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Ensaios-->Prepare-se para o maior colapso financeiro global -- 04/07/2012 - 12:07 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Motivos para você se preparar para o maior Colapso do Sistema Financeiro Global de Todos os Tempos!

Posted: 03 Jul 2012 11:22 AM PDT


JEFERSON CAMPANO  ( Publicação feita com autorização do autor)

FONTE: http://www.elivros-gratis.net

Algo de muito errado está acontecendo agora mesmo, enquanto você segue o seu dia a dia achando que tudo está tudo sob controle – mas uma ameaça com potencial de quebrar a economia mundial esta se formando – e quase ninguém parece se dar conta. Pela primeira vez escrevo um artigo com a esperança de estar completamente errado sobre minhas constatações, pois se eu estiver correto, o maior crash econômico de todos os tempos está se aproximando e com real potencial de alterar a vida de todos nós pelas próximas décadas.

> Os Governos estão falidos

Como você já deve saber, a carga de impostos que os governos arrecadam de sua população é escorchante, para não dizer outra coisa. No Brasil, por exemplo, a carta tributária está acima de 35% do PIB, ou seja, de 100% do PIB – que é o valor de tudo o que é produzido no país em um ano – o governo fica com um valor correspondente a mais de 35%. Em outros países, principalmente os desenvolvidos a carta tributária também é alta.

A carga tributária de diversos países em relação do PIB%

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Pelos dados do FMI, podemos constatar que desta lista, a média da carta tributária chega a 39,6% do PIB. Em outras palavras, os governos e seus burocratas parasitas ficam com boa parte de toda a riqueza que é produzida nos países. Mas agora vem a grande pergunta que não quer calar: Se os governos abocanham grande parte da riqueza que é produzida pelo país, na forma de impostos, porque as contas não fecham? Porque eles precisam se endividar cada vez mais – gastando mais do que arrecadam? Quanto eles precisam mais? 50% do PIB? Será que se eles ficarem com 50% de toda a riqueza produzida no país estarão satisfeitos?

As 10 nações mais devedoras do mundo têm uma dívida superior a 300% do PIB mundial. Os governos do mundo todo estão endividados, ou seja, eles gastam mais do que arrecadam, mesmo já ficando com boa parte do que produzimos com nosso suor e sacrifícios. Os governos estão ficando escravos de suas dívidas e isso está nos levando a uma situação extremamente perigosa para um futuro não muito distante. Não é preciso ser muito inteligente para concluir que – com uma dívida que só aumenta, o país poderá se tornar inadimplente – em algum momento.

Podemos fazer – de forma muito simplificada – um paralelo com um governo e você. O governo – assim como você – tem receitas e despesas mensais. Se você gastar no mês, mais do que ganhou, ou seja, se suas despesas forem maiores que sua receita, você precisará recorrer a um empréstimo para fechar suas contas no mês – ou então deixará de pagar alguém – ficará inadimplente. Outra coisa que você precisará fazer é ir reduzindo despesas para que no mês seguinte, tenha as contas mais equilibradas para não quebrar seu orçamento novamente. Assim como você, os governos também tem suas contas para fechar, mas eles tem uma grande vantagem que você não tem: eles podem aumentar os impostos ou ligar as máquinas de imprimir dinheiro para pagar suas contas – além da alternativa de cortar gastos e reduzir investimentos. Obviamente as contas de um país são muito mais complexas do que foi colocado, mas vamos simplificar apenas para não fugir do problema principal que é o seguinte: Os governos já estão muito endividados e estão pagando as dívidas que estão vencendo, simplesmente fazendo novas dívidas.

A evolução da dívida de alguns países

Estados Unidos Atualmente a dívida está perto de US$ 15 Trilhões e corresponde a praticamente 100% do PIB americano.
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Brasil Atualmente a dívida está perto de R$ 1.88 TrilhõesVários Países Percentual da dívida em relação ao PIB

Segundo o departamento de comércio dos Estados Unidos, Em dólares correntes, o PIB mostrou crescimento de 3,9% em 2011,  para US$ 15,087 trilhões. Em outras palavras, O governo dos Estados Unidos tem uma dívida que equivale a tudo o que é produzido em seu país – no período de 1 ano.

Basicamente os governos estão se endividando mais e mais de 3 formas: Reduzindo impostos, aumentando benefícios para estimular suas enfraquecidas economias e emitindo títulos da dívida do governo – para financiar suas operações. A partir da crise financeira global de 2007/2008 os governos passaram a estimular suas economias com redução de impostos e aumento de benefícios acreditando que desta forma, a economia iria se restabelecer. O problema é que o tempo foi passando e as economias não estão se restabelecendo como os governos esperavam, embora no curto prazo parecia que estava causando algum efeito positivo. Agora, com a REALIDADE batendo a porta, o desespero aparece estampado no rosto de muitos governantes, simplesmente porque eles sabem que não poderão manter os estímulos infinitamente, sob risco de verem suas dívidas – já impagáveis – aumentarem a níveis insuportáveis.

Dados de emprego e indústria da Zona do Euro e EUA

Quando os governos emitem títulos da dívida pública, basicamente o que estão fazendo são novas dívidas. Pegam dinheiro emprestado de alguém para pagar com juros – no futuro. Normalmente são títulos com vencimento de longo prazo – com 5, 10, 20 anos ou mais. Então veja como é confortável para um governante atual se endividar com esse sistema. Tudo o que ele tem que fazer é pedir ao seu banco central emitir x milhões ou bilhões em títulos da dívida, e vender no mercado financeiro – para outros países ou grandes instituições financeiras – como os bancos. Assim, o governo faz uma dívida agora, arrecada e gasta o dinheiro agora ou nos próximos anos e deixa a dívida para as próximas gerações.

Governo da Espanha paga juros mais altos para financiar sua dívida

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O problema é que os governos exageraram na dose, e muitos países – inclusive grandes potências – estão tendo que quitar dívidas passadas que estão vencendo. Mas essa é uma péssima hora para ter que quitar dívidas, já que o caixa está apertado – devido aos estímulos criados para minimizar os efeitos da última crise financeira global. É como se você tivesse que quitar uma dívida de pagamento das chaves do seu apartamento, justamente naquele mês onde seu carro quebrou e levou boa parte do seu orçamento. O que fazer então: Pagar os credores e deixar de atender a demanda dos serviços públicos? Aumentar os impostos, cortar gastos e arrochar ainda mais suas enfraquecidas economias? Pedir mais dinheiro emprestado?

Como foi dito, os governos emitem títulos da dívida pública para financiar seus rombos, mas quem exatamente compra esses títulos?

A evolução da dívida dos EUA e quem são os compradores (financiadores)  da dívida dos Estados Unidos:

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Como você pode ver pelo gráfico, o Brasil também está “emprestando um dinheirinho” para os norte americanos. Como mostra o gráfico, esses títulos são comprados por outros países e grandes instituições financeiras, e é assim com a dívida pública de outras países endividados.

É aqui que as coisas começam a ficar interessantes. Tive que escrever tudo isso apenas para mostrar à você como as dívidas dos governos estão amarradas com todo o sistema financeiro global. Possuir títulos da dívida dos governos é como ter dinheiro em mãos. Como são considerados seguros pelas agências de classificação de risco, se você tiver títulos da dívida dos EUA, por exemplo, e precisar vende-los para fazer um dinheirinho, sem problemas.  Basta ir ao mercado financeiro e sempre achará um comprador para os seus títulos. Tudo isso funciona muito bem porque as pessoas mantém a fé de que os governos irão honrar suas dívidas e pagar o que devem nos vencimentos combinados – com os juros combinados.

Mas agora vem aquela pergunta que não deveria ser feita: O que acontecerá se um país se tornar inadimplente e simplesmente não pagar sua dívida nos vencimentos combinados?

Neste cenário, o que aconteceria com os outros países e instituições financeiras que compraram esses títulos e os consideravam como dinheiro em mãos, mas agora possuem nada mais do que papeis sem valor?

Como a China se sentiria com US$ 1,15 trilhão em títulos do governo dos EUA caso este se tornasse inadimplente?

