A 30 Set, foi publico ter sido designado para assumir
as funções de Chefe do Destacamento de Operações de Informações do
CODI/II Ex, a partir de 29 Set70”. Vários outros militares também
foram designados para os DOI criados.
Cumprindo a ordem recebida, nesse dia, assumi o comando daquele
Destacamento e lá permaneci até 23/01/74, quando fui transferido para
Brasília.
A partir do dia que passamos a trabalhar nos DOI, as nossas vidas
particulares e a nossas carreiras passaram a sofrer os mais variados
testes.
Grandes pressões psicológicas pesaram sobre nós e nossos familiares.
Sobre nossos ombros iriam cair imensas responsabilidades. Vidas
humanas passariam a depender das nossas decisões. Até aquele momento,
estávamos acostumados a viver num Exército que apenas se preparava
para o combate.
Iniciava-se, para nós e nossas famílias, uma total mudança de hábitos,
que só viríamos sentir com o passar dos meses.
Era uma vida desgastante, cheia de riscos, sacrifícios e de privações.
As ameaças de seqüestros de nossas esposas e filhos eram constantes.
O general Humberto de Souza Mello, durante o período em que comandou o
II Exército, sempre teve uma especial atenção para com todos os
membros do DOI/II Ex. As suas visitas inopinadas, normalmente,
ocorriam horas depois de regressarmos de alguma operação de risco.
Nessas ocasiões, nosso comandante elogiava a bravura de nossos homens,
impulsionando-os, cada vez mais, para o cumprimento do dever. Isso
elevava o moral e o espírito de corpo.
Quando algum outro chefe militar ia oficialmente ao II Exército, a
visita ao DOI constava, invariavelmente, da programação oficial.
Assim , também, acontecia nos demais DOI do país.
Para nossa felicidade, tivemos como chefe da 2ª Seção do Estado-Maior
do II Exército o coronel Mário de Souza Pinto.
Era um oficial de prestígio e competente. Em Santa Maria-RS, havia
comandado o Regimento Mallet, onde se destacou como um dos melhores
comandantes daquela unidade militar, a mais tradicional da Artilharia.
Tivemos a ventura de tê-lo como chefe, em pleno período de combate.
Tinha todas as qualidades que um subordinado espera de seu comandante:
justo, amigo, eficiente, companheiro, corajoso. Era um oficial sério e
correto e não admitia deslizes, corrupção e falhas de caráter.
Se alguém cometesse uma falta dessas, sua mão era bastante pesada para punir.
É, portanto, com tristeza, que vejo a esquerda revanchista, baseada em
seus próprios critérios de comportamento, inventar que nossos salários
eram complementados com dinheiro de empresários; que dávamos proteção
e cobertura a marginais; que nos apossávamos do dinheiro e de bens das
pessoas que eram presas; que no DOI estuprávamos mulheres; que
introduzíamos objetos em seus órgãos sexuais; que torturávamos e
prendíamos, não só crianças, como pais, irmãos e parentes de presos
que nada tinham a ver com a subversão e o terrorismo. Isso, jamais
aconteceu!
Seguidamente sou apontado como chefe de homens que praticaram tais
atos. Eu jamais os permitiria.
Combatíamos um inimigo que não usava uniformes, que se misturava no
seio da população, de onde surgia, de surpresa, para o ataque.
Nossos inimigos, hoje chamados pelo atual governo de "resistentes",
sabiam que lutavam não apenas para derrotar o regime militar, mas para
estabelecer um regime comunista, uma "ditadura do proletariado". Isto,
hoje, está mais do que provado e tem sido repetido por historiadores
que pertenceram a organizações terroristas.
Não foi sincera a presidente Dilma quando afirmou que eles lutavam
pela democracia. Não é isto o que está escrito nos programas das
organizações terroristas que ela pertenceu.
Nós, por outro lado, estávamos cientes de que lutávamos pela democracia.
Depois de 4 anos de lutas, nós os vencemos e é graças à democracia que
soubemos defender que eles, hoje, estão no poder, e valendo-se dele
para infringir a lei, praticar a corrupção e promover a desordem, a
infração impune da lei, o revanchismo e o achincalhamento dos valores
morais e éticos da sociedade.
Os vencemos, lamentando cerca de 500 mortes, de ambos os lados. Se
eles tivessem sido vitoriosos, haveria um banho de sangue no Brasil, à
semelhança do que aconteceu nos países onde eles assumiram o poder e,
hoje, estaríamos vivendo sob uma férrea ditadura comunista.
Todos nós, que combatemos a luta armada comunista, podemos bater no
peito e gritar com orgulho de soldados: Missão cumprida!
Fomos elogiados por nossos chefes de então, recebemos medalhas, muitos
a Medalha do Pacificador com Palma, a mais alta condecoração outorgada
em tempo de paz, pelo Exército Brasileiro, fomos distinguidos com
nomeações para funções de prestígio.
Passam-se os anos.
Eu já tenente-coronel, comandava o 16º Grupo de Artilharia de
Campanha, em São Leopoldo, RS.
Uma noite, num jantar para comemorar o aniversário do Grupo, sentei ao
lado do Comandante da 3ª Região Militar, Gen Serpa, conhecido
carinhosamente como Serpa Louro, para diferenciá-lo de seu irmão,
também general, que era moreno.
Disse-me ele: Coronel, estou muito preocupado com o seu futuro. O
senhor, na luta contra os terroristas, ao comandar o maior DOI do
Brasil, se expôs muito. O Exército tem que blindá-lo e protegê-lo.
Respondi: General, todos os combatentes dos DOI cumpriram com o seu
dever, cumpriram a missão dada pelos seus chefes. Fui um dos
condecorados com a Medalha do Pacificador com Palma. Sempre fomos
elogiados e prestigiados pelos nossos chefes. Nunca fui chamado a
atenção, nunca fui punido, nem cometi qualquer arbitrariedade. Tenho a
certeza de que, se no futuro, os nossos inimigos tentarem nos atingir,
o Exército ao qual servimos com tanta dedicação e com o risco, não só
das nossa vidas, como a de nossas famílias, sairá em nosso favor e nos
defenderá.
Ele então me disse: Coronel, o senhor é muito jovem e sem experiência.
Gostaria muito que isto acontecesse, mas, tenho minhas dúvidas.
Em abril de 2006, já reformado, recebi uma Notificação do Juiz da 23ª
Vara Cível de São Paulo, a respeito de acusações de tortura de Ana
Maria Teles e outros. Deu-me o magistrado 15 dias para apresentar, a
minha Contestação.
Como este foi o primeiro caso, onde um militar estava sendo processado
por ter participado do combate ao terrorismo, pedi ao Exército uma
orientação, bem como para saber o que seria feito.
A resposta do comandante do Exército, General Francisco Albuquerque,
foi clara e incisiva: "O Exército não vai fazer nada". Dias depois o
General chefe de Comunicação Social, em entrevista à imprensa disse:
"O Exército não vai se pronunciar porque o caso está sub júdice".
E assim, vi que o General Serpa tinha razão.
Sempre tive a certeza de que, mesmo passados 40 anos, e tendo mudado
as circunstâncias políticas, o Exército assumiria, publicamente, o seu
envolvimento e a sua responsabilidade no combate ao terrorismo. Que
não se omitiria e assumiria que nós como membros de uma unidade
militar, como agentes do Estado, combatemos, cumprindo ordens de
nossos chefes.
Pensava que os atuais chefes militares, hoje ocupando as mesmas
funções daqueles que nos deram ordens, responderiam por eles e seriam
solidários conosco.
Infelizmente, isto não aconteceu. Ficamos todos nós, os combatentes
dos DOI - militares do Exército e da Aeronáutica, integrantes da
Polícia Federal e das Polícias Civil e Militar - jogados à própria
sorte, ignorados e abandonados pelo Exército que nos designou para a
missão. Missão, que para o bem do Brasil cumprimos com êxito
inquestionável.
Aos Generais “Serpa” a minha reverência e o meu respeito, aos demais,
o meu lamento...
(www.averdadesufocada.com, 25/11/2011).

(Volta)


DECLARAÇÕES PESSOAIS

. Minha luta. (Carlos Alberto Brilhante Ustra).
. Aos que não viveram a Contra-Revolução de 31 de março de1964.
(Carlos Alberto Brilhante Ustra).
. A Verdade Sufocada. (Maria Joseita Silva Brilhante Ustra).

Minha luta

Pensei muito e cheguei à conclusão que não sou eu que tenho que me
defender. Essa guerra não é minha! Fui apenas o instrumento, o "bode
expiatório" usado por eles para atingir a Instituição que lutou contra
os que estão no poder. Além do mais, não tenho procuração para
defendê-la. Se as Instituições, aparentemente, não querem entrar na
batalha da comunicação, se não se preocupam com o descrédito de seus
Inquéritos Policiais, com a credibilidade de sua justiça, de seus
Processos arquivados no Superior Tribunal Militar, por que vou eu
continuar me desgastando, procurando dados, pesquisando em fontes, às
quais nem sempre tenho acesso fácil, sobre casos que, lamento
profundamente, foram inevitáveis?

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra

Tenho rebatido todas as acusações feitas sobre minha conduta no
comando do DOI - CODI do II Exército no período de 29/09/1970 a
23/01/1974. Não uso apenas palavras, nem apresento testemunhas que
estejam ligadas aos órgãos de informações envolvidas pessoalmente ou
emocionalmente nos mesmos casos. Apresento fatos, dados, datas,
números de Inquéritos Policiais e IPM - números de processos
arquivados no STM e versões dos próprios ex-militantes da luta armada,
muitas das quais, a cada hora, voltam a ser apresentadas de formas
diferentes.
Desmenti a farsa da então deputada Bete Mendes, no livro Rompendo o
Silêncio. Com atuação medíocre no Congresso Nacional, expulsa do
Partido dos Trabalhadores e sem partido, Bete Mendes, meteoricamente,
tornou-se uma celebridade nacional. Nem a imprensa, nem o Congresso
fizeram à denunciante as perguntas necessárias para tornar mais
objetivas as acusações que fazia. Ninguém exigiu provas. Da parte
dela, do Congresso, das Instituições, o assunto morreu depois do
livro. A sua mudez, desde então, embora excepcionalmente reveladora,
nunca foi convenientemente explicada. Para a imprensa, continuo como
torturador de Bete Mendes
A revista Época, dessa semana, 04/07, publicou que, quando Bete Mendes
me acusou de tê-la torturado, fui destituído do cargo de Adido do
Exército junto à embaixada do Brasil no Uruguai, o que não é verdade.
Tive todo o apoio do ministro Leônidas Pires Gonçalves e do senador
José Sarney. Se têm memória, podem comprovar isso.
Desmontei a farsa da "vala dos & 39;desaparecidos& 39; do Cemitério de Perus",
mas continuam a dizer que a vala de Perus era clandestina.
Mostrei que os "desaparecidos de Perus" eram enterrados com os nomes
falsos que usavam, mas, na irrestrita exigência das leis vigentes no
momento, eles tinham seus registros nos livros do cemitério.
Provei com documento (radiograma do II Exército, publicado em minhas
Folhas de Alterações), que no dia em que Ivan Seixas, filho de Joaquim
de Alencar Seixas, me acusa de invadir e saquear sua casa, torturar e
de matar seu pai a pancadas eu estava em repouso, em minha casa, por
determinação médica, por ter feito na véspera uma cirurgia de
amígdalas. Mesmo assim, cópias do documento que foram entregues a
alguns jornalistas foram simplesmente ignoradas .
O juiz da 23ª Vara Cível de São Paulo julgou improcedente a acusação
da família Telles de que eu sequestrara e torturara os filhos de Maria
Amélia Telles, Janaína e Edson. Entretanto, mediante a palavra dos
cinco membros da família e das declarações de testemunhas,
ex-militantes de organizações terroristas, me julgou responsável, em
1ª Instância, por ter submetido Maria Amélia, seu marido e sua irmã
Criméia a torturas. Meus advogados recorreram à instância superior.
Continuo sendo chamado de torturador e sequestrador, não só dos pais e
de Criméia, mas, também, das crianças.
Desmontei, em artigo publicado na Folha de São Paulo, com datas,
nomes, número de Inquérito Policial -IP - e número de processo
arquivado no STM a farsa de Pérsio Arida , dizendo-se enviado para a
Polícia do Exército do Rio, para lá ser torturado. Continuo afirmando
: durante o meu comando isto não aconteceu. A última palavra na Folha
foi de Pérsio Arida, desacreditando o IP e o processo arquivado no
STM. Agora recorrem ao Judiciário a bel prazer. A Justiça para eles é
de mão única.
Para aqueles que não agem por revanche, mas que querem conhecer a
verdade, escrevi dois livros:

Rompendo o Silêncio e A Verdade Sufocada
“Rompendo o Silêncio”, em 1987, que chegou à 3ª edição e ficou por
três semanas entre os mais vendidos, e “A Verdade Sufocada - A
história que a esquerda não quer que o Brasil conheça” , em 2007, que
também esteve entre os mais vendidos. Felizmente, apesar de todo o
boicote dessa mesma mídia que me mantém na berlinda e me rotula de
"torturador", meu segundo livro está na 6ª edição
Recentemente, em 06/07/2011, o Correio Braziliense publicou uma
matéria intitulada “Tortura sem nenhum vestígio", em que consta a
declaração de Hilda, mulher de Virgílio Gomes da Silva, "Jonas", um
dos autores do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, em
1969, no Rio de Janeiro. Diz ela que "viu sua filha de quatro meses
ser submetida a choques elétricos", no DOI de São Paulo.
É o não-senso de derrotados a quem só cabe acusar para explicar a
derrota, culpando. Quem lê os relatos dos revanchistas, forma a ideia
de que organizáramos uma mílicia que agia por conta própria , sem
prestar contas a nenhum chefe imediato.
Na realidade os DOI eram unidades militares, com comandantes e agentes
escolhidos e nomeados pelo general comandante da área onde estavam
situados. Tínhamos normas militares, prestávamos contas de nossos atos
aos nossos superiores, que, por sua vez, também prestavam contas aos
seus superiores hierárquicos.
Por que eu, já que fomos tantos a comandar DOI pelo Brasil a fora?
Nessa guerra entrei de cabeça e nela arrisquei tudo o que mais eu prezava.

