Usina de Letras
Usina de Letras
209 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140788)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6177)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->UM POUCO DE EDUCAÇÃO FAZ BEM -- 07/07/2013 - 19:15 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


UM POUCO DE EDUCAÇÃO FAZ BEM



 








Francisco Miguel de Moura*

Membro da Academia Piauiense de Letras

        


 



Ao começar esta matéria, tenho em mente uma proposta educacional para o Brasil, na esperança de que seja razoável, satisfatória e sustentável, devendo substituir quase tudo do que aí está posto como educação. Não me venha nenhum governo ou participante dele dizer que não há suporte econômico-financeiro para bancá-la. Mas deixarei para explicitá-la no fecho, depois de meditada, medida e confirmada em minhas convicções e acredito que na dos leitores. 


 


Comecemos a falar do nosso momento mais momentoso: as passeatas e os protestos de rua. Durante a explosão dos movimentos de rua em favor do “passe livre”, em todos os recantos do Brasil, os quais no momento em que escrevo esta matéria ainda continuam e parece que continuarão por mais tempo, um luminar da Academia Piauiense de Letras me veio com o argumento simples, para não dizer simplório, de que “o Brasil não tem jeito, por essa razão é impossível acabar com o sistema de bolsas’”. Traduzi seu pensamento, perguntando: - Essas esmolas que o governo distribui aos famintos, sem escola, sem saúde, sem segurança? É a isto que chamaria de “sistema de bolsas”?  


 


O sistema de bolsas, nem por isto pode ser poupado quem o criou, seja com que propósito, de Fernando Henrique, passando por Lula e chegando a Dilma.  O “sistema de bolsa” e as próprias “bolsas” são temporários, devem acabar um dia, e o Brasil tem jeito sim, sem “ele” (sistema), sem “elas” (bolsas) e sem muita coisa que há ou que deixou de existir por aí. O Brasil tem jeito, mas é preciso ir com bem jeito, sabendo onde deve pisar, onde e como deve gastar os bilhões que arrecada de impostos e taxas, encargos que, de tão pesados, já emperraram a indústria, a agropecuária e o comércio, enfim todos os setores e entidades produtivas e reprodutivas do Brasil. Um programa para que o Brasil ande pra frente, e direito, ética e moralmente, não pode correr, deve ser sustentado por mais de um geração. E começa com a educação. Todo governo que investe na educação, no futuro sentirá a distribuição de renda tornar-se mais eficiente. Aliás, um dos novos e mais importantes Presidentes do Chile, do qual a memória não me guardou o nome - país que tem dado de palmatória em todos os seus vizinhos sul-americanos, disse numa entrevista à revista VEJA (páginas amarelas): – “MODERNAMENTE, NÃO EXISTE OUTRO MEIO DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, SENÃO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO”. Segundo este princípio, no qual eu acredito, o Brasil perdeu-se a partir do momento em que esqueceu de cuidar da educação de suas crianças e jovens - seus futuros cidadãos: empreendedores, governantes, legisladores, juízes, professores, engenheiros, médicos, dentistas e os diversos profissionais de nível superior. E isto se deu a partir das crianças (escola maternal), chegando à superior (universidades). O Estado entregou tudo, ou quase tudo, à escola particular, que virou empresa, empresa capitalista das mais ávidas de lucro. Deixou a escola pública às baratas e aos ratos. Assim, elas vêm definhando assustadoramente, de forma que não seria tão inverdade se disséssemos que o Brasil não possui escolas públicas. Algumas universidades públicas, sim. Mas aí a história se complica mais. Noutro artigo trataremos disto.


  


Ratos em toda parte, ladrões soltos que não acabam mais, a bandidagem e os grandes traficantes de droga tomando conta de tudo e até cunhando frases com aquela: “ESTÁ TUDO DOMINADO”.  E os governos olhando de longe e às vezes até achando graça da desgraça do povo. A doença da sem-vergonhice passa de um pra outro, pega como praga. E pegou e pregou-se rapidamente à vida pública, da qual os nossos dirigentes, de ponta a ponta, são os responsáveis, eles próprios praticando às maiores barbaridades a olho nu, sem dó nem medo. Que irresponsáveis, para dizer pouco! 


 


Mas alguém que gosta de resolver as coisas com uma pitada de palavras, ou seja, no discurso, diz:


- É a falta de aptidão do brasileiro para a gestão, há falta nos setores assim e assado, tanto na área privada quanto na pública.


 


Como não tenho com quem falar, fico a mim mesmo me perguntando: Essa falta de aptidão para a gestão, se ela existe, não seria também por falta da instrução e da educação, não seria por falta de pais conscientes que colocassem seus filhos em boas escolas, que escolhessem melhor seus representantes, que não se vendessem por nada, nada deste mundo? Não será a mesma falta de escola a causadora da má qualidade e pouco vigor dos empreendimentos?  Por que não dar boas oportunidades a essas pessoas para dirigir ou serem dirigidas, através da vivência moral e ética da escola bem aparelhada, do estudo e da técnica, do estudo e da prática? Há um pensamento, se não me engano de um filósofo chinês que estabelece: “PARA APRENDER A MANDAR TEM QUE PRIMEIRO APRENDER A OBEDECER”.


 


Observemos bem: Nas escolas de hoje ninguém obedece a ninguém, o professor não é considerado chefe e ninguém o escuta, senão para dirigir-lhe desaforos, fazer perguntas imorais, etc. – sejam os mestres homens ou mulheres – e depois sair fazendo bagunça, com a certeza de que não terá castigo, não será reprovado, e o que mais vem?  O “bulling”.


_________________________________________


* FRANCISCO MIGUEL DE MOURA, escritor brasileiro, é poeta, contisa, cronista, críticio literário e mora em Teresina, no Piauí, depois de ter residido no Rio, na Bahia (interior e Capital). Formado em Letras, com pós-graduação em crítica de arte, já lecionou, já fez programas de rádio, atualmente publica no jornal O DIA, Teresina, Piauí, semanalmente em em três blogs na internet, além de aqui na Usina de Letras. Já publicou mais de 30 livros.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui