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cronicas-->O Vazio da existência I - mscx -- 29/09/2002 - 12:37 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O V A Z I O DA E X I S T Ê N C I A
maria do socorro xavier

É tão grande, mesmo num mundo tão barulhento, o vazio
existencial. Cada um trás dentro de si, uma solidão indefinível, um
vazio inexplicável, uma lacuna a se preencher.
O homem tenta preencher sua vida com trabalho excessivo,
estudos, projetos, laser, mas falta sempre algo: o encontro real e pro
fundo do seu próprio eu e entre as criaturas.
Uns utilizam a solidão para se conhecerem melhor. não com
fundamos entretanto privacidade com solidão. Sob a privacidade mer
gulhamos dentro de nós mesmos, sendo isto benéfico para nos reajus
tarmos interiormente. Sob a solidão, este estado tedioso e que ninguém
fez opção por ela, é um fantasma que nos amedronta com seu espectro
de desesperança.
Muitas vezes, tentando afastar a solidão nos aproximamos de
pessoas inadequadas e aí passamos a sofrer duplamente. Não obstante
em outros casos, mergulhamos na solidão, devido a muitos temores: o medo
do novo, a rejeição, medo de ser autêntico, de se expor, de se colocar,de
se aventurar e outros.
O psiquismo humano é impenetrável. Nunca conhecemos total
mente os seres humanos, nunca os compreendemos profundamente, a razão
de suas atitudes levianas, incoerentes e insensíveis