Essa guerra não é minha
Tenho pensado muito e cheguei a uma conclusão: essa guerra não foi
minha. Ganhei, mas perdi. Agora é a vitória de graúdos. Graúdos
derrotados e ressentidos por uma guerra que combati com risco da minha
vida e da minha família. Eles estão no poder e eu sem poder nenhum, à
mercê de acusadores sem prova e de inescrupulosos.
Por que eu tenho que ser julgado por ter sido nomeado para determinada
função e a ter cumprido de acordo com as determinações da lei vigente
na época - acabar a luta armada, juntamente com meus outros
companheiros que ocuparam funções semelhantes ?
Fui mantido no cargo por três anos, 3 meses e 25 dias e, quando fui
transferido, fui nomeado Instrutor Chefe do Curso de Operações, da
Escola de Informação - atual Escola de Inteligência.
Fui condecorado com a Medalha do Pacificador com Palma e com a Medalha
do Mérito Militar; recebi um comando muito bom e, finalmente, fui
nomeado Adido Militar no Uruguai. Portanto sempre fui prestigiado.
Pensei muito e cheguei à conclusão que não sou eu que tenho que me
defender. Essa guerra não é minha! Fui apenas o instrumento, o "bode
expiatório" usado por eles para atingir a Instituição que lutou contra
os que estão no poder. Além do mais, não tenho procuração para
defendê-la.
Se as Instituições, aparentemente, não querem entrar na batalha da
comunicação, se não se preocupam com o descrédito de seus Inquéritos
Policiais, com a credibilidade de sua justiça, de seus Processos
arquivados no Superior Tribunal Militar, por que vou eu continuar me
desgastando, procurando dados, pesquisando em fontes, às quais nem
sempre tenho acesso fácil, sobre casos que, lamento profundamente,
foram inevitáveis?
Apenas em consideração àqueles que sempre me deram apoio, pela última
vez , vou falar sobre um processo. Não vou procurar dados, nem me
desgastar atrás de IPs que não eram feitos por mim, e processos
arquivados no STM, já que eles são desacreditados e ignorados
sistematicamente pelos ex-militantes.
Vou transcrever o que lembro, 40 anos depois e que deve constar no
processo de Luiz Eduardo Merlino.
Merlino era militante do Partido Operário Comunista (POC), trabalhava
no Jornal da Tarde e militava clandestinamente. Esteve por alguns
meses na França para fazer contatos com membros da IV Internacional,
de orientação trotskista e participou do 2º Congresso da Liga
Comunista .
Ao voltar, foi preso e, depois de interrogatórios, foi transportado em
um automóvel para o Rio Grande do Sul, a fim de ali proceder ao
reconhecimento de alguns contatos que mantinha com militantes, Na
Rodovia BR- 116, na altura da cidade de Jacupiranga, a equipe de
agentes que o transportava parou para um lanche ou um café.
Aproveitando uma distração da equipe, Merlino, na tentativa de fuga,
lançou-se na frente de um veículo que trafegava pela rodovia. Se bem
me lembro, não foi possível a identificação do veículo que o
atropelou. Faleceu no dia 19/07/1971, às 19h30min horas , na Rodovia
BR-116, vítima de atropelamento.
Como acontecia, em todos os casos em que um preso falecia, era aberto
um Inquérito Policial no DOPS/SP e o corpo era submetido a autópsia no
Instituto Médico Legal - IML - de São Paulo. Posteriormente, o
inquérito era encaminhado à Justiça.
Hoje, quarenta anos depois, se houve ou não tortura é impossível comprovar.
Assim, os acusadores tentam "provar" as supostas torturas,
desacreditando as provas materiais, o inquérito policial e os laudos
do IML , e, baseando-se unicamente no testemunho de ex-presos, todos
antigos militantes e companheiros de ideologia da luta armada, no
caso, da mesma organização POC.
Não foi o primeiro, nem o último que teve essa atitude trágica, pelos
seus ideais de luta contra a lei e a ordem:
"o depoimento de Etienne faz falta, principalmente levando-se em
consideração o seu currículo: linha de frente no sequestro do
embaixador suíço Giovanni Bucher; presa e torturada, inventou um ponto
em Cascadura (RJ) e, para não entregar nomes jogou-se sob um ônibus".
(Flávia Gusmão - Luta Armada é coisa de mulher - Jornal do Commércio,
de Recife, 22/07/1998).
Ela se refere a Etienne Romeu, da direção nacional da Vanguarda
Popular Revolucionária (VPR). Felizmente não morreu.
A ALN em um documento sobre comportamento na prisão diz textualmente:
"O suicídio é uma mera antecipação de uma morte certa. Morrer é
passividade, mas matar-se é ato".
Segundo Taís Morais e Eumano Silva, em seu livro Operação Araguaia -
Geração Editorial, página 95:
"O partido preparava militantes para morrer na luta. Apanhados, jamais
deveriam colaborar com a repressão. Nada poderiam revelar que ajudasse
na captura dos guerrilheiros, mesmo torturados. Muitos guardavam a
última munição para cometer suicídio, em caso de prisão".
Tenho a consciência tranquila do dever cumprido. Fui designado para
uma missão, como poderia ter sido para qualquer outra e procurei
cumpri-la da melhor maneira possível. Arrisquei minha vida e a de
minha família lutando por aquilo que acreditava - a liberdade, a
democracia . Sabia que aquele período de exceção era passageiro e que
durou mais tempo do que deveria, exatamente por causa da luta armada.
Lamento a morte de brasileiros, que, fanatizados por ideologias há
tempos abandonadas pelo mundo civilizado, se lançaram em uma violência
que teve que ser reprimida com armas.
É bom ressaltar que não lutamos contra estudantes desarmados. Lutamos
contra pessoas dispostas a matar ou a doutrinar as massas para
conseguirem mais adeptos para a luta armada. Lutamos contra pessoas
como as que se orgulham de terem praticado atos como estes narrados
nos vídeos abaixo:

 Depoimento de Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz - Clemente - ALN.

 Depoimento de Franklin Martins e outros companheiros sobre o
sequestro do embaixador americano.- MR-8.

 Depoimento de " Clemente" no Fantastico sobre "justiçamentos" de
companheiros. ALN.

 A verdade sobre a morte do Coronel Alfeu está no livro A verdade
sufocada 6ª edição - página 500 - MRT.

 Dep de Ivan Seixas modificado depois de vários anos afirmando que eu
havia pessoalmente torturado e matado seu pai a pancadas - MRT.

 Dep de José W. Melo que presenciou o atentado ao Quartel do II
Exército - VPR .

 Depoimento de Jaime Dolce que perdeu o pai Cardênio Jaime Dolce - ALN.

 Depoimento de Orlando Lovecchio , vítima de um atentado a bomba - ALN.

(Fonte: A Verdade Sufocada).

Aos que não viveram a Contra-Revolução de 31 de março de1964

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra - Cel Ref EB (*)