O que acontecerá com o dólar e os papéis da dívida dos EUA quando o mundo descobrir que eles não vão pagar sua dívida? Até quando o FED (Banco Central norte-americano) conseguirá manter – artificialmente – a taxa de juros em zero ou quase isso? O que acontecerá quando o FED tiver que aumentar as taxas (e eles terão que fazê-lo em algum momento), desvalorizando os títulos do tesouro americano?

Resultado: O Maior Crash da economia mundial de todos os tempos!

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> O Problema pode começar pelos bancos

Se você ficar atendo à opinião dos “especialistas”, eles dirão que isso é muito improvável de acontecer, mas se tem uma coisa que eu sempre digo a você é: sempre duvide da opinião de especialistas.

Se você analisar a situação atual e os dados, verá que podemos estar muito mais próximo de isso acontecer do que se imagina e a união européia poderá ser o inicio de grande crash – começando pelo Grécia. A Grécia, como você já deve saber é um país falido. Se o país não receber mais ajuda financeira de seus colegas da UE eles irão decretar falência e se não não cumprirem os acordos de austeridade que assumiram com seus colegas – eles fatalmente serão convidados a se retirarem da união européia. As consequências de uma possível saída da Grécia da UE são imprevisíveis – para a Grécia e também para a economia global.

A economia grega já encolheu 16% em cinco anos, e o desemprego já chega à estratosfera. E o peso da dívida, em vez de diminuir, só aumenta: dos 130% do PIB no final de 2009, já chega hoje aos 160%.

Tente imaginar que você é um cidadão da zona do euro e possui suas finanças depositadas em um banco de sua preferência – tudo em euros. O que você faria se soubesse que o seu país poderia sair da zona do euro e seria obrigado a adotar outra moeda, com valor inferior a um euro? Provavelmente tentaria sacar seu suado dinheirinho, em euros antes que transformem tudo em uma moeda velha e sem valor. Mas como você já deve saber, se muitos fizerem isso ao mesmo tempo, os bancos irão quebrar – simplesmente porque nenhum banco tem todo o dinheiro disponível para garantir seus depósitos.

Estrangeiros retiram 66 bilhões de euros da Espanha – Fonte: O Globo
Considerada a nova bola da vez da crise da dívida europeia, a Espanha amargou uma saída de € 66,2 bilhões em março
, informou na quinta-feira o Banco Central do país. Segundo o jornal “El País”, esse valor é quase o dobro do recorde anterior, de dezembro de 2011, quando 34,1 bilhões deixaram a Espanha. Mais de um terço desse montante refere-se a recursos colocados em contas e financiamentos no exterior por bancos espanhóis.
Há nove meses os investimentos estrangeiros estão no negativo.
Desde julho do ano passado, deixaram o país € 194 bilhões, sendo € 97 bilhões somente no primeiro trimestre deste ano.

Neste cenário, uma quebradeira de bancos poderia se iniciar – alastrando o pânico pelos mercados como um rastilho de pólvora. Isso causaria um aperto de liquidez que poderia afetar outros bancos, não somente daquele país, mas de outros países também. Os bancos emprestam dinheiro para outros o tempo todo, e quando um evento como esse surge no horizonte, é como se um ficasse olhando para o outro e se perguntando: Será que você é confiável para eu lhe emprestar o meu rico dinheirinho?

O sistema bancário mundial é um sistema baseado na Fé. Ele só funciona porque todos mantém a fé de que os depositantes não irão – todos ao mesmo tempo – resgatar tudo o que tem no banco.  Quando essa fé é abalada – com crises como essas que estamos vendo – o risco do sistema bancário aumenta terrivelmente.

O sistema financeiro global é baseado no equilíbrio entre risco, dívida e alavancagem. Esse sistema requer um elevado grau de confiança e de estabilidade para que tudo funcione como se espera. Se a confiança desaparece, o medo e o pânico começam a ditar as regras, e neste momento, a pirâmide financeira baseada nos 3 tripés mencionados pode desmoronar como um castelo de cartas.

