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Ensaios-->1984 é agora -- 22/02/2012 - 12:45 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

1984 É AGORA

Prof. Marcos Coimbra

Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.

            O genial escritor Eric Blair, sobre o pseudônimo de George Orwell, produziu várias obras geniais, dentre elas além do “1984”, a “Revolução dos Bichos” e “Lutando na Espanha”. Quando foi escrito, em 1948, projetava um mundo imaginário a ser tornado realidade em 1984. As idéias de Grande Irmão, teletela, ministério da Verdade, crimidéia (crime de idéia em novilíngua), são impressionantes e pareciam distantes da realidade, quando foi lançado. Porém, hoje em dia mostram-se perturbadoramente verdadeiras. O livro mostra a transformação da realidade praticada na fictícia Oceania (onde a Inglaterra era parte dela, como Pista de Pouso número 1), disfarçada de democracia, onde existe um totalitarismo, dominado pelo IngSoc (o Partido), sob o comando do onipresente Grande Irmão (Big Brother).

            O livro conta a história de Winston Smith, membro do partido externo, funcionário do ministério da Verdade. A missão era reescrever e alterar dados de acordo com o interesse dos “detentores do poder político”, tal como foi feito por Stalin na URSS. Na realidade, bastante semelhante à tarefa atual de jornalistas ou historiadores desviados de seus respectivos ideais. Se alguém pensasse diferente seria capturado pela Polícia do Pensamento e seria destruído, passando antes pela sala 101. Nesta sala os insubordinados eram submetidos a pior das torturas, de acordo com as vulnerabilidades de cada um.

             No caso de Winston era o pavor de roedores. Foi ajustada a seu rosto uma máscara contendo várias ratazanas famintas, separadas por duas grades de seu rosto. O torturador, ao abrir a primeira delas, conseguiu dele a rendição total.

            Observando-se o mundo atual, verificamos o grau de clarividência do gênio. A teletela está presente em países ditos democráticos, sob a justificativa de garantia de segurança, através de milhares de câmeras de transmissão de imagens. Falta apenas transmitir imagens, o que não é impossível. O crimidéia é praticado às escancaras principalmente em países próximos a nós geograficamente, do grupo bolivariano, em nome da “democracia plebiscitária”, que exige mobilização popular permanente, manipulada por aqueles que estão no poder. As Instituições são erodidas, aproveitando-se o baixo nível de educação da massa de eleitores, bem como a formidável máquina de pressão daqueles que, aproveitando-se das fragilidades do regime democrático, vão progressivamente implantando o totalitarismo no país.

            Quem se opõe a eles vai sendo destruído, passo a passo, inexoravelmente, sem piedade. De início, dominam o Executivo, apossando-se de milhares de cargos de confiança. A seguir, cooptam o Legislativo, eliminando a oposição porventura existente. O Judiciário vai sendo paulatinamente controlado, por intermédio da nomeação dos principais integrantes dos Tribunais Superiores. Aos empresários são permitidos lucros vultosos, através de concessões indecentes, licitações dirigidas e ausência de regulação e fiscalização. A massa do eleitorado é enganada por ações eminentemente eleitorais, com bolsas de diversos tipos, com a finalidade de ganhar eleições.

            Vão obtendo vitórias progressivas, aumentando seu poder real. Inicialmente, fazem alianças espúrias com partidos sem ideal ou filosofia, eminentemente fisiológicos, para manter a maioria no Congresso, viabilizando o chamado “presidencialismo de coalizão”, origem dos maiores escândalos da República. À medida que vão se fortalecendo, iniciam o processo de descarte dos eventuais aliados. Exemplo flagrante disto é o desigual tratamento oferecido quanto a denúncias de corrupção no ministério. Os ministros pertencentes aos partidos dos eventuais aliados são demitidos ou forçados a solicitar demissão enquanto os “companheiros”, acusados de delitos tão ou mais graves continuam em seus postos. Alguns partidos são humilhados publicamente e continuam a apoiar seus algozes, na esperança de voltar a usufruir das benesses do poder.

            A mídia amestrada exerce seu nefasto papel, praticando o visualizado por George Orwell, confundindo e desvirtuando os acontecimentos. A corrupção passa a ser regra. As distorções de gênero são incentivadas. A coesão social é destruída. A Família e a Escola sofrem tenaz campanha de desmoralização. A última Instituição Nacional (Forças Armadas) capaz de reagir contra a implantação do totalitarismo é minada por ações subreptícias, através do desvio de suas funções constitucionais e via seu constante enfraquecimento. Começam a surgir os “generais do povo” e a anomia se espalha. Os cúmplices de hoje serão as vítimas de amanhã.

            O brutal exemplo das últimas ações praticadas contra a liberdade de imprensa e o livre pensamento na Argentina, Venezuela e Equador é preocupante e esclarecedor. Neste último país até com a cumplicidade do famoso juiz espanhol Baltasar Garzón e do assessor de assuntos internacionais do Brasil, Sr. Marco Aurélio Garcia (MAG), no que concerne à criação de uma Corte Institucional superior, denominada de Tribunal Nacional de Justiça, subordinada ao presidente daquele país. Parece que 1984 é a bíblia de leitura obrigatória deles.

            As Instituições Nacionais do Brasil estão  extremamente frágeis. Como evitar a ditadura constitucional?

Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br

Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 20.02.12-MM).

 

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