No dia 31 de março de 1964 foi deposto o Presidente da República, João Goulart.
Uns chamam esse acontecimento de golpe militar, outros de tomada do
poder, alguns outros de Revolução de 1964. Eu prefiro considerá-lo
como a Contra-Revolução de 31 de março de 1964.
Vou lhes explicar o meu ponto de vista ao longo deste artigo. Espero
que ao final vocês tenham dados suficientes para julgar se estou
certo.
Vocês foram cansativamente informados por seus professores, jornais,
rádios, TV e partidos políticos :
- que os militares tomaram o poder dos civis para impedir que reformas
moralizantes fossem feitas;
- que para combater os "generais que usurparam o poder" os jovens da
época uniram-se e lutaram contra a ditadura militar e que muitos deles
morreram, foram mutilados, presos e torturados na luta pela
"redemocratização" do país;
- que os militares assim agiram a mando dos Estados Unidos, que temiam
o comunismo instalado no Brasil;
- que jovens estudantes, idealistas, embrenharam-se nas matas do
Araguaia para lutar contra a ditadura e pela redemocratização do país.
Com quantas inverdades fizeram a cabeça de vocês!
E por que essas mentiras são repetidas até hoje?
Foi a maneira que eles encontraram para tentar justificar a sua luta
para implantar um regime do modelo soviético, cubano ou chinês no
Brasil.
Por intermédio da mentira, eles deturparam a História e conseguiram o
seu intento.
Vocês que não viveram essa época acreditam, piamente, no que eles
dizem e se revoltam contra os militares.
Vamos aos fatos, pois eu vivi e participei dessa época.
Em março de 1964 eu era capitão e comandava uma bateria de canhões
anti-aéreos do 1º Grupo de Artilharia Anti-Aérea, em Deodoro, no Rio
de Janeiro.
A maioria dos oficiais que serviam no 1º Grupo de Artilharia AAe,
entre eles eu, teve uma atitude firme para que o Grupo aderisse à
Contra-Revolução.
Eu era um jovem com 31 anos. O país vivia no caos. Greves políticas
paralisavam tudo: transportes, escolas, bancos, colégios. Filas eram
feitas para as compras de alimentos. A indisciplina nas Forças Armadas
era incentivada pelo governo. Revolta dos marinheiros no Rio; revolta
dos sargentos em Brasília. Na minha bateria de artilharia havia um
sargento que se ausentava do quartel para fazer propaganda do Partido
Comunista, numa kombi, na Central do Brasil.
Isto tudo ocorria porque o governo João Goulart queria implantar as
suas reformas de base à revelia do Congresso Nacional. Pensava, por
meio de um ato de força, em fechar o Congresso Nacional com o apoio
dos militares "legalistas".
Vocês devem estar imaginando que estou exagerando para lhes mostrar
que a Contra-Revolução era imperativa naqueles dias. Para não me
alongar, vou citar o que dizem dois conhecidos comunistas:
- depoimento de Pedro Lobo de Oliveira no livro "A esquerda armada no
Brasil" - "muito antes de 1964 já participava na luta revolucionária
no Brasil na medida de minhas forças. Creio que desde 1957. Ou melhor,
desde 1955". "Naquela altura o povo começava a contar com a orientação
do Partido Comunista".
- Jacob Gorender - do PCBR, escreveu no seu livro "Combate nas
Trevas": "Nos primeiros meses de 1964, esboçou-se uma situação
pré-revolucionária e o golpe direitista se definiu, por isso mesmo,
pelo caráter contra-revolucionário preventivo. A classe dominante e o
imperialismo tinham sobradas razões para agir antes que o caldo
entornasse".
Diariamente eu lia os jornais da época: O Dia, O Globo, Jornal do
Brasil, Tribuna da Imprensa, Diário de Notícias, etc... Todos eram
unânimes em condenar o governo João Goulart e pediam a sua saída, em
nome da manutenção da democracia. Apelavam para o bom senso dos
militares e até imploravam a sua intervenção, para que o Brasil não se
tornasse mais uma nação comunista.
Eu assistia a tudo aquilo com apreensão. Seria correto agirmos para a
queda do governo? Comprei uma Constituição do Brasil e a lia
seguidamente. A minha conclusão foi de que os militares estavam certos
ao se antecipar ao golpe de Jango.
Às Forças Armadas cabe zelar para a manutenção da lei, da ordem e
evitar o caos. Nós não tínhamos que defender o governo; tínhamos que
defender a nação.
O povo foi às ruas com as Marchas da Família com Deus pela Liberdade,
no Rio, São Paulo e outras cidades do país. Todos pedindo o fim do
governo João Goulart, antes que fosse tarde demais.
E, assim, aconteceu em 31/03/1964 a nossa Contra-Revolução.
Os jornais da época (Estado de São Paulo, O Globo, Jornal do Brasil;
Tribuna da Imprensa e outros ) publicaram, nos dias 31/03/64 e nos
dias seguintes, editoriais e mais editoriais exaltando a atitude dos
militares. Os mesmos jornais que, hoje, combatem a nossa Contra-
Revolução.
Os comunistas que pleiteavam a tomada do poder não desanimaram e
passaram a insuflar os jovens, para que entrassem numa luta
fratricida, pensando que lutavam contra a ditadura. E mentiram tão bem
que muitos acreditam nisso até hoje. Na verdade, tudo já estava se
organizando. Em 1961, em pleno governo Jânio Quadros, Jover Telles,
Francisco Julião e Clodomir dos Santos Morais estavam em Cuba
acertando cursos de guerrilha e o envio de armas para o Brasil. Logo
depois, alguns jovens eram indicados para cursos na China e em Cuba.
Bem antes de 1964 a área do Araguaia já estava escolhida pelo PC do B
para implantar a guerrilha rural.
Em 1961 estávamos em plena democracia. Então para que eles estavam se
organizando? Julião já treinava as suas Ligas Camponesas nessa época,
que eram muito semelhantes ao MST de hoje. Só que sem a organização, o
preparo, os recursos, a formação de quadros e a violenta doutrinação
marxista dos atuais integrantes do MST.
E foi com essa propaganda mentirosa que eles iludiram muitos jovens e
os cooptaram para as suas organizações terroristas.
Então, começou a luta armada.
Foram vários atos terroristas: o atentado ao aeroporto de Guararapes,
em Recife, em 1966; a bomba no Quartel General do Exército em São
Paulo, em 1968; o atentado contra o consulado americano; o assassinato
do industrial Albert Boilesen e do capitão do Exército dos Estados
Unidos Charles Rodney Chandler; seqüestros de embaixadores
estrangeiros no Brasil .
A violência revolucionária se instalou. Assassinatos, ataques a
quartéis e a policiais aconteciam com freqüência.
Nessa época, eles introduziram no Brasil a maneira de roubar dinheiro
com assaltos a bancos, a carros fortes e a estabelecimentos
comerciais. Foram eles os mestres que ensinaram tais táticas aos
bandidos de hoje.Tudo treinado nos cursos de guerrilha em Cuba e na
China.
As polícias civil e militar sofriam pesadas baixas e não conseguiam,
sozinhas, impor a lei e a ordem.
Acuado, perdendo o controle da situação, o governo decretou o AI-5,
pelo qual várias liberdades individuais foram suspensas. Foi um ato
arbitrário, mas necessário. A tênue democracia que vivíamos não se
podia deixar destruir.
Para combater o terrorismo, o governo criou uma estrutura com a
participação dos Centros de Informações da Marinha (CENIMAR), do
Exército (CIE) e da Aeronáutica (CISA). Todos atuavam em conjunto,
tanto na guerrilha rural quanto na urbana. O Exército, em algumas
capitais, criou o seu braço operacional, os Destacamentos de Operações
de Informações ( DOI). Para trabalharem nos diversos DOI do Brasil, o
Exército selecionou do seu efetivo alguns majores, capitães e
sargentos. Eram, no máximo, 350 militares, entre os 150 mil homens da
Exército.
Eu era major, estagiário da Escola de Estado Maior. Tinha na época 37
anos e servia no II Exército, em São Paulo. Num determinado dia do ano
de 1970, fui chamado ao gabinete do comandante do II Exército, general
José Canavarro Pereira, que me deu a seguinte ordem: "Major, o senhor
foi designado para comandar o DOI/CODI/II Ex. Vá, assuma e comande com
dignidade".
A partir desse dia minha vida mudou. O DOI de São Paulo era o maior do
país e era nesse Estado que as organizações terroristas estavam mais
atuantes. O seu efetivo em pessoal era de 400 homens. Destes, 40 eram
do Exército, sendo 10 oficiais, 25 sargentos e 5 cabos. No restante,
eram excelentes policiais civis e militares do Estado de São Paulo.
Esses foram dias terríveis! Nós recebíamos ameaças freqüentemente.
Minha mulher foi de uma coragem e de uma abnegação total. Quando minha
filha mais velha completou 3 anos de idade, ela foi para o jardim da
infância, sempre acompanhada de seguranças. Minha mulher não tinha
coragem de permanecer em casa, enquanto nossa filha estudava. Ela
ficava dentro de um carro, na porta da escola, com um revólver na
bolsa.
Não somente nós passamos por isso! Essa foi a vida dos militares que
foram designados para combater o terrorismo e para que o restante do
nosso Exército trabalhasse tranqüilo e em paz.
Apreendemos em "aparelhos" os estatutos de, praticamente, todas as
organizações terroristas e em todos eles estava escrito, de maneira
bem clara, que o objetivo da luta armada urbana e rural era a
implantação de um regime comunista em nosso país.
Aos poucos o nosso trabalho foi se tornando eficaz e as organizações
terroristas foram praticamente extintas, por volta de 1975.
Todos os terroristas quando eram interrogados na Justiça alegavam que
nada tinham feito e só haviam confessado os seus crimes por terem sido
torturados. Tal alegação lhes valia a absolvição ou diminuição da pena
no Superior Tribunal Militar. Então, nós passamos a ser os "
torturadores".
Hoje, como participar de seqüestros, de assaltos e de atos de
terrorismo passou a contar pontos positivos para os seus currículos,
eles, posando de heróis, de defensores da democracia, admitem ter
participado das ações. Quase todos continuam dizendo que foram
torturados e perseguidos politicamente. Com isso recebem indenizações
milionárias e ocupam elevados cargos públicos. Nós continuamos a ser
seus "torturadores" e somos os verdadeiros perseguidos políticos. As
vítimas do terrorismo até hoje não foram indenizadas.
O Brasil com toda a sua população e com todo seu tamanho teve, até
agora, 119 mortos identificados, que foram assassinados por
terroristas, 43 eram civis que estavam em seus locais de trabalho
(estima-se que existam mais cerca de 80 que não foram identificados);
33 policiais militares; 12 guardas de segurança; 8 militares do
Exército; 3 agentes da Polícia Federal; 3 mateiros do Araguaia; 2
militares da Marinha; 2 militares da Aeronáutica; 1 major do Exército
da Alemanha; 1 capitão do Exército dos Estados Unidos; 1 marinheiro da
Marinha Real da Inglaterra.
A mídia fala sempre em "anos de chumbo", luta sangrenta, noticiando
inclusive que , só no cemitério de Perus, em São Paulo, existiriam
milhares de ossadas de desaparecidos políticos. No entanto, o Grupo
Tortura Nunca Mais reclama um total de 284 mortos e desaparecidos que
integravam as organizações terroristas. Portanto, o Brasil, com sua
população e com todo o seu tamanho, teve na luta armada, que durou
aproximadamente 10 anos, ao todo 404 mortos.
Na Argentina as mortes ultrapassaram 30.000 pessoas; no Chile foram
mais de 4.000 e no Uruguai outras 3.000. A Colômbia, que resolveu não
endurecer o seu regime democrático, luta até hoje contra o terrorismo.
Ela já perdeu mais de 45.000 pessoas e tem 1/3 do seu território
dominado pelas FARC.
Os comunistas brasileiros são tão capazes quanto os seus irmãos
latinos. Por que essa disparidade?
Porque no Brasil dotamos o país de leis que permitiram atuar contra o
terrorismo e também porque centralizamos nas Forças Armadas o combate
à luta armada. Fomos eficientes e isso tem que ser reconhecido. Com a
nossa ação impedimos que milhares de pessoas morressem e que esta luta
se prorrogasse como no Peru e na Colômbia.
No entanto, algumas pessoas que jamais viram um terrorista, mesmo de
longe, ou preso, que jamais arriscaram as suas vidas, nem as de suas
famílias, criticam nosso trabalho. O mesmo grupo que só conheceu a
luta armada por documentos lidos em salas atapetadas e climatizadas
afirma que a maneira como trabalhamos foi um erro, pois a vitória
poderia ser alcançada de outras formas.
Já se declarou, inclusive, que: "a ação militar naquele período não
foi institucional. Alguns militares participaram, não as Forças
Armadas. Foi uma ação paralela".
Alguns também nos condenam afirmando que, como os chefes daquela época
não estavam acostumados com esse tipo de guerra irregular, não
possuíam nenhuma experiência. Assim, nossos chefes, no lugar de nos
darem ordens, estavam aprendendo conosco, que estávamos envolvidos no
combate. Segundo eles, nós nos aproveitávamos dessa situação para
conduzir as ações do nosso modo e que, no afã da vitória,
exorbitávamos .
Mas as coisas não se passavam assim. Nós que fomos mandados para a
frente de combate nos DOI, assim como os generais que nos chefiavam,
também não tínhamos experiência nenhuma. Tudo o que os DOI faziam ou
deixavam de fazer era do conhecimento dos seus chefes. Os erros
existiram, devido à nossa inexperiência, mas os nossos chefes eram tão
responsáveis como nós.
Acontece que o nosso Exército há muito tempo não era empregado em
ação. Estava desacostumado com a conduta do combate, onde as pessoas
em operações têm que tomar decisões, e decisões rápidas, porque a vida
de seus subordinados ou a vida de algum cidadão pode estar em perigo.
Sempre procurei comandar liderando os meus subordinados. Comandei com
firmeza e com humanidade, não deixando que excessos fossem cometidos.
Procurei respeitar os direitos humanos, mas sempre respeitando, em
primeiro lugar, os direitos humanos das vítimas e, depois, os dos
bandidos. Como escrevi em meu livro "Rompendo o Silêncio ", terrorismo
não se combate com flores. A nossa maneira de agir mostrou que
estávamos certos, porque evitou o sacrifício de milhares de vítimas,
como aconteceu com os nossos vizinhos. Só quem estava lá, frente a
frente com os terroristas, dia e noite, de arma na mão, pode nos
julgar.
Finalmente, quero lhes afirmar que a nossa luta foi para preservar a
democracia. Se o regime implantado pela Contra-Revolução durou mais
tempo do que se esperava, deve-se, principalmente, aos atos insanos
dos terroristas. Creio que, em parte, esse longo período de exceção
deveu-se ao fato de que era preciso manter a ordem no país.
Se não tivéssemos vencido a luta armada, hoje estaríamos vivendo sob o
tacão de um ditador vitalício como Fidel Castro e milhares de
brasileiros teriam sido fuzilados no "paredón" (em Miami em fevereiro,
foi inaugurado por exilados cubanos, um Memorial para 30.000 vítimas
da ditadura de Fidel Castro).
Hoje, graças à nossa vitória na luta armada, temos no poder muitas
pessoas que combatemos e que lá chegaram pelo voto popular.
Tínhamos esperança de que elas esquecessem os seus propósitos de 40
anos passados. Não foi o que aconteceu.
Infelizmente, acreditamos que não viveríamos o revanchismo a que eles,
com denodo, estão impondo. A tal Comissão da Verdade, com o apoio dos
políticos, está aí e não nos deixa mentir.
Como tem acontecido nos processos que estão movendo contra nós nas
Varas Cíveis, as provas materiais colhidas na época da luta armada, os
Inquéritos Policiais feitos pelo DOPS, os laudos dos Institutos
Médicos Legais , a aprovação do Inquéritos Policiais pela Justiça
Militar, as provas testemunhais obtidas, tudo devidamente arquivado no
Superior Tribunal Militar, não tem valor algum . São desconsiderados
porque "foram forjados pela ditadura".
Agora, o que tem valor é o depoimento de cinco ou seis militantes que,
depois de combinarem o que vão falar para nos acusar de torturadores,
mentem, juntos, até a exaustão, perante os juízes destas Varas Cíveis.
E , no final somos condenados por tortura.
O mesmo acontecerá com o relatório da Comissão da Verdade.

(*) O autor é coronel reformado do Exercito e foi Comandante do
DOI/CODI/ II Ex ; Instrutor Chefe do Curso de Operações da Escola
Nacional de Informações e Chefe da Seção de Operações do CIE.
(A Verdade Sufocada, 12/10/11).

A Verdade Sufocada

Por Maria Joseita Silva Brilhante Ustra (*)

Na abertura de exposição, na Câmara dos Deputados, em homenagem ao
ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971 na ditadura militar, a
ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) pediu apoio para a
aprovação do projeto de lei que cria a Comissão da Verdade. A ministra
fez um aceno para os militares, pois eles temem que essa comissão se
transforme num instrumento de revanche. Maria do Rosário afirmou: "As
Forças Armadas são parte do ordenamento democrático, cumprem a
Constituição e devem estar integradas na democracia." Ela negocia o
funcionamento dessa comissão com o ministro Nelson Jobim (Defesa).
(Panorama Político - Ilimar Franco - O Globo).

Acreditamos que os brasileiros queiram, mereçam e precisam conhecer a
História recente do país. Mas não apenas a história que vem sendo
"vendida" em filmes, reportagens, livros oficiais e CD distribuídos
nas escolas, onde são omitidos assaltos, sequestros assassinatos,
"justiçamentos", atentados a bomba e, a motivação principal para esses
atos insanos praticados pelos terroristas durante a luta armada.
Nós, do site www.averdadesufocada.com cremos, e temos tentado
contribuir com dados e com os nomes de pessoas que participaram da
luta armada, que elas precisam ser convocadas para trazer a público
esses fatos que são sistematicamente omitidos, alguns distorcidos
propositadamente por militantes de organizações subversivo-terroristas
que procuram se apresentar aos brasileiros como heróis que lutaram
pela liberdade e pela democracia. Escondem do povo que o verdadeiro
objetivo da luta armada era implantar uma ditadura marxista-leninista
no Brasil.
Queremos a verdade! Queremos os arquivos abertos sem tarjas pretas,
sem censura prévia!
Queremos o Projeto Orvil nas livrarias.
Queremos os IPMs e os arquivos do Supremo Tribunal Militar abertos
para aqueles pesquisadores que se interessarem pela VERDADE, como
foram abertos para a equipe de Dom Evaristo Arns, que censurou o que
não interessava que fosse do conhecimento público e apenas publicou no
seu livro Tortura Nunca Mais o que foi dito pelos réus na frente do
juiz.
Qual o criminoso, que, mesmo hoje em dia, na tentativa de se
inocentar, não nega tudo e não diz que as confissões foram feitas sob
tortura?
Urge que nós, pequenos sites e jornais, que conhecemos a Verdade
tenhamos acesso a esses documentos para que possamos levar pelo menos,
ao nosso pequeno público, esses dados.
É imprescindível que tenhamos voz na grande mídia !
É imperativo que nossos livros, nossas pesquisas , nossos trabalhos,
nossos jornais sejam divulgados nas escolas, nas faculdades, nas
escolas militares, nos quartéis. Afinal , a própria ministra Maria do
Rosário reconhece que "As Forças Armadas são parte do ordenamento,
democrático, cumprem a constituição e devem ser integradas na
democracia."
Imagino o que sentem os familiares dessas 119 vítimas, que morreram
lutando pela democracia e pela liberdade contra as organizações
subversivo -terroristas, ao lerem e ouvirem a louvação e as homenagens
aos algozes dos seus entes queridos, os quais não procuraram e nem
queriam essa guerra suja.
Eu, uma cidadã civil, me coloco na situação dos dois lados. A dor é
igual para os familiares de ambos.
Imagino o que sentem os civis e militares , que vivos , mas com
sequelas físicas e psíquicas, ao serem chamados de torturadores de
jovens inocentes desarmados!...
Imagino o dissabor dos militares, que ouvem comparações entre o
Exército de hoje e o Exército de ontem!
Ninguém compara, a situação de ontem com a de hoje! Ninguém compara a
situação político-ideológica de ontem com a de hoje!
Nós, civis, jovens e velhos, exigimos que a Comissão da Verdade seja
composta por pessoas isentas ideologicamente e que convoque desde o
mais simples ao mais graduado participante da luta armada e apurem a
VERDADE.
(*) Editora do site www.averdadesufocada.com

(Volta)


O CEL USTRA É LINCHADO POR CUMPRIR COM O SEU DEVER

“O que mais impressiona é o tom autocrático do (ex) secretário
Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, ao se nomear caçador
oficial de torturadores e, do alto das prerrogativas palacianas,
assegurar que estes terão direito de defesa como se ele fosse
proprietário do contraditório. É o mesmo que garantir ao enforcado o
direito ao cadafalso. Vannuchi é o típico ex-preso político sectário
agora convertido em democrata com o encargo governamental de realizar
as grandes vinganças.”
Demóstenes Torres, Procurador de Justiça e senador (DEM-GO).