A super alavancagem é outro problema que ameaça perigosamente a economia mundial. Muitos dos maiores bancos mundiais estão em um nível de alavancagem que supera e muito o nível considerado seguro. Até o final do ano 2011, o JP Morgam tinha U$ 70,2 trilhões em derivativos e apenas U$ 136 bilhões em capital. O Goldman Sachs tem apostas de U$ 44 trilhões em derivativos, resultando em apostas que superam muitas vezes o seu capital. Como derivativos são meras apostas eletrônicas e não existem no mundo real, se algo der errado, esse “dinheiro eletrônico” poderá desaparecer de uma hora para outra, levando esses bancos e o resto da economia mundial ao colapso. E parece que algo já esta dando errado: Recentemente o JP Morgam admitiu perdas de US$ 9 Bilhões com derivativos – em apostas erradas.

Outro problema: Bancos franceses e alemães são grandes portadores dos títulos da dívida grega e se a Grécia se tornar inadimplente o que acontecerá com esses bancos? Bem, basicamente eles terão sérios problemas…

Os bancos espanhóis também não estão nada bem das pernas e o governo espanhol terá que fazer aportes bilionários para salvá-los. Enquanto o governo espanhol – também falido, diga-se de passagem – faz aportes bilionários para tentar salvar os bancos – com a ajuda de seus amigos da UE – a taxa de desemprego naquele país alcançou um máximo histórico de 24,44% da população ativa.

Bancos espanhóis têm maior nível de créditos podres desde 1994 – Fonte: Reuters
18 Abr (Reuters) – Os empréstimos de difícil recuperação dos bancos espanhóis subiram em fevereiro para o nível mais alto desde outubro de 1994, para 8,2 por cento de suas carteiras, segundo dados do Banco da Espanha divulgados nesta quarta-feira.
Os bancos estão enfrentando uma nova onda de calotes enquanto a crise econômica se aprofunda e analistas afirmam que alguns podem não sobreviver conforme o governo implementa cortes de orçamento que se somarão aos problemas das famílias em quitar suas dívidas.
Os empréstimos de difícil recuperação cresceram em 3,8 bilhões de euros (4,99 bilhões de dólares) para 143,8 bilhões de euros em fevereiro sobre o mês anterior. Em janeiro, eles totalizavam 7,9 por cento da carteira de crédito.
A situação, motivada pelo colapso do boom imobiliário ocorrido na sequência da crise financeira global de 2008, está no cerne dos problemas dos bancos espanhóis, que têm tido seus pedidos de empréstimo recusados por outras instituições, forçando alguns deles a recorrer a financiamento do Banco Central Europeu.
A taxa de desemprego da Espanha é a maior da União Européia e deve subir mais, colocando mais pressão sobre consumidores e famílias.

Como foi mencionado, os bancos espanhóis estão com bilhões de euros em créditos podres – resultantes da quebra da farra imobiliária que assolou o país por anos e que entrou em colapso a partir da crise financeira de 2007/2008. Para saber mais detalhes sobre a crise do mercado imobiliário na Espanha, veja este vídeo.

Um colapso bancário na Grécia ou Espanha poderá se alastrar rapidamente para outros países – principalmente se os depositantes acreditarem que seus governos não conseguirão salvar seus bancos falidos e iniciarem resgates em massa. Basta um banco quebrar para o pânico se espalhar pelos mercados financeiros. Os investidores aterrorizados levariam seus investimentos e seus capitais para outros mercados – retirando ainda mais capital do sistema e levando todo o sistema financeiro do país ao colapso. Na sequência da quebra dos bancos, viriam as falências dos governos. Essa sequência de eventos resultaria no MAIOR CRASH FINANCEIRO GLOBAL de todos os tempos!

Tempo Esgotado – Fonte: Globo
A Espanha está num círculo vicioso: os preços dos imóveis caem e tornam a dívida mais cara que o valor do ativo; as pessoas perdem o emprego e param de pagar; os bancos entram em dificuldade; os preços dos imóveis caem mais. Diante da mesma situação, a Irlanda salvou os bancos, mas a um custo altíssimo: a dívida/PIB que havia sido derrubada de 90% para 25%, de 1994 até 2007, deu um salto para 110% do PIB.
Há fuga de capitais da Espanha. O Ibex, índice da bolsa de Madrid, recua 27% este ano e 40% em 12 meses. O sistema financeiro espanhol sofreu 31 bilhões em saques no mês de abril. No ano, 99 bilhões deixaram o país, com 66 bi apenas no mês de maio.

