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Ensaios-->Exército, Comunismo, Novos Inimigos. -- 02/02/2012 - 14:45 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Exército, Comunismo, Novos Inimigos.

Miguel Teixeira de Carvalho (*)

No período 1920/30 a Europa foi palco de violento confronto entre o Comunismo Revolucionário e o Contra Revolucionário Nazi-Fascismo. No Brasil,  ainda que até 1935 restrito ao campo das ideias, ocorria confronto semelhante → duas Frentes Políticas, a Aliança Nacional Libertadora- ANL, comunista,  liderada por Luís Carlos Prestes e a Ação Integralista Nacional-AIN, fascista, liderada por Plinio Salgado. 

A infiltração destes dois movimentos no Exército uma  realidade inquestionável, ambos usufruindo de surpreendente liberdade  de ação.

A Intentona Comunista em 1935 sacudiu a "Corporação" criando um marco ideológico que mudou o paradigma em vigor. A ação comunista foi estigmatizada, ato hostil e covarde, alta traição não cabendo a partir de então tolerância alguma para com o comunismo. 

As ações dos revoltosos de 1935, ao contrário do que havia ocorrido com as dos de 1922 e 1924,  foram criminalizadas, os autores duramente punidos e afastados definitivamente do Exercito.

A  “Corporação“  reduziu o grau de tolerância que mantinha em relação a desvios de sua ideologia política,  conservadora, democrata liberal, ordeira e avessa à luta de classes,  procurando evitar que seus quadros se afastassem dos seus valores históricos. A partir de então o Exército constituiu-se no mais inflexível adversário da ideologia e dos métodos  comunistas ( Historia do Exercito Brasileiro, EME, III Volume).

Esta atitude prevaleceu e esteve presente nas cinco décadas seguintes mas não conseguiu evitar  novas cisões no seio do Exercito. Aquelas mantidas  dentro de limites de tolerância que posteriormente e na pratica revelaram ter sido aceitáveis foram assimiladas, as que extrapolaram  limites tiveram consequências graves.  

Foram assimiladas pela “ Corporação “ cisões como as Disputas no Clube Militar entre Azuis, democratas liberais e Amarelos, nacionalistas intervencionistas, o  11 de Novembro  1955, a Legalidade 1961,  mas não a Revolta dos Sargentos 1963,  a Assembleia dos Sargentos no Automóvel Clube 1964, as Ações de Lamarca 1968 que tiveram graves consequências

Dentre as não assimiladas, as duas  primeiras, serviram de estopim para o Movimento Militar 1964 e a terceira para o endurecimento do Regime. O refinamento ideológico iniciado em 1935 foi concluído depois de 1964 com direitos cassados, expulsões, demissões, em casos menos graves transferências compulsórias  para a reserva, promoções ou preterições “ politica e seletivamente orientadas “  e o Movimento 1964 extirpou da “ Corporação “   elementos que pudessem se identificar com  desvios em relação à  linha central de pensamento da maioria. 

Presentemente o Exército enfrenta não somente desafios ideológicos, mas também desafios de outra natureza. Seus valores mais caros, “Preservação da Unidade Nacional, Respeito, Hierarquia,  Disciplina” e sua própria “Destinação“ são questionados diariamente com ampla cobertura e apoio da Midia sem que se perceba reação. 

Para  onde estará  voltado o Pensamento Militar ?

Na busca de identificação de novos inimigos do Brasil?  Não faltam.

No plano interno e começando com alguns não tão novos →  Desigualdades  Sociais,   Desigualdades de Renda,  Carências de Educacionais,   Falta de Oportunidades de Trabalho , Abandono das Populações do Interior,    Saúde Pública Deficiente, questões que em 1924  já  constavam da agenda política dos Tenentes.

Podemos acrescentar alguns mais recentes → Falta de Segurança nas Regiões Urbanas, Crime Organizado, Corrupção Generalizada,  Atraso Cientifico e Tecnológico,  Inexistência de um Programa Nuclear Efetivo, para fins e aplicações pacíficas  que já são inúmeras, Inexistência de um Programa Espacial Efetivo e varias outras Inexistências.

No plano externo, ONG’s Internacionais, Discurso da Inglaterra em relação às Malvinas, o mesmo que vai ser usado em relação às áreas indígenas brasileiras a ao Pre Sal, as Ações USA/OTAN, a insegurança criada pela mudança de polaridade do vetor Dependência Externa, enquanto no Século XX a dependência vital era em relação às importações, principalmente  as de petróleo, no Século XXI a dependência será em relação às exportações, principalmente as de petróleo.

A 4ª Frota continua no mesma latitude, em condições de bloquear a rota para a Ásia e então talvez venha a ser necessário encontrar um novo Caminho para as Índias.

E ainda uma oposição que não percebendo nada disto, tem interesse apenas nas emendas do filho do Ministro tal, em saber se o outro viajou com o empresário qual ou se sabia que o outro não sabia...

Tenham paciência!

(*) Miguel Teixeira de Carvalho é Coronel EB e já está reformado

 

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