ÍNDICE

. A tortura do Coronel Ustra. (Jose Geraldo Pimentel).
. Desabafo do Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra. (Baeta Neves).
. Depois da liberdade desaparecer... (Osmar José de Barros Ribeiro).
. A tortura do Coronel Ustra. (José G. Pimentel).
. Ninguém fica pra trás! (General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva).
. Por que o coronel Ustra é odiado pela esquerda? (Capitão Félix Maier).
. A Vingança dos derrotados – 1964. (Dom Lourenço Fleichman).
. Exacerba-se a vindita. (General Torres de Melo).
. Condenação moral. (Hélder Cordeiro).
. A tortura pública do coronel Brilhante Ustra. (Capitão Félix Maier).
. O grande cartel contra o Coronel Ustra. (Paulo Gabrielidis).
. Carta de um ex soldado do Exército brasileiro ao Cel Ustra. (Joe).

A tortura do Coronel Ustra

Por Jose Geraldo Pimentel
Cap Ref EB

Antes de iniciar este texto devo esclarecer que não tenho procuração
para defender o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. O que faço
neste momento é defender as Forcas Armadas, quando um grupo de maus
brasileiros, invertendo os fatos acontecidos nos anos 64/85, faz-se de
vítima, atribuindo aos militares a pecha de torturadores. É uma
campanha difamatória que ocupa todos os meios de comunicação,
inserindo-se nas escolas e universidades, passando a ideia de
verdades, quando na realidade querem é usufruir dos benefícios da Lei
da Anistia, transformando-se em novos ricos, com milionárias
indenizações e pensões, sem desconto de Imposto de Renda. É uma
campanha sórdida encabeçada por elementos do próprio governo,
indivíduos estes que na época do regime militar estiveram presos por
atos de terrorismo, onde dezenas de inocentes foram estupidamente
mortos. Sequestraram, assassinaram brutalmente, destruíram aeroporto,
guarita de quartel, assaltaram bancos; e ainda, assim, querem se
passar por pessoas inocentes: `pobres vítimas da ditadura militar`!
O coronel Ustra foi o escolhido como símbolo dessa vingança contra as
Forcas Armadas. Se não conseguem vê-lo preso, esperam arruiná-lo,
fazendo com que assuma as indenizações pagas aos traidores; assassinos
que atentaram contra a democracia e as FFAA brasileiras. E qual a
reação que se ver das nossas autoridades militares? Nada, senão uma
palavra fria de que a Anistia perdoou terroristas e torturadores. Em
outras palavras admitem que quem defendeu a democracia contra as
investidas dos comunistas, praticaram atrocidades, sendo, portanto,
torturadores. Vejo nessa atitude dúbia, nada menos do que omissão,
servilismo e bajulação; atitudes indignas de chefes militares,
próprias de quem abandona a tropa na frente de combate, fugindo para a
retaguarda. Essas falsas lideranças portam-se como querendo dizer:
"Não tenho nada a ver com a Ditadura Militar. Não sou desse tempo."
Nada mais falso. O que estes senhores fazem é demonstrar covardia.
Deixam patente que estão sofrendo da Síndrome de Estocolmo: apanham e
reverenciam os opressores. E enchem seus peitos de medalhas! Mas não o
fazem gratuitamente; da mesma maneira que os terroristas se fazem de
vítimas para se beneficiar de uma lei que valoriza os traidores da
pátria, os senhores chefes militares calam-se por conveniência. Que o
coronel Ustra se lixe, o negócio é garantirem na reserva uma boquinha,
quer seja uma colocação num organismo internacional, ou um pró-labore
em uma estatal, como o fez o ex-comandante militar do Exército,
General Albuquerque, o mais omisso de todos os chefes militares que
passaram pela Força. Os atuais comandantes militares trilham o mesmo
caminho.
Não se trata apenas de defender ou não um oficial das FFAA que
participou da luta contra os que tentaram transformar o pais numa Cuba
continental. Tem-se que levar em conta a moral da história. De ambos
os lados houve violências, torturas e mortes. Pergunto: por que apenas
uma das partes é acusada e cai sobre ela toda essa ira sem sentido?
Estaríamos bem se os comunistas tivessem logrado êxito em seu intento?
Ou estaríamos hoje fugindo do pais, como fazem os que vivem sob o
regime comunista de Cuba? Temos que ser isentos. Se vamos condenar uma
parte, que se anule a Lei da Anistia, embora este estatuto tenha sido
ungido da concordância de toda a nação, dos que queriam a anistia, ai
inclusa a própria OAB, que, hoje, sob nova direção, pensa o contrário.
Vamos suspender as indenizações e pensões milionárias, como avalia o
presidente do Supremo Tribunal Federal, no caso de se invalidar a Lei
da Anistia. Vamos levar a um tribunal independente os comunistas que
atentaram contra as instituições, cooptando jovens, levando-os a
entrar em uma luta fratricida, sem ao menos ter a noção do que estavam
fazendo. Vamos enquadrar num mesmo grau de julgamento os que
praticaram atos de terrorismo, explodindo aeroporto, guarita de
quartel, sequestrando embaixadores, assaltando bancos, justiçando
militares de nações amigas que cursavam no pais, assassinando
trabalhadores inocentes; e até seus próprios companheiros; e os
militares e civis que praticaram torturas e mortes em prisioneiros
postos sob sua guarda. Ficariam de fora do julgamento os que cometeram
crimes de morte no ato legitimo de defesa pessoal ou de seu grupo. Os
terroristas agiram em principio atentando contra a soberania nacional.
Os militares e policiais civis agiram na defesa das instituições
democráticas. Os que hoje estão na mira dos derrotados de 64 não foram
a luta por conta própria, mas obedecendo ordens e seguindo instruções
de seus superiores hierárquicos.
Tenho agido de forma dura ao citar os senhores ministros da Justiça,
Tarso Genro, e o da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da Republica, Paulo Vannuchi, e outras figuras menos
importantes. Estes senhores não se cansam de atacar as FFAA, usando o
pretexto de querer punir os militares a quem chamam de torturadores.
No bojo dessa beligerância, inauguram exposições, fazem palestras,
lançam CD-ROM para distribuir em escolas de primeiro e segundo graus,
planejam criar um Museu da Ditadura Militar, organizam uma campanha
pela TV, criam a Caravana da Anistia, lançam livro endeusando os
terroristas do Araguaia, inauguram estatua de um falso `Almirante
Negro`, -tudo com o propósito de desmoralizar as FFAA. E há
companheiros nas FFAA que acham que eu estou sendo injusto com o
ministro Tarso Genro. O que ele diz `não tem nexo algum com a
realidade. É apenas uma destilação pública de ódio gratuito.` E cita o
desempenho da Policia Federal como um exemplo de independência e
isenção por parte do ministro Tarso Genro. Só esquecem de explicar que
existem dirigentes petistas na cúpula da PF, mas quem atuam e exercem
o trabalho de investigação são delegados e policiais do mais ao
gabarito moral e profissional, que não se deixariam manipular, nem
transformarem a instituição numa KGB petista. O ministro Tarso Genro
não  opina no trabalho da PF porque teme a ação da corporação contra
os desmandos dos administradores da cúpula do governo. No dia que o
trabalho sigiloso que a PF faz sobre esta gente, no dia que o general
chefe da Segurança Institucional tornar público os gastos
extravagantes e imorais que rolam por trás dos cartões corporativos da
Presidência da República, - a república petista vai desabar, e não
haverá espaço nos aeroportos do pais para abrigar todos os ratos e
afiliados, em debandada do pais. Nesse dia quem vai rir será o coronel
Ustra!

Rio de Janeiro, 5 de agosto de 2009.

NOTA:
O Coronel Ustra escreveu o livro Rompendo o Silêncio, onde refuta as
acusações de torturas contra presos políticos; e A Verdade Sufocada em
que narra o que são, na sua opinião, as supostas estratégias usadas
pela esquerda para esconder crimes que teria cometido durante ações
armadas.

Desabafo do Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra

Por Baeta Neves

Lamentável que antigos chefes (e os atuais...) se omitam na
preservação da honra e defesa moral e física de seus subordinados,
quando simplesmente cumpriam com seu dever e missão, quando em risco
de sofrerem ameaças, calúnias e tentativas de julgamento e punição,
estribadas em suspeitas testemunhas revanchistas e recalcadas,
derrotadas nas refregas em que seus sórdidos e covardes atos foram
reprimidos severamente, como não poderia deixar de ser!
Hoje, à sombra do poder, seus algozes sentem-se superiores e com a
força da mídia, executivo, justiça e congresso, onde têm maioria,
tentam por todos os meios, denunciar, julgar e condenar aqueles
militares que simplesmente executaram ordens, impedindo que se
instalasse em nosso país a ultrapassada ditadura do proletariado,
marxista/leninista/gramcista, que outros países rejeitaram há muito
tempo (mesmo da ex-cortina de ferro)!!!...
Que nós, da reserva ou já reformados das FFAA e tantos amigos civis
que cultuam os mesmos ideais, possamos mostrar àqueles simpatizantes,
oportunistas, beneficiários ou pertencentes aos grupos em torno dos da
"comissão da meia-verdade" (se tanto), fazendo saber aos nossos bons
companheiros que estiveram à frente do combate sem tréguas àqueles
maus brasileiros, que não estão sós.
Já que os chefes maiores, antigos e atuais, se omitem ou se escondem,
eles terão nossa cobertura que necessitarem, testemunhando nos
tribunais que venham a ser instalados, pois tentam fazer letra morta
claramente da Lei da Anistia, cujo sentido foi isentar ambos os lados
de qualquer punição, ao se conceder a abertura democrática, na
preocupação exclusiva do perdão extenso e indiscriminado,
restabelecendo em nossa pátria a compreensão e os nobres sentimentos
fraternos do nosso povo.

Depois da liberdade desaparecer...

“Depois da liberdade desaparecer, resta um país, mas já não há pátria.”
François René de Chateaubriand.

Por Osmar José de Barros Ribeiro

Há, nas linhas que se seguem, tristeza, dor e revolta. Tristeza, por
ver onde nos trouxe a filosofia leninista adotada, sem qualquer
escrúpulo, pelos atuais “donos do poder”. Dor, por ver como o
brasileiro se deixa embair por histórias da Carochinha, tipo “nunca
antes nesse País”, empurradas goela abaixo como iguarias raras.
Revolta - e vergonha – por ver a que ponto de sabujice foram levadas
as Instituições brasileiras.
O estopim que deflagrou a tristeza, a dor, a revolta e a vergonha foi
a longamente cantada, em prosa e verso, Comissão da Verdade (do PC do
B). Melhor seria que lhe fosse dado o nome de Comissão da Mentira,
Comissão da Perseguição aos Vencedores, ou outra denominação qualquer,
deixando bem claro, numa paráfrase de Prestes em 1961, que hoje a
esquerda está no governo e no poder. Caminhamos, esta a verdade, pelo
mesmo penoso e triste caminho trilhado pelas Forças Armadas da
Argentina. Ontem, orgulhosas. Hoje, mal pagas, mal armadas, aviltadas
em seus valores, vêem velhos chefes arrastados às barras dos tribunais
pelo crime de terem impedido, a ferro, fogo e sangue, o domínio que as
violentas facções marxistas desejavam, a ferro, fogo e sangue, impor à
nação argentina.
A esquerda, formada por comunistas, socialistas, social-democratas,
etc., conseguiu, sob a égide de um auto-exilado, dar o primeiro e
decisivo passo na busca de vingança: criou o Ministério da Defesa,
retirando os chefes militares dos centros decisórios e, a partir daí,
passo a passo, passou a ditar a política das Forças Armadas; a buscar
a criação, interna corporis, de cisões impensáveis no passado, qual a
afirmação de que as novas Forças nada tem a ver com as antigas.
Paralelamente, contando com a proverbial falta de memória do
brasileiro comum, tudo fizeram e fazem para reescrever a história dos
governos militares, tachando aquele período de “anos de chumbo”
quando, os mais velhos lembram ainda, foram anos de ouro para o
Brasil. Na impossibilidade física de levar um General ao banco dos
réus, à exemplo do que ocorre na Argentina, urgia encontrar um bode
expiatório. Foram achá-lo na pessoa do hoje Coronel Reformado Carlos
Alberto Brilhante Ustra, então um simples Major inserido na cadeia de
comando do então II Exército e que recebeu, à época, a missão de
comandar o Destacamento de Operações de Informações (atualmente
Inteligência). E, no seu cumprimento, juntamente com seus comandados,
teve tanto êxito que, desde o governo Sarney, quando Adido Militar no
Uruguai, tornou-se o alvo predileto da esquerda raivosa, substituindo
a vítima anterior, o delegado Fleury do DOPS/SP, já falecido.
Enganam-se os que pensam ser o Cel Ustra o único que será levado ao
banco dos réus. Comandantes de outros DOIs e seus comandados, que
tiveram êxitos semelhantes em suas áreas de atuação e componentes de
outros órgãos que agiram nessa luta, também serão chamados a depor. O
processo já está esquematizado: os beleguins da “Comissão da Verdade
do B”, identificarão os pretensos autores dos crimes - quem matou
quem, quem torturou quem, etc. E aí, conforme asseverou a ministra
Maria do Rosário em outras palavras, na entrevista concedida à TV
Brasil no dia 30 de outubro, contam que uns poucos, em troca da
chamada delação premiada, digam cobras e lagartos dos seus antigos
comandantes e mesmo de companheiros, dando ares de verdade às mais
descabidas acusações.
Após, terão início os processos na área cível, movidos pelos
familiares ou pelas pretensas vítimas (que já foram indenizadas pelo
Estado), para pedir indenização aos agentes que venham a ser
identificados. Nesse sentido, o STF já abriu as comportas com resposta
a pedido do advogado do Cel Ustra: a Anistia não isenta, na área
cível, a reparação monetária de pretensos crimes que, após 40 anos, há
muito estão prescritos. A que ressaltar não proceder tal pedido de
indenização, eis que tais pessoas eram tão somente agentes do Estado
designados para a função de combate ao terrorismo, apoiados por uma
Diretriz Presidencial voltada para o combate à subversão comunista. De
mais a mais, já regiamente concedido pelo Estado, um pedido de
indenização não cabe ser estendido ao agente, mero executor das leis
vigentes na ocasião.
Que ninguém se iluda! Como a maioria da população desconhece a
Comissão da Verdade, haverá necessidade de torná-la conhecida através
intensa campanha midiática em cujo bojo, além da demonização dos
vencedores de ontem, transformados maquiavelicamente nos derrotados de
hoje, será preconizada a derrogação da Lei da Anistia. Conhecendo o
estofo moral dos nossos legisladores, esta não será a etapa mais
difícil do processo que vem sendo conduzido por um governo de vezo
totalitário, corrupto e revanchista. E assim, restará reescrita a
História do Brasil segundo a ideologia marxista.
Antes que o desastre se consuma, antes de ser imposto ao povo
brasileiro o regime do partido único, há que haver uma resposta que
impeça tal descalabro. Que os possuidores de voz, que os estudiosos
das leis, que as próprias Instituições iniciem, sem tardança, uma
campanha na qual os familiares das vítimas dos terroristas exijam que
seja revelada a identidade dos criminosos – alguns já confessaram, em
livros e entrevistas – e, ao depois, entrem com processos cíveis em
busca de indenização. Que os sábios e os doutos nos digam se não cabe,
inclusive, uma ação popular , ou uma ação nos moldes da movida pelo
Clube Militar no caso Lamarca. Haverá quem diga: Ah, mas eles foram
anistiados! Os militares, também. Os crimes estão prescritos! Os dos
militares, também. Mas a tortura é crime inafiançável! O terrorismo,
também.
A esquerda sonha em cassar nossa liberdade, mas conforme afirmou
Chateaubriand, “Depois da liberdade desaparecer, resta um país, mas já
não há pátria.” Lutemos pois, pela Verdade, pela Democracia e pela
Pátria.
05/11/2011