> Sinais do que está por vir…

Os sinais do grande colapso financeiro que está por vir estão em todos os lugares. Tudo o que você tem que fazer é ficar atento às notícias que normalmente você não daria atenção – como estas…

  • O governo da Espanha anunciou recentemente que o seu déficit orçamentário de 2011 foi muito maior do que o inicialmente projetado e que o país provavelmente não vai alcançar suas metas de orçamento para 2012;

  • A chefe do FMI, Christine Lagarde, diz que existem “nuvens negras no horizonte” para a economia global;

  • O Megainvestidor George Soros declarou publicamente que a União Européia poderá em breve ter um colapso semelhante ao que aconteceu com a União Soviética;

  • Nigel Farage – membro do Parlamento Europeu – afirmou durante uma entrevista recente que é inevitável que alguns dos grandes bancos na Europa entrarão em colapso;

  • Estima-se que existam 273 bilhões de dólares em empréstimos imobiliários não pagos (créditos podres) no sistema bancário espanhol.

  • Temendo o colapso da economia espanhola, muitos residentes espanhóis perderam a confiança no sistema bancário do país. Recentemente, residentes espanhóis retiraram um recorde de 1 bilhão de euros do Banco Bankia, banco que foi estatizado e possui cerca de 10% do total de fundos da Espanha. Isto é semelhante ao fenômeno na Grécia, onde muitos gregos retiraram seu dinheiro dos bancos do país e investiram-nos no exterior, em países como Alemanha e Suíça;

  • Diversos bancos espalhados pelo mundo, incluindo alguns dos maiores bancos do globo estão tendo suas notas rebaixadas pelas agências de classificação de risco, devido à sua elevada exposição à volatilidade dos mercados.

  • Os 9 maiores bancos dos EUA têm um total de 228.72 trilhões de dólares de exposição a derivativos. Isso equivale a 3 vezes o tamanho de toda a economia global;

  • Nos últimos seis meses, centenas de banqueiros proeminentes renunciaram em todo o globo. Existe uma razão pela qual tantas pessoas estão deixando seus postos de repente?

> Um pouco de História: A Grande Depressão de 1929

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A Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de depressão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo. Fonte: Wikipédia

Veja abaixo o mecanismo da Grande Depressão de 1929

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> Enquanto isso, No País de Faz de Conta…

A performance brasileira dos últimos anos criou uma falsa ilusão de que agora sim, o Brasil estava no caminho certo, que nosso crescimento era sustentável e que estávamos rapidamente caminhando para as primeiras posições como potencias mundiais. O “espetáculo do crescimento” foi aplaudido de pé pelos mais eufóricos e alardeado pelo governo aos 7 ventos – para quem quisesse ouvir. O crash financeiro mundial de 2007/2008 chegou aqui apenas como uma “marolinha”. Era isso, agora era a vez do Brasil – não tinha como dar errado. Mas tinha uma pedra no caminho no Brasil, e essa pedra tinha um nome: REALIDADE. O grande problema com a realidade é que ela insiste em aparecer, mais cedo ou mais tarde.

Apontando o dedo para o vizinho

Não é a crise na Europa ou nos EUA que está nos afetando (exceto se o grande crash ocorrer), fazendo com que nossa economia tenha desempenho bem inferior ao esperado. Embora nosso governo – muito convenientemente – goste de apontar o dedo para o lado de fora, é bem aqui, debaixo de nosso tapete – que os problemas se acumulam. As patéticas tentativas do governo para tentar diminuir o estrago – na verdade – só pioram a situação.

Agora a taxa de câmbio é a inimiga número 1 do estado. É ela (a taxa de câmbio) que (segundo o governo) está acabando com nossa industria. Em recente documento divulgado pela CNI, 1 a cada 5 produtos consumidos no Brasil é importado. E é assim, não porque nossa moeda esta valorizada, tornando as importações mais baratas, mas sim porque as industrias de outros países são muito mais produtivas que as nossas. Essa é a raiz da questão: nossa capacidade produtiva é muito inferior se comparada a de outros países, ou seja, os produtos que produzimos aqui são muito mais caros que os similares produzidos em outros países.