Ninguém fica pra trás!

A Comissão (da Verdade) será, de fato, um tribunal de inquisição, que
promoverá o linchamento moral apenas dos que combateram a luta armada,
tenham ou não violado direitos humanos.

Por General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva

Seja escravo de sua consciência, juíza perene de sua vida, e não de
cargos e posições, meros passageiros.
Em dezembro de 2009, o governo lançou o Programa Nacional de Direitos
Humanos-3 (PNDH3) em pomposa solenidade, cujo brilho foi ofuscado pela
repercussão negativa em amplos setores da sociedade. Só o Ministério
da Defesa e as Forças Armadas (FA) tomaram, inicialmente, uma posição
mais firme em relação ao Programa. Tempos depois, a imprensa, a
Igreja, o agronegócio, juristas de renome e outros segmentos
manifestaram, também, repúdio a diversas medidas nele preconizadas. O
PNDH3 é uma estratégia de ampliação do poder do Executivo, que
compromete o equilíbrio entre os Poderes da União, alicerce do regime
democrático.
Além disso, o Programa sinaliza a guinada para a linha socialista
radical, propósito não declarado, mas perseguido por uma ala com forte
presença no Executivo. Hoje, discreta e veladamente, muitas propostas
do PNDH3 são aos poucos implementadas, sendo a limitação à liberdade
de imprensa a de mais difícil imposição, em face do poder da mídia.
Os pontos do Programa que, naquela oportunidade, mobilizaram o
Ministro da Defesa e os Comandantes Militares foram os relativos à
revisão da Lei de Anistia e à Comissão da Verdade (CV), que iria
apurar as violações aos direitos humanos cometidas por agentes do
Estado, deixando de lado as perpetradas pelos componentes da luta
armada. O governo concordou em ampliar as investigações, incluindo as
violações cometidas, também, por ex-guerrilheiros. Quanto à Lei de
Anistia, o STF confirmou a validade nos termos em que foi promulgada,
ou seja, abrangendo os dois lados. O Projeto de Lei que cria a CV deu
entrada no Congresso Nacional em 2010, mas não foi então apreciado,
pois tratava de assunto delicado para entrar em pauta num ano
eleitoral.
Com a ascensão do novo governo, o contexto se modificou. A disposição
de investigar apenas os abusos praticados por agentes do Estado é
declarada publicamente por autoridades do Executivo e aliados. Com
base num quadro maniqueísta, fundamentado em versões unilaterais dos
fatos ocorridos, haverá intensa campanha para a revisão da Lei de
Anistia, ainda uma das metas da esquerda radical-revanchista.
O argumento de que os guerrilheiros, sequestradores e terroristas de
outrora ficaram conhecidos e pagaram por seus crimes e que agora seria
a vez dos torturadores serem apresentados para uma condenação moral
não se sustenta. Nem todos os primeiros são conhecidos, nem todos
pagaram por seus crimes e muitos foram libertados em troca da vida de
pessoas sequestradas. A Nação não viu a face de todos que planejavam
ou executavam assaltos, sequestros e atentados, não conhece os que
atuavam na logística das operações, tão responsáveis como os
executantes, nem os componentes dos tribunais de justiçamento e
execução de guerrilheiros que abandonavam a luta armada.
O povo tem sim o direito de conhecer sua história, portanto merece
saber que crimes foram planejados e cometidos por ex-guerrilheiros e
ex-guerrilheiras hoje em posições importantes. A Presidente da
República teria participado direta ou indiretamente (portanto seria
co-responsável) de alguma ação com vítimas? Serão essas autoridades
ouvidas pela CV? As vítimas conhecerão os responsáveis por suas
sequelas? Outros tantos componentes da luta armada, hoje desconhecidos
da Nação, serão apresentados, a exemplo do que será feito com relação
aos que os combateram? Os locais onde foram cometidos atentados
terroristas, execuções e assaltos e os cativeiros dos sequetrados
serão também identificados e sinalizados, para ficarem como marcos
históricos das ações dos que pretendiam transformar o Brasil numa
ditadura totalitária como as da URSS, Cuba e China?
A CV não poderá deixar sem respostas esses questionamentos, atendo-se
a uma investigação unilateral e facciosa das violações ocorridas, sob
pena de se desmoralizar e perder totalmente a credibilidade, já
discutível pela forma como será composta. Os membros da Comissão vão
ser escolhidos pela Presidente da República e a esquerda revanchista
quer impedir a participação de quem possa ter tido ligação com os
governos militares. Incoerência explícita, pois quem designará os
componentes da CV é uma ex-guerrilheira que, quando Chefe da Casa
Civil, avalizou a versão original do infausto PNDH3 para a aprovação
do então Presidente Lula. Verdade requer imparcialidade.
A História do Brasil, dos conflitos, revoltas e períodos como o da
ditadura Vargas, nunca precisou de uma CV para ser conhecida, bastando
o trabalho de historiadores e pesquisadores. Além disso, não há
nenhuma cisão na sociedade remanescente do regime militar ou as FA não
estariam entre as Instituições de maior credibilidade no País.
Portanto, a necessidade de reconciliação nacional como alegam os
defensores da CV é uma falácia.
A mencionada reação do então Ministro da Defesa e dos Comandantes
Militares em 2009 está neutralizada no tocante à CV. A Comissão será,
de fato, um tribunal de inquisição, que promoverá o linchamento moral
apenas dos que combateram a luta armada, tenham ou não violado
direitos humanos. Muitos defenderam o Estado por missão e idealismo,
atributo não exclusivo da esquerda como alguns hipócritas propagam.
Chefes militares cultuam hierarquia, disciplina e justiça. São francos
com os superiores e cumprem, respeitando a lei e sem alarde, a
obrigação moral e funcional de assumir riscos pessoais para defender
os subordinados de injustiças. Seria inconcebível abandonar irmãos de
armas ante a injustiça que irão sofrer, caso a CV tome o rumo faccioso
que prenunciam a sua composição e o foco das investigações. Caberia a
quem estivesse no lugar deles a missão que cumpriram nos anos 70 e, se
alguns infringiram a lei foram anistiados assim como os assassinos,
sequestradores e terroristas, que não contestavam a anistia antes de
chegarem ao poder.
A tradição militar reza: ninguém fica pra trás!
(02/10/2011.

Por que o coronel Ustra é odiado pela esquerda?

“Assim, falar, hoje, em Lei da Anistia é discorrer sobre o que não
existe mais. Para enterrá-la de vez, falta apenas colocar Ustra na
cadeia. Os terroristas derrotados de ontem não irão sossegar até ver o
coronel preso ou morto. Daí o esforço de Tarso e Vannuchi, que
quiseram impor ao povo brasileiro, goela abaixo, o famigerado PNDH-3.”

Por Félix Maier

A campanha sistemática de difamação que sofre o coronel Carlos Alberto
Brilhante Ustra desde o show midiático de mentiras promovido pela
antiga deputada petista Beth Mendes, em 1985, remete a algumas
perguntas:
- Por que o coronel Ustra é tão odiado pelos terroristas e
"militantes" de esquerda?
- Por que o coronel Ustra é submetido à tortura pública, quase que
diariamente, junto com sua família, em artigos revanchistas,
publicados em revistas e jornais, tendo que se defender em vários
processos, que o qualificam de "torturador" no período em que comandou
o DOI/CODI/II Exército, em São Paulo, de 29/09/1970 a 23/01/1974?
- Por que os terroristas das Brigadas Vermelhas, da Itália, e os
terroristas do Baader-Meinhof, da Alemanha, foram para a cadeia,
enquanto que os terroristas brasileiros recebem altas indenizações em
dinheiro, algumas milionárias?
- Por que a antiga dupla terrorista Tarso "Béria" Genro e Paulo
"Torquemada" Vannuchi se empenhou tanto em modificar a Lei da Anistia,
de modo que apenas os militares e policias das Forças de Segurança,
tachados de "torturadores", sejam presos, ao mesmo tempo em que os
assassinos "terroristas" de esquerda sejam poupados, como quer o
famigerado PNDH-3?
O DOI/CODI do antigo II Exército (atual Comando Militar do Sudeste)
foi criado em 1970, em substituição à antiga Oban (Operação
Bandeirantes). Na cidade de São Paulo reuniam-se as organizações
terroristas chamadas de "Grupos de Fogo", que executavam ações armadas
violentas, matando inocentes, assaltando quartéis em busca de armas e
roubando bancos, carros-fortes, supermercados e casas d& 39;armas. Apesar
dos esforços do então chefe da Oban, Major Waldir Coelho, e do chefe
do DOPS paulista, delegado Sérgio Paranhos Fleury, as ações
terroristas eram crescentes. Ao final do comando de Ustra no DOI/CODI,
os grupos terroristas tinham sido desbaratados e muitos de seus
integrantes foram eliminados fisicamente. Estes fatos explicam o ódio
que os terroristas nutrem por Ustra até hoje.
Mentirosamente, Tarso, Vannuchi e outros terroristas propalam o mito
de que lutavam pelo retorno da democracia no Brasil, quando está
provado que queriam impor uma ditadura comunista, nos moldes de Cuba,
desde 1961, durante o governo João Goulart. Se esses terroristas
tivessem conseguido o intento, hoje estaríamos sendo governados por um
Fidel ou um Chávez, ou então, na melhor hipótese, estaríamos lutando
contra as FARB do "guerrilheiro" José Genoino nas selvas de Xambioá,
assim como a Colômbia - que não teve seu AI-5 - luta até hoje contra
as FARC.
Aliás, falar em Lei da Anistia, hoje, é falar sobre um fantasma, pois
aquela lei de reconciliação nacional, discutida amplamente por toda a
sociedade, apoiada, então, pela mesma OAB que hoje a rejeita, é uma
lei que não existe mais.
A lei da Anistia original, contra a qual foram personalidades como
Ulysses Guimarães - que não queriam a anistia de concorrentes à
presidência da República, como Leonel Brizola e Miguel Arraes -, não
anistiava os crimes de sangue, nem previa indenizações pecuniárias a
assassinos ou "perseguidos políticos". No entanto, durante o governo
de FHCannabis, aquele que hoje prega a descriminalização da maconha, a
Lei da Anistia começou a ser retalhada.
Primeiro, FHCannabis assinou a Lei nº 9.140/95, a Lei dos
Desaparecidos Políticos, que previa indenização a familiares de
desaparecidos que teriam sido mortos em "dependências policiais ou
assemelhadas". Foi criada uma Comissão, formada por 7 membros, a
maioria de esquerda, para analisar a questão. O conceito de
"dependência policial" para esses esquerdosos foi se tornando cada vez
mais elástico, de modo que o sertão da Bahia, onde morreu Carlos
Lamarca, e um Fusca na Alameda Casa Branca, em São Paulo, onde morreu
Carlos Marighela, ambos em confronto com a polícia, passaram a ser
considerados "cadeias públicas". Suicidas e até kamaradas mortos por
outros kamaradas ("justiçamentos") passaram também a ser incluídos na
lista que nunca mais parou de crescer.
Posteriormente, FHCannabis enviou ao Legislativo a MP nº 2.151, de
24/03/2001, para reparação financeira aos chamados "perseguidos
políticos" - depois dos "desaparecidos", era vez de lembrar dos
"aparecidos". Reeditada várias vezes, a MP foi transformada na Lei nº
10.559, em 13/11/2002, às vésperas de Lula assumir o poder. Para
conceder belas piñatas à companheirada, foi instalada no Ministério da
Justiça a Comissão de Anistia e Paz. Nomes como José Genoíno, Dilma
Rousseff, José Dirceu, Diógenes do PT e até o próprio Lula
participaram da farra do dinheiro público (Cfr.  Acesse.). Ziraldo,
Jaguar e Carlos Heitor Cony receberam indenizações superiores, cada
um, a R$ 1 milhão, além de uma pensão mensal que, em alguns casos,
como Cony, equivale ao salário de um ministro do STF. Um detalhe: como
os cancerosos e os aidéticos, esses privilegiados não pagam imposto de
renda (conforme Decreto nº 4.897/2003). A Comissão prevê que 40.000
pessoas entrarão com pedido de indenização. Alguns Estados também
criaram suas próprias Comissões, de modo a ampliar ainda mais essa
nefasta ação entre amigos.
Face a esse assalto escandaloso aos cofres públicos, já em torno de R$
4 bilhões, Millôr Fernandes questionou: "... então eles não estavam
fazendo uma rebelião, mas um investimento?"...
Durante os dois períodos do governo fascista de Lula, em que todos os
organismos nacionais foram cooptados em torno do Duce de Garanhuns, o
coronel Ustra passou a ser o judas de 6ª Feira Santa preferido da
mídia, também cooptada, para ser espancado publicamente (Cfr.
Acesse.). Os torturadores que alegremente se tornaram os algozes de
Ustra foram os antigos terroristas Tarso Genro e Paulo Vannuchi - além
de terroristas e familiares de terroristas que entraram com processos
na Justiça, para prender o coronel e surrupiar dele e do Estado gorda
indenização pecuniária.
Assim, falar, hoje, em Lei da Anistia é discorrer sobre o que não
existe mais. Para enterrá-la de vez, falta apenas colocar Ustra na
cadeia. Os terroristas derrotados de ontem não irão sossegar até ver o
coronel preso ou morto. Daí o esforço de Tarso e Vannuchi, que
quiseram impor ao povo brasileiro, goela abaixo, o famigerado PNDH-3.
As investidas contra Ustra e demais heróis nacionais, que derrotaram
os filhos do demo, foram muitas:
- Três processos na Justiça contra Ustra, o primeiro deles às vésperas
do lançamento do livro “A Verdade Sufocada - A história que a esquerda
não quer que o Brasil conheça”, do próprio Ustra; o livro, sucesso de
vendas, já em 5ª edição, apesar do boicote das livrarias e da mídia,
chegou a estar entre os 3 mais vendidos, segundo noticiou o Jornal do
Brasil; porém, nem a Veja, revista de tendência liberal, tomou
conhecimento do fato; como se sabe, a revista Óia dos Civita tem um
ranço natural contra os militares;
- Projeto “Direito à Memória e à Verdade”: livro elaborado por
Vannuchi, que serve apenas para enaltecer terroristas e perseguir os
militares; na ocasião de seu lançamento, Nelson Jobim ameaçou os
militares: "Se alguém reagir, vai ter resposta!" (Cfr.  Acesse.);
- Memórias Reveladas - Arquivo Nacional: site petista  Acesse.), só
tem links com entidades de esquerda, como Tortura Nunca Mais, Fundação
Perseu Abramo, CUT, menosprezando sites importantes, como Ternuma e A
Verdade Sufocada, onde existem importantes acervos históricos.
De inspiração stalinista, o PNDH-3 tem por objetivo atentar contra as
instituições nacionais, a saber:
- contra as Forças Armadas, ao propor a modificação da Lei da Anistia,
de modo a punir apenas os que combateram o comunismo no passado,
deixando de fora os terroristas, muitos deles hoje no poder, como
Franklin Martins, Dilma Rousseff, Tarso Genro (recém-licenciado),
Paulo Vannuchi, Carlos Minc etc.; o Plano quer subverter a hierarquia
da Segurança Pública, de modo que as Polícias Militares e os Corpos de
Bombeiros não sejam mais Forças Auxiliares das Forças Armadas, mas
subordinadas à Guarda Nacional Petista que atende pelo nome de Força
Nacional de Segurança Pública;
- contra a família e a Igreja, ao propor o casamento entre
homossexuais, além da retirada de objetos religiosos, como crucifixos,
de locais públicos;
- contra o elementar direito à vida, previsto na Constituição Federal,
ao propor o aborto livre;
- contra a liberdade de expressão, ao propor censura prévia nos meios
de comunicação;
- contra a propriedade privada, ao propor que os produtores rurais não
possam recorrer imediatamente ao judiciário, contra os bandoleiros do
MST, para reintegração de posse de suas terras e benfeitorias.
Atualmente, a OAB apoia a vil tentativa de enterrar a Lei da Anistia,
para criminalizar apenas os antigos agentes de Segurança, como Ustra,
ao mesmo tempo em que afaga as barbichas dos assassinos terroristas.
Por essa patifaria, a OAB deveria mudar sua denominação para
Organização de Apoio aos Bandidos.
A "Comissão da Verdade", incrustada no PNDH-3, foi chamada de
"Comissão da Calúnia" pelo general Maynard Marques de Santa Rosa, que
afirmou, ainda, que "confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo
que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa". Por dizer apenas a
verdade num governo de mentiras, Santa Rosa foi exonerado da chefia do
Departamento-Geral do Pessoal, em novo ato de revanchismo de Nelson
Jobim, ministro da Defesa, já que o antigo fraudador da Constituição
(Cfr. em  Acesse.) tinha uma rixa antiga com o militar, quando Santa
Rosa era Secretário da SPEAI, do Ministério da Defesa, e foi afastado
na época por não concordar que o Exército se prestasse à função de
capitão do mato no caso da expulsão dos não-índios de Serra Raposa do
Sol, em Roraima. Aliás, o próprio Jobim ameaçou entregar seu cargo,
junto com os comandantes das três Forças Armadas, por não concordar
com o PNDH-3 no que concerne aos militares, criticando, em princípio,
o mesmo que Santa Rosa. Teria sido, essa ameaça, apenas uma encenação
pública?
Mal comparando, Ustra é o bode expiatório do governo dos militares,
assim como José Roberto Arruda, governador do DF, atualmente preso na
Polícia Federal, é o bode expiatório das falcatruas dos políticos,
para que todos esqueçam o mensalão petista, a propina dos R$ 10
milhões concedidos pelo PT ao partido de José Alencar, para concorrer
como vice de Lula (fato confirmado por Ricardo Kotscho em seu livro
“Do golpe ao Planalto”), e a montanha de dinheiro dos "aloprados"
petistas para venda de falso dossiê sobre José Serra e Geraldo
Alckmin.
Tivessem Ustra e demais integrantes dos órgãos de Segurança adotado as
ações revolucionárias de Fidel e Che, que executaram milhares de
pessoas no paredón e nas masmorras cubanas, não haveria esse
revanchismo atual, já que esses terroristas há muito tempo estariam
prestando continência ao demônio. Nesse sentido, não há como não
concordar com o deputado Jair Bolsonaro, que lamenta que a "limpeza"
não tenha sido mais ampla. Não tenho nenhuma dúvida de que se os
tarsos, vannuchis, dirceus e dilmas tivessem vencido os militares,
Ustra e demais agentes de Segurança não estariam hoje entre os vivos,
nem eu para escrever sobre o assunto.
Uma coisa é certa, coronel Ustra, e nos remete à resposta definitiva
face à pergunta formulada no título: se a esquerda o odeia tanto, é
porque o senhor fez um trabalho fundamental à frente do DOI/CODI,
acabando com o terrorismo em São Paulo. O ódio que os terroristas
nutrem pelo senhor é a prova definitiva de que o senhor fez um
trabalho correto e muito bem feito.
Lembre-se sempre de uma coisa, coronel Ustra: ‘NINGUÉM PODE SER MAIS
ELOGIADO DO QUE MERECER O ÓDIO DA ESQUERDA!’
(Fonte: Mídia Sem Máscara,10 Março 2010).

A Vingança dos derrotados – 1964

Por Dom Lourenço Fleichman *

Este é o ano que divide as águas brasileiras. Não apenas as do
Amazonas e Rio Negro, mas as almas de todos nós. O certo e o errado, a
verdade e a mentira. Depois de termos vivido os tempos de paz e
prosperidade que o movimento democrático militar nos proporcionou,
assistimos, todos os dias, impotentes, a mentira ser jogada,
empurrada, cuspida contra o povo que eles dizem adorar.

"Ontem à tarde à porta da estalagem
falava o homem das cidades.
Falava comigo também.
Falava da justiça e da luta para haver justiça
e dos operários que sofrem
e dos pobres que têm fome
e dos ricos que só têm costas para isto.
E olhando para mim, viu-me lágrimas aos olhos
e sorria com agrado julgando
que eu sentia o ódio que ele sentia
e a compaixão que ele dizia que sentia."
(Fernando Pessoa)

Velhos e moços, crianças na sétima série, todos são massacrados com a
idéia de que nossos soldados foram uns brutamontes cruéis e
carniceiros, babando sangue, atacando coitadinhos inocentes só porque
não pensavam como eles.
Eis a razão deste engodo: A VINGANÇA DOS DERROTADOS.
Em que consiste esta vingança, e em que consiste esta derrota? Eu não
teria meios para descrever com toda a precisão histórica aquilo que eu
sei e que muitos ainda sabem e são obrigados a guardar no coração, no
silêncio, na perplexidade. Tirando um artigo ou outro, que logo é
esquecido, tirando alguns poucos livros editados pela Bibliex e que só
são lidos por militares, ainda não tínhamos visto um trabalho de peso
que nos contasse a Verdade com tantas provas e documentos, diante dos
quais até os maiores inimigos do nosso Exército se calam. E boicotam o
livro, é claro.
Coube ao Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra realizar um trabalho magistral.
A VERDADE SUFOCADA – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça.
São 540 páginas de um texto leve, bem escrito, ponderado e sobretudo
preciso e verdadeiro. Um livro escrito com amor. Descobre-se ali a
alma boa deste homem que hoje é acusado em juízo porque o rancor e o
ressentimento dos inimigos do Brasil não suportavam ver nossos
soldados não serem perseguidos e vingados. Só as indenizações
milionárias para terroristas e assassinos não era suficiente.
Escolheram a ele, mas escolheram mal. Não podiam imaginar que a
verdade seria contada, que as mentiras dos guerrilheiros e terroristas
que disseminaram o ódio e o sangue seriam reveladas com tanta
documentação, com a tranquila paz daqueles que combatem por Deus e
pela Verdade.
Quantas e quantas vezes ouvi de pessoas sérias que minha posição em
favor dos militares precisava ser revista, que as torturas e mortes
eram comprovadas.... e eu não tinha documentos para provar nada. Agora
tenho, pois está tudo ali. Agora podemos voltar a dizer bem alto: o
movimento militar de 1964 foi uma exigência do povo brasileiro, um
chamado do Congresso Nacional que exigiu dos militares que salvassem o
Brasil. As medidas de exceção só existiram porque os militares foram
sendo acuados por uma guerrilha cubana, alimentada por Moscou,
anterior a 1964, e que afirmava, em palavras e em ações terroristas,
seus desígnios: implantar no Brasil a luta armada, a ditadura do
proletariado, essa mesma que está por aí na sarjeta da história
exalando ainda um resto do fedor do seu apodrecimento e de sua
derrota.
O Cel. Ustra mostra muito bem que nunca houve uma ditadura militar no
Brasil. Houve, sim, uma Contra-Revolução derrubando a ditadura
comunista, assassina, totalitária e vergonhosa. E repito: as medidas
de exceção só existiram para os guerrilheiros e seus fomentadores; no
meio desta guerra, o povo vivia feliz e livre, e esta foi a maior
vitória dos nossos militares.
E como este livro é um “cala-boca” magistral, só podia ser boicotado.
Pelo seu teor, faria a festa de qualquer grande editora. Mas elas
fazem parte da gangue, e não quiseram editá-lo. Pela farta
documentação e precisão histórica, este livro merece largamente os
Prêmios das Academias, mas hoje só se premia os autores politicamente
corretos, ou seja, de esquerda. Sabem quantas livrarias o vendem, em
todo o Brasil? Quatro! Porque? Se a esquerda fosse tão confiante em si
mesma, não se importaria e teria argumentos para combatê-lo. Mas não
tem, e boicota.
Por isso, abrimos as portas da nossa Permanência, porque somos
brasileiros, patriotas, e queremos ver nossos jovens conhecendo a
verdade e não a mentira.
(*) Dom Lourenço Fleichman - Ordem de São Bento (OSB), 12 de janeiro 2007.
www.permanencia.org.br/