Ao contrário de outros países, nós não investimos no básico para concorrer no mundo globalizado, diga-se: Educação de qualidade, inovação e tecnologia, infraestrutura, desburocratização e redução da carga tributária. O resultado é que os produtos produzidos aqui no Brasil custam 2 ou 3 vezes mais caros que no resto do mundo.  A falta de investimentos do Brasil nas áreas básicas mencionadas, é a raiz de nossa baixa taxa de crescimento. As consequências dessa falta de investimentos podem ser escondidas e/ou maquiadas por algum tempo (principalmente quando a economia mundial vai bem), mas em algum momento, a realidade abrirá as portas.

Consumam, por favor…

A mensagem do governo à população é clara: “Comprem, comprem tudo o que puderem e também o que não puderem, gastem o máximo que for possível. Nós do governo, tomaremos providências para inundar o mercado com crédito barato para que você, cidadão brasileiro, possa comprar tudo o que você sempre sonhou. E para os que insistirem em poupar, serão severamente punidos com aumento de impostos e redução de rendimentos”

O crescimento das operações de crédito no Brasil:

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O governo quer manter um mínimo de crescimento apostando no consumo desenfreado do mercado interno, fazendo com que a população se endivide ainda mais. As novas medidas para baratear o crédito, podem parecer boas no primeiro momento, mas são péssimas no médio e longo prazo. O endividamento médio da população já está no nível amarelo e a inadimplência vem crescendo nos últimos anos. Isso é reflexo do “espetáculo do crescimento” de 2010. Quando você junta uma população sem educação financeira com o crédito farto, o resultado é a inadimplência. Com mais crédito farto e barato, a inadimplência poderá atingir níveis alarmantes nos próximos anos.

E isso afeta diretamente a rentabilidade dos bancos brasileiros…

Banco Votorantim tem prejuízo de R$ 597 milhões e afeta ganhos do Banco do Brasil – Fonte: Folha
O Banco do Brasil está negociando a compra da metade do capital do Banco Votorantim que pertence ao Grupo Votorantim. A Reuters atribui a informação a uma fonte que não quer ser identificada. O negócio poderia ajudar o banco estatal a fortalecer sua posição no mercado de financiamento de veículos.
A informação vem a público poucos dias após o BB ter reportado seus resultados de janeiro a março, que foram afetados por um prejuízo de R$ 597 milhões do Banco Votorantim no período. Foi o terceiro trimestre seguido de perda líquida do Votorantim. E a expectativa do BB é de que o banco seguirá apresentando resultados líquidos negativos nos próximos meses.
O BB comprou 49,99% do capital do Votorantim por R$ 4,2 bilhões, em janeiro de 2009. Pelo acordo firmado na ocasião, o controle do Banco Votorantim foi preservado nas mãos do Grupo Votorantim, da família Ermírio de Moraes.
Em 2011, o BB implementou mudanças operacionais nos modelos de aprovação de crédito do Votorantim e praticamente fechou as portas para novas concessões.
Isso porque o banco estatal considerou deficientes os modelos de risco do Votorantim, que tinha boa parte da carteira atrelada a financiamento de carros usados, um dos segmentos cujos calotes mais subiram recentemente. O índice de inadimplência do Votorantim chegou a bater em 7,1%, mais do que o triplo do apurado pelo Banco do Brasil.
 
Bancos têm prejuízo de R$ 10 bilhões com financiamentos de veículos – Fonte: motordreamOs bancos e financeiras já perderam mais de R$ 10 bilhões com o calote de consumidores brasileiros nos financiamentos de carros novos e usados.Isso apenas nos três primeiros meses do ano. Segundo o jornal Estado de S. Paulo, este é o valor cravado pelo economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor do Banco Central (BC), Carlos Thadeu de Freitas.
Segundo a publicação, as contas foram feitas com base no saldo da carteira de crédito concedido para compra de veículos e apresentado no Relatório de Crédito do BC, que somou R$ 177 bilhões em março deste ano, e na fatia de financiamentos com prestações atrasadas acima de 90 dias, que atingiu 5,67% no período.
Tentando reverter esse quadro, o governo teve que adotar medidas para conter o aumento do calote de veículos e ajudar a desovar o estoque de carros 0 quilômetro estacionados no pátio das montadoras. A medida tem como objetivo impulsionar o setor.

O crédito barato – e forçado – da CEF e do BB trarão fortes prejuízos para estas instituições nos próximos meses ou anos. O nível de inadimplência irá aumentar assustadoramente e o pior de tudo é que nós iremos pagar por essa farra. Sim, eu e você iremos pagar por essa farra de crédito barato que o governo está enfiando goela abaixo dos incautos consumidores brasileiros. Quando a CEF, BB e BNDES estiverem lotados de créditos podres (dívidas que não serão quitadas) – o governo vai empurrar tudo para debaixo do seu tapete sujo chamado EMGEA. Sim, o governo já tem um órgão prontinho para absorver esses créditos podres que estão por vir.

A redução forçada da SELIC, aplaudida de pé pelos “especialistas” e pela mídia, traz um problema que ninguém parece perceber: A redução considerável do lucro de pequenos bancos e financeiras. Como você já deve saber, grande parte do lucro dos bancos vem dos empréstimos que eles fazem aos seus clientes e se são obrigados a reduzir as taxas cobradas – reduzirão seus lucros. A questão é saber até quando essas pequenas instituições financeiras poderão resistir. Elas também poderão perder muitos clientes para bancos maiores, com mais condições de competir nesse novo mercado. Não me surpreenderia uma quebradeira acentuada dessas pequenas instituições financeiras nos próximos anos.

A redução da SELIC também impacta em outro ponto que eu ainda não vi ninguém comentar: A Rentabilidade da Poupança Antiga.
Como você já deve saber, a chamada “Poupança Antiga” manteve sua rentabilidade em 6% ao ano + TR. Dito isso, e sabendo que a maior parte do financiamento imobiliário vem dos depósitos da poupança, como os bancos vão oferecer menores taxas de juros para esses financiamentos imobiliários, se ainda tem que pagar 6% ao ano + TR pela “poupança antiga” que é onde está a maior parte do dinheiro? Alguém responde?

O Crescimento Brasileiro: Um Truque de Ilusionismo

Só há um meio que fazer com que um país tenha um crescimento sustentável: Aumentando a capacidade de produção e isso engloba o aumento de investimentos em diversas outras áreas. Aumentando a produção e por sequência, tornando as mercadorias produzidas mais baratas, se incentiva o consumo. O crescimento sustentável deve estar baseado em trabalho, produção, poupança e investimento. Mesmo sendo esta a verdade, O Brasil insiste em trilhar os caminhos mais “fáceis” e de resultados imediatos, mas não duradouros – como o atual modelo de crescimento baseado no consumo.

O Brasil adotou o falido modelo de crescimento baseado no consumo desenfreado da população – ofertando crédito barato e esticando ao limite os prazos de financiamento. Foi o aumento da base monetária, com consequente aumento de crédito e consumo irracional que gerou o nosso “espetáculo do crescimento” de 2010 e é esse mesmo modelo baseado no consumo que está agora, dando com os “burros n’água”. Após a crise financeira de 2007/2008 o governo expandiu a oferta monetária e provocou um aumento da oferta de crédito no mercado. Isso fez com que a população se sentisse “mais rica” e – ansiosas por consumir – as pessoas decidiram que era hora de ir as compras. Quem nunca teve um automóvel resolveu que iria agora comprar um 0 KM financiado em “suaves” 60 prestações. Os bancos gostaram da brincadeira e soltaram crédito para todo mundo, mesmo para quem não tinha muita condição de arcar com os financiamentos no futuro – as análises de crédito foram relaxadas. Muitos também resolveram entrar – sem conhecimento financeiro – na especulação do mercado de imóveis – observando um consistente aumento de preços que se desenhava. Com emprego e renda em alta, todos estavam animados e confiantes – acreditando que agora era a hora do Brasil.