Exacerba-se a vindita

Por General Torres de Melo

Os vencedores da revolução anticomunista de 1964 concederam aos
derrotados uma generosa anistia – ampla, geral e irrestrita. Em outros
países, na grande maioria dos casos, os vencedores de revoluções, como
em CUBA, tão reverenciada pela esquerda brasileira, e na URSS e na
CHINA, ao invés do perdão, concediam aos derrotados a honraria de um
pelotão de fuzilamento.
Os vencedores de 64 tiveram que defender alguns vencidos das ambições
desmedidas de outros derrotados. O Presidente Figueiredo teve que ser
duro com o deputado Ulisses Guimarães, com medo de perder liderança
com o regresso de outros do exterior, como Leonel Brizola e Miguel
Arraes.
Pela vontade do deputado, tão louvado, hoje, apesar do caráter
duvidoso, os que estavam no exterior não deveriam se candidatar a
cargo eletivo. Mas Figueiredo bateu o pé e afirmou: ‘lugar de
brasileiro é no Brasil’. Bonito, mas deu no que deu! De nada valeu a
grandeza do gesto.
Passados alguns anos, os perdoados pagaram com um tapa na cara àqueles
que lhes estenderam a mão trazendo-os de volta ao seu chão natal.
Sedentos de ódio, vingança e ambição, após conquistarem o poder,
partiram para uma revanche sem pudor. Começaram a chover acusações
levianas e mentirosas de prisões de inocentes, maus tratos a presos e
assassinatos cometidos somente pelo lado do regime denominado por eles
de “ditadura militar”. O atual senador ROMEU TUMA, íntimo do PODER
MILITAR, foi testemunha ocular do que se passava, no que eles alcunham
de “porões da ditadura”. Poderia dizer se presenciou a prática de
tortura a que se referem e, se por acaso, dela participou. Não cremos
que ficará calado para aparecer como bom moço.
Os inocentes “anjinhos” subversivos da época não cometeram nenhum
crime, queriam apenas salvar a “democracia brasileira”... Que
democracia queriam? Diz JACOB GORENDER - comunista - (pg. 248 do livro
– Combate nas Trevas) o seguinte: “A esquerda brasileira de inspiração
marxista pegou duas vezes em armas. Em 1935 e 1968-1974”. Na pg. 235
do mesmo livro afirma: “Organizações de esquerda praticaram atos aqui
expostos sem subterfúgios: atentados a bombas e armas de fogo,
assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas e de aviões, matanças de
vigilantes, policiais e elementos das Forças Armadas, justiçamento de
inimigos, guerrilha urbana e rural”. Puro terrorismo. Vão também
condenar os terroristas? Estão anistiados? Será que alguém foi plantar
rosas em CHAMBIOÁ? Pegaram o Cel USTRA como vítima e cada dia mais
silentes ficam os chefes. É certo? Chefe defende o subordinado quando
ele é acusado sem provas.
Agora, passados mais de 40 anos, acaba de ser considerado torturador,
por um Juiz (também revanchista?), o coronel Carlos Alberto Brilhante
Ustra, acusado levianamente de praticar tortura. Ele estava
simplesmente cumprindo ordens superiores, inquirindo subversivos
comunistas, num órgão legitimamente criado para se opor às forças do
mal que estavam, naquela época, firmemente dispostas a transformar a
nossa Pátria num satélite do comunismo internacional, ideologia
contrária à índole do povo brasileiro.
Mas não se podendo comprovar ter sido torturador.
As Forças Armadas foram ultrajadas e ofendidas pela sentença do Juiz
Gustavo Santini Teodoro (também um revanchista?), da 23ª Vara Cível de
São Paulo, pois os militares dessas Forças foram formados e
orientados, desde os primeiros bancos escolares militares a cumprir
ordens dos seus superiores, condição basilar da doutrina militar em
qualquer parte do mundo. Caso não haja uma reação imediata e enérgica
dos comandantes militares em defesa da honra do Cel. Ustra. as Forças
Armadas Brasileiras estarão, irremediavelmente, caminhando para a sua
desmoralização.
Será que a parcialidade do comunista ministro da justiça Tasso Genro,
demonstrando alegria nas TV, será engolida sem uma reação? Ele deveria
se dedicar mais a prender os ladrões do seu governo corrupto e com
quem convive. O GRUPO GUARARAPES não aceita, sem contestar, que um
indivíduo desse venha, amanhã, a receber alguma medalha militar. .
O Cel Ustra não está só. Os que honram a farda devem estar ao seu
lado, seja na ativa ou na reserva. Ele tem a cabeça erguida, pois o
cumprimento do dever é a mais nobre missão do soldado. Ustra é um
militar digno.
Muitos baixam a vista – não podem olhar nos seus olhos.
(Fonte: Grupo Guararapes).

Condenação moral

Por Hélder Cordeiro
Jornalista

O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra sofreu condenação
moral, responsabilizado, em declaração da Justiça de São Paulo, na
última semana, por prática de tortura, quando comandante do DOI-Codi
de São Paulo, contra três pessoas, durante o período dos governos
militares, chamado de ditadura pelos civis anistiados, que também
participaram da luta armada. Se o coronel Ustra cometeu crime, com
mais gravidade cometeram os terroristas contra pessoas inocentes. A
história registra muitos e muitos crimes, não contra militares,
adversários das ambiciosas idéias revolucionárias dos apaixonados pelo
comunismo ou socialismo, que sonhavam implantar, no Brasil, regime
semelhante a “democracia” de Fidel Castro, em Cuba, ou da URSS e de
outras “células” pelo mundo afora, a exemplo da que existia na
Albânia.
As Forças Armadas reagiram e houve confrontos com baixas (mortes) dos
dois lados. Era uma guerra e alguém teria que vencer e os contrários
presos.
Para se ficar só no Continente Americano, em Cuba venceu Fidel Castro
e implantou sua ditadura, dizimando (assassinando) todos os
adversários, quase 20 mil. Ninguém foi anistiado nem depois de 50 anos
desta ditadura.
Somos testemunhas do que aconteceu, recentemente, com os atletas
cubanos que foram entregues pelo governo brasileiro. Onde estão estes
jovens. Em hotel não estão?
No Brasil, os governos militares aceitaram, sem terrorismo, protestos
públicos de lideranças políticas, religiosas, sindicalistas e
iniciaram um período de transição à democracia que vivemos hoje, boa
ou ruim, temos ministros e até presidente da República mamando
privilegiadas aposentadorias vitalícias nos cofres públicos, porque
participaram, como terroristas ou idealistas no após 64. Dizem que o
montante destas aposentadorias já supera quadro bilhões de reais/ano,
valor superior ao que, este mesmo governo, de hoje, com seus aliados
governadores sugam dos trabalhadores aposentados, através de uma
segunda imoral e inconstitucional taxação previdenciária. Ainda
insatisfeitos fomentaram os “democratas” sucessores dos militares, a
corrupção; criaram um “fator previdenciário”, reduzindo em mais de 50%
os valores das aposentadorias do INSS e ainda as desvincularam da
equivalência com o salário mínimo. Hoje, o governo federal, aliado dos
“300 picaretas” do Congresso Nacional, luta para derrubar projeto do
senador petista, Paulo Paim, que acaba com este esdrúxulo “fator” e
restabelece os valores das aposentadorias.
Os mercenários que trocaram ideais por gordas aposentadorias
vitalícias deveriam ser também levados à Justiça de São Paulo e
responsabilizados, moralmente, como terroristas pelos crimes que
cometeram contra inocentes.
Infelizmente, os militares brasileiros continuam disciplinados e obedientes.

A tortura pública do coronel Brilhante Ustra

Por Capitão Félix Maier

Infelizmente, o Exército deu as costas ao oficial que um dia combateu
a Peste Vermelha, evitando que o Brasil se transformasse numa Cuba
continental. Não temos mais Exército Brasileiro, mas um bando
comandando por generais babacas, subservientes, cretinos, que só se
interessam em defender suas mesquinhas mordomias, como diárias de
viagens pelo Brasil, carro funcional com motorista e os serviços de
taifeiros, muitos dos quais são obrigados a lavar calcinhas de
madames-quatro-estrelas, como denunciou um taifeiro da Aeronáutica.
No entanto, temos que confiar na Justiça, que certamente reverterá
esse absurdo, de condenar um réu sem nenhum tipo de prova, a não ser a
palavra de um comunista. O Supremo, com certeza, não aceitará
participar desse show maldito, tendo em vista a Lei da Anistia, que
não permite que esse tipo de crime possa ser punido, tanto os alegados
"crimes de tortura", quanto os "crimes de terrorismo". Se o coronel
Ustra for condenado em última instância, os terroristas-ministros de
Lula (Carlos Minc, Dilma Rousseff e Franklin Martins) e políticos como
Fernando Gabeira e José Genoino também devem ser condenados, por uma
questão de coerência. Crime de terrorismo e seqüestro é tão ou mais
hediondo que crime de tortura.
Todo esse episódio envolvendo o coronel Ustra prova que existe um
revanchismo sem fim no Brasil contra o Exército em geral e oficiais em
particular. Tanto isso é verdade que a denúncia da família Teles só
ocorreu mais de 30 anos depois dos fatos alegados. Por que só às
vésperas do lançamento do livro "A Verdade Sufocada" é que esse
episódio veio à tona? Ora, é prova cabal que tem o dedo dos
terroristas por trás desta safadeza, para tentar desmoralizar a obra
de Ustra, livro que chegou a estar entre os três mais vendidos segundo
noticiou o JB. Além disso, o objetivo dos acusadores vermelhos é
receber uma fenomenal piñata, bancada pelo Erário, cujo montante da
"bolsa-terrorismo" já passa dos RS$ 4 bilhões!
Enfim, nunca se deve confiar em comunista. Como dizia Lênin, "a
verdade é um conceito pequeno-burguês" e "os fins justificam os meios
utilizados". Para mim, o cocô de um vira-lata e o mijo de uma cadela
têm mais valor do que a palavra de um comunista.
(Fonte: Site ‘Imortais Guerreiros’).

O grande cartel contra o Coronel Ustra

Por Paulo Gabrielidis

O Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra na semana passada foi
condenado “moralmente” sob a acusação de "tortura" no Regime Militar,
pela justiça de São Paulo... Condenar “moralmente”, pela justiça é
algo inusitado e não deixa dúvidas da baixa qualidade do judiciário
brasileiro. São os mesmos juízes que condenaram o presidente do STF
Gilmar Mendes. Por outro lado, esta mesma justiça e amparada por
Britto, presidente nacional da OAB, não deixa dúvidas de que juízes e
advogados formam um “GANDE CARTEL” e não possui coragem de condenar
“moralmente” um desgoverno Lullante corrupto até o talo, que destruiu
a Educação, a Saúde, a Segurança, o Desmantelamento das Forças Armadas
e pior, não deram um só piou sobre a futura perda da Soberania na
Reserva Raposa/Serra do Sol e muito menos a devastação da Mata, pelos
“assentados” na Amazônia, bem ocultado pelo Ministro Carlos Minc... E
o inocente Senador Romeu Tuma que comandou a Polícia Federal na época
do Regime?... Estará ele amparado pelo Ministro da Justiça Tarso
Genro?... Estas sim, são mais que “moralmente” condenáveis, mas para
isso, faltou Moral e Ética e principalmente “aquilo roxo!”
Como bem disse o Coronel Ustra... “É a vingança dos derrotados de
1964, muitos dos quais hoje se encontram no Poder!”
A justiça é cega, mas a injustiça não!
O conceito das Forças Armadas está em 75% de aprovação, pela nação
brasileira, logo é preciso não faltar à honra dos Comandantes, se é
que ainda existem... Na hora certa, pois o massacre da mídia é
violento!
(Fonte: Site reservaer, 12/10/2008).

Carta de um ex soldado do Exército brasileiro ao Cel Ustra

“Prezado Coronel Ustra,

Em 1970, cada vez que eu saia de casa, na cidade de São Paulo, e me
dirigia para Barueri, para servir no 2o. G Can 40 Au A Aé – Grupo
Bandeirante, sentia a apreensão dos meus pais - já falecidos - que, ao
se despedirem de mim, me abraçavam e me diziam que o meu Anjo da
Guarda me acompanharia, tamanha era a insegurança e a incerteza que
eles sentiam em relação ao meu regresso ao lar, e isso se repetia
indefinidamente.
Será que se eu tivesse sido alvejado por um terrorista, quem tivesse
dado o tiro estaria hoje respondendo criminalmente, como o Sr. o está,
Coronel? Ou seria hoje, aquele terrorista, ministro da casa civil?
Naquela época, não havia qualquer menção, na imprensa, sobre o que
ocorria no Brasil, mas meus pais SENTIAM que as ameaças à minha
integridade eram reais e iminentes.
Quando eu passava fardado pelas ruas do bairro, percebia o orgulho de
meus amigos e parentes ao me verem irem ou voltando do quartel e um
sentimento cívico - muito comum nos paulistanos da época - se
estampava em seus semblantes.
Agradeço aos meus superiores da época, ao comandante da OM, aos amigos
artilheiros, pela camaradagem que sempre recebi e pela excelente
formação militar e cívica que complementou a minha educação de berço.
Ali estava um Brasil ordeiro, patriota, organizado e feliz, onde se
respeitavam professores, bombeiros, médicos, engenheiros, operários,
mulheres grávidas, padres e freiras, motoristas de ônibus e
motorneiros (bonde), enfermeiros, policiais e militares das três
Forças, aliás, o povo tinha verdadeiro orgulho de suas Forças Armadas.
Éramos a oitava economia do mundo.
Quando poderíamos imaginar que este caos moral e institucional se
instalaria em nosso país? Como poderíamos deixar a anarquia comunista
interferir nos destinos da nossa Nação?
Havia muito o que se perder, Coronel, como de fato acabamos perdendo.
Hoje, o passado é história e a realidade é outra.
Ainda haverá muitas manifestações de entidades como a OAB, "Direitos
Dusmanos", partidos de esquerda, em prol da "defesa" daqueles que
empunhando armas e/ou bombas, seqüestraram e mataram a sangue frio,
agentes da segurança nacional e pública, militares e funcionários de
embaixadas estrangeiras, para não dizer dos civis inocentes, que
apenas se encontravam na "linha de tiro" quando terroristas assaltaram
bancos, cofres, enquanto aliciavam as almas distraídas de estudantes e
de intelectuais da época, inseguros de seus valores pátrios, morais e
espirituais.
Gente muito decente, eram esses terroristas guerrilheiros amadores,
dos anos de chumbo.
Estou chovendo no molhado, mas é preciso condenar, até os limites da
exaustão, as ações criminosas e covardes dos subversivos da época,
tanto quanto as suas ações atuais, desmedidamente insistentes em
apurar fatos e responsabilidades por ocorrências passadas, tratando
guerrilheiros assassinos como se fossem heróis nacionais da
resistência armada. (sic!)
Mais uma vez, quero lhe sugerir, que separe definitivamente o joio do
trigo e entenda que o Sr. não está, - e nem jamais será - condenado
por coisa alguma, que teimam em lhe imputar. Isto é apenas um jogo
sujo, e incriminar o Exército faz parte da estratégia adversária.
Esta minha recomendação, não deve ser entendida como um mero
"pensamento positivo", mas sim como um recurso lógico, fundamentado
nas seguintes considerações:

Primeira:
Existem duas verdades. A verdade relativa, rasteira, artificial,
fabricada, humana, defendida por aqueles que nela sustentam sua
ideologia, suas crenças e suas atitudes e a VERDADE ABSOLUTA, que está
registrada e reconhecida até as alturas infinitas do Universo, para
não dizer na essência da Bondade do Criador, que operará a Sua Justiça
à Sua maneira, (neste tema) ainda nesse tempo e espaço, como,
inexoravelmente, presenciaremos, mais breve do que imaginamos.
Portanto, nobre Coronel, pergunto-lhe, quem o está julgando? Quem o
está condenando? Quem está tentando causar-lhe algum dano moral?
Responda a si mesmo, Coronel: Se fosse possível perguntarmos aos
espíritos de Mallet e Caxias, (para não entrarmos na esfera da
religiosidade a ponto de falarmos do que pensa Cristo) se aqueles
líderes militares o estariam condenando, qual seria, na sua opinião, a
resposta deles? Já que não será possível conversar com suas iluminadas
almas, como o Sr. acredita que a Reserva da Força o vê? Que avaliação
o Sr. acredita que a Reserva deve estar fazendo do seu trabalho da
época, na ativa? Que grau de liderança o Sr. exerce nos dias de hoje,
sobre os seus comandantes e subordinados da época?
A Reserva se sente ofendida com o constrangimento que esta campanha
difamatória lhe causa? Que tipo de expectativa o Sr. acredita que cada
que nós da Reserva manifestamos em relação aos graves problemas que se
aproximam, como o interesse da Rússia em montar uma base de mísseis
balísticos (nucleares) na Venezuela, ou as FARC se instalarem em
alguns morros do Rio ou ainda com o desaparelhamento criminoso das
nossas Forças
Armadas?
Coronel, não valorize nenhuma ação maldosamente arquitetada contra a
sua pessoa. Não reconheça quem lhe aponta o indicador, como sendo
pessoa de bem, de princípios, de moral elevada. Não!!! Comunas são a
escória da humanidade. São meras "pedras de tropeço".
São seres incompletos, destemperados emocional e espiritualmente, que
estão na Terra unicamente para promoverem a nossa evolução, para
forçar-nos a ter serenidade e força interior para aplicarmos a Lei de
Deus e os 10 Princípios Divinos: Fidelidade, Amizade,
Responsabilidade, Paciência, Prudência, Modéstia, Fortaleza,
Temperança, Respeito e Humildade com todos os seres humanos, até
mesmo, com cafetões, estupradores, homicidas, serial-killers,
assaltantes, narco-traficantes, políticos em geral, e comunistas.
Ainda não chegamos a esse ponto da evolução, posto que ainda não temos
nem paciência, nem piedade e nem dó com quem não as merece, mas
fatalmente o caminho para se evoluir deve ser esse. Só pode ser esse.

Segundo:
Analise os expedientes utilizados pelo governo através de seus
tentáculos, para desmoralizar as Forças Armadas e as Forças de
Segurança Pública do Estado de São Paulo, por exemplo. Repare como o
modelo está se repetindo a partir de ontem, com a difamação impiedosa
contra o GATE, onde qualquer jornalista, promotor ou defensor dos
"Direitos Dusmanos", mesmo sem ter cursado a Academia do Barro Branco
- Padrão Internacional de Referência na formação de oficiais militares
de Segurança Pública – se julga ser um especialista em ações táticas e
tem criticado a ação daquele grupo especializado de São Paulo, quando
da ação tática utilizada para a liberação dos reféns, em Santo André,
SP. Coronel, desculpe-me pela ironia, mas aquela frase da semana
passada, "O Sr. não está só" agora, por ironia do destino, faz sentido
também se observarmos que o GATE, o Choque e a Polícia Civil do Estado
de São Paulo. (Essas  três, consideradas, internacionalmente, como
umas das melhores do mundo) também estão sendo alvo de críticas,
injúrias, calúnias e difamação.
Visitei a Academia Militar do Barro Branco em agosto de 2007,
juntamente com a minha turma da ADESG - SP e assisti a uma
apresentação de oficiais do GATE numa simulação de seqüestro de
reféns, em teatro de operações apropriado, naquela academia, onde o
roteiro de treinamento previa insucesso na negociação e os policiais
tiveram que agir. Foi-nos apresentado o Método Giraldi, que prevê a
preservação incondicional das vidas de policiais, de reféns e até
mesmo de seqüestradores envolvidos. A Academia do Barro Branco treina
exaustivamente seus oficiais, tanto no período de sua formação quanto
na reciclagem dos conhecimentos teóricos e práticos, portanto, MAIS
UMA INJUSTIÇA começa a despontar por parte da esquerda e da imprensa,
para, mais uma vez (em milhares), macular o nome da Polícia Militar do
Estado de São Paulo, que deveria ser o orgulho dos paulistanos e dos
brasileiros.
Por enquanto, a estratégia do governo está funcionando, e pouco a
pouco, a população de São Paulo vai se voltando contra as suas
Polícias Civil e Militar, quando, pelo certo, deveria sim apoiá-las
incondicionalmente, principalmente porque essas corporações estão há
14 anos com os salários congelados (Polícia Civil) e seus efetivos não
conseguem sequer manter suas famílias com dignidade, posto que um
delegado de São Paulo recebe menos da metade do salário que recebe um
delegado da Polícia Civil do Piauí, onde o custo de vida é no mínimo a
metade do que se observa na Grande São Paulo e os índices de
criminalidade são infinitamente maiores.
Então Coronel Ustra, a espiral da estratégia governamental para o
desmantelamento das Forças de Segurança, para não dizer da nossa
Expressão Militar, está atacando em diversos flancos de forma
sincronizada, atingindo não só as nossas Forças Armadas como também as
polícias paulistas, mais uma vez repito, umas das melhores do mundo.
Realmente o Sr. já não está só, também pelo motivo acima.
Saudações Bandeirantes.
Viva Mallet!
Ma Force d& 39;en haut!
Joe.”


--
"Quando a guerra grassa e o perigo é iminente, Deus e os Soldados são
o grito do povo.
Quando a paz é feita e todas as coisas são reestabelecidas, Deus é
ignorado e os Soldados esquecidos."
(Ditado Inglês)

 

Melô do mensalão

Félix Maier

dezembro de 2005

Delúbio Soares riu na cara de todos os brasileiros ao dizer que, no futuro, as denúncias da corrupção petista, como o mensalão, serão apenas uma piada de salão. Lula, dentro do mesmo espírito de deboche, disse que mensalão não existe, no máximo será tema de sambistas e pagodeiros para o próximo carnaval. É o cúmulo do cinismo, pois a Polícia Federal descobriu que, somente nas empresas de Marcos Valério, foram encontradas mais de 80.000 notas frias. Como disse Diogo Mainardi na revista Veja (nº 1934, de 7/12/2005), "Lula já teria sido deposto se jornais, revistas e redes de televisão não estivessem tomados por seus partidários". Nem foi preciso Mainardi lembrar as falanges petistas que protegem o corrupto regime comunofascista de Lula, fazendo marchas de protestos a favor, como a UNE, a CUT e o MST, em troca de farta verba pública. A corrupção sistêmica da República dos Barbudinhos está sendo acintosamente ignorada pela OAB e pela ABI, que dinamitaram Collor e se calam covardemente diante de uma corrupção mil vezes mais grave.

Atendendo à proposta de Lula, fiz uma singela composição,Melô do mensalão. A letra deverá ser marcada em ritmo de rap (ritmo e palavrão), gênero musical preferido de marginais como os traficantes de drogas dos morros cariocas. Uma questão de coerência.

Refrão:

Já disse com muito veneno

Zulaiê Cobra numa piada de salão:

Na República dos Bandidos,

O chefe é o Bandidão (bis)

Lula, alienado como um mongol,

Repete que não sabe de nada não.

Que tudo é tramóia das elites,

Que querem pisá-lo no chão.

Apesar das 80.000 notas frias de Valério,

Lula diz que não existe mensalão.

A gente manda o homem pro Pinel

Ou para uma cela do cadeião?

Refrão...

Muito antes da roubalheira atual,

Já tinha malandro de montão.

A CPI do Banestado foi enterrada

Por mais de um Mentor de plantão.

Atendendo a petistas e tucanos,

As investigações foram pro lixão.

Isso prova que Lula e FHC

São gêmeos siameses, mermão!

Refrão...

A máfia não gosta só de dólares

Pra forrar o largo cuecão.

Tem contas em paraísos fiscais,

Pra enfrentar qualquer furacão.

Enquanto prega o desarmamento,

Põe na cintura um tresoitão.

De Toninho do PT a Celso Daniel

Já foram nove pro caixão.

Refrão...

Não é só de dinheiro

Que vive a Bancada do Mensalão.

Alugaram uma casa em Brasília

Pra dar asas à imaginação.

Contrataram as meninas de Mary Corner

Pra baixar o tesão.

O professor estava certo

Ao bater no Zé com o bengalão.

Refrão

O comunista Aldo "Dia do Saci" Rebelo,

Foi eleito pela  Frente do Mensalão.

Ateu, o substituto de Severino

Falou a frase mais engraçada da estação:

Pediu para que o coronel Nhô Cêncio

Não brigasse, “pelo amor de Deus!”, no verde salão.

Arthur Virgílio e o grampinho ACM Neto

Prometeram dar uma surra no Lula, na mão.

Refrão...

Roberto Jefferson estava certo

Ao apontar o dedo na cara do Frestão:

Sai rapidinho daí, Zé, senão

Você leva o presidente de roldão.

Abi Ackel não viu nada de anormal

Dentro da CPI do Mensalão.

A única coisa que ele enxerga

É pedra preciosa na mão...

Refrão...

A bordo do Air Force 51 (Aerolula),

O presidente passeia pelo sertão.

O Bolsa-Família se tornou

O voto de curral em moderna versão.

Bem-vindo dinheiro de Cuba e de Angola,

E de estatais e fundos de pensão!

Apesar da roubalheira petista,

Lula sobe nas pesquisas de opinião.

Que nação!

 

Obs.: Ainda bem que Lula já caiu fora, levando uma surra de Ayrton Senna, na enquete "o maior brasileiro de todos os tempos" - cfr. http://www.sbt.com.br/omaiorbrasileiro/candidatos/ confrontos. Só falta inventarem uma repescagem... (F. Maier)

 

Mensalão no STF: Faltam Lula, Lulinha, o BMG, Romero Jucá, Daniel Dantas,

Flávio Guimarães,Fernando Pimentel, Carlinhos Cachoeira e Dilma Rousseff,

a "filha do mensalão"

 

Imagens de O Chefe Lula

 

Provas do envolvimento dos acima citados no Mensalão:

O mensalão em 38 fotos

A cronologia do escândalo do mensalão

E Dirceu e LuLLa não sabiam de nada?

O Chefe, de Ivo Patarra

Planalto fez gestão para poupar Lulinha

Lula, o BMG e o tenebroso decreto de sexta-feira, 13

Advogado de Jefferson diz que Lula era o chefe do mensalão

Procurador gaúcho responsabiliza Lula por mensalão

Nervos demais, Lula de menos no mensalão

MPF acusa Lula de improbidade por favorecer BMG

Ministério Público Federal entra com ação contra Lula

Lula e ex-ministro são acusados de favorecer Banco BMG

MPF/DF PEDE CONDENAÇÃO DO EX-PRESIDENTE LULA

Os esquecidos do mensalão

Carlinhos Cachoeira – Wikipédia, a enciclopédia livre

Há seis anos, Cachoeira era personagem da CPI dos Bingos, a & 39;CPI do fim do mundo& 39;

Cachoeira teria ligações com executivo da construtora Delta

Delta recebeu dinheiro do PAC por obra inexistente

Delta financiou a campanha presidencial de Dilma

 

Autópsia da corrupção: Maurício Marinho, dos Correios, recebe propina

Extraído da Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlinhos_Cachoeira):

Carlos Augusto de Almeida Ramos,[1] mais conhecido como Carlinhos Cachoeira, também denominado pela imprensa de Carlos Augusto Ramos (Anápolis, 3 de maio de 1963[2]), é um empresário brasileiro, preso sob acusações como envolvimento no crime organizado e corrupção.

O nome de Carlinhos Cachoeira ganhou repercussão nacional em 2004 após a divulgação de vídeo gravado por ele onde Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil José Dirceu, lhe faz pedido de propina para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores e do Partido Socialista Brasileiro no Rio de Janeiro. Em troca, Diniz prometia ajudar Carlinhos Cachoeira numa concorrência pública carioca. A divulgação do vídeo se transformou no primeiro grande escândalo de corrupção do governo Lula[3][4]

 

Leia os textos de Félix Maier acessando os blogs e sites abaixo:

PIRACEMA - Nadando contra a corrente

Mídia Sem Máscara

Usina de Letras

Wikipédia do Terrorismo no Brasil

 

Leia sobre o Movimento Militar de 1964: O Cruzeiro- 10 de abril de 1964 - Edição extra

Faça o download do ORVIL - O Livro Negro do Terrorismo no Brasil: http://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf

 

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