A população de baixa renda também entrou no frenesi consumista embalada pelos pacotes de “bolsa esmola” ofertados pelo governo e assim se deu o “espetáculo do crescimento” de 2010 alardeado pelo governo aos 7 ventos e aplaudido de pé pelas multidões.

Como você já deve saber, não existem milagres e quem não tinha dinheiro para esbanjar – continuou não tendo – embora achasse que tivesse. O resultado desse frenesi consumista é que o carro 0KM adquirido nos “anos de ouro” ainda está sendo pago, e o infeliz proprietário ainda tem que engolir o fato de que o valor que está sendo pago está muito acima do valor de mercado do bem.

As famílias se endividaram além de sua capacidade de pagamento e agora – estão vendo as prestações devorarem boa parte de seus rendimentos, embora o carro novo não esteja tão reluzente como antes – a pilha de carnês ainda está lá para ser paga. Com as contas apertadas, muitas famílias estão agora reduzindo o consumo para poder honrar com seus compromissos assumidos – que ainda irá durar por muitos anos. Outros estão simplesmente dando calote nas prestações do automóvel ou então devolvendo o imóvel adquirido recentemente, por não terem mais condições de arcar com as pesadas prestações.

Os recentes prejuízos anunciados por bancos e construtoras não me deixam mentir.

Gafisa registra prejuízo de R$ 1,09 bilhão em 2011 – Fonte: Folha
A Gafisa encerrou o ano passado com prejuízo líquido de R$ 1,093 bilhão, comparado a lucro de R$ 416,05 milhões em 2010, conforme dados divulgados no domingo, em meio à tentativa da companhia de revisar sua estrutura e suas operações para retornar ao crescimento.

O governo observa assustado a queda do consumo e do crescimento e as tentativas desesperadas de reativar a economia não estão dando os resultados esperados. O modelo de crescimento baseado no consumo falhou novamente. Se alguns de nossos comandantes tivessem se dado ao trabalho de estudar a história – e um pouco de economia básica – veriam que este modelo de crescimento baseado em consumo só provoca cíclos de alta e de baixa. No primeiro momento parece que está dando certo, faz a economia crescer, mas depois vem a inevitável queda do consumo e do crescimento.

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Novamente perdemos a oportunidade de fazer as coisas que deveriam ser feitas e agora teremos que arcar com as consequências – criadas por nossa falta de competência em fazer este país crescer e se desenvolver de maneira sustentável.

O País das commodities

Um importante fator que ajudou o Brasil a esconder suas deficiências foi o aumento dos preços e da demanda por Commodities. Nos últimos 10 anos o preço do minério de ferro, por exemplo, aumentou em 13 vezes, beneficiando o Brasil como grande exportador deste minério. Mas se a economia mundial esfriar, a demanda por todos os tipos de produtos vai diminuir e os preços também. O FMI já projeta uma queda nos preços do minério de ferro para 2013. As commodities representam pelo menos 80 por cento das exportações brasileiras.

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Se o grande Crash Financeiro Global ocorrer como eu acho que vai ocorrer, os níveis de emprego serão reduzidos consideravelmente. Neste cenário, os calotes aumentarão de forma alarmante, elevando ainda mais os prejuízos de bancos, financeiras e construtoras e reduzindo ainda mais o consumo das famílias. As empresas, ao observarem a queda acentuada nas vendas, serão obrigadas a demitir – contribuindo para piorar ainda mais a situação.

Enquanto isso, o brasileiro dançando…
Eu quero Tchum! Eu quero Tcha!

> Conclusão

O mundo esta caminhando perigosamente para um grande Crash Financeiro Global e neste cenário o melhor a fazer é conter gastos, poupar seu dinheiro e não fazer dívidas de longo prazo. Não acredite quando nossos governantes dizem que estamos “300% preparados” para enfrentar a crise – não estamos. O Brasil continua com os mesmos problemas de antes e não fizemos a lição de casa. Nosso país tirou proveito do maior ciclo de crescimento global em três décadas – mas agora a crise irá escancarar nossos velhos problemas – não dá mais para jogar nossas deficiências para debaixo do tapete. Os problemas financeiros do mundo que estamos vivenciando agora – enquanto escrevo este artigo – são apenas pequenas brisas do furacão que se aproxima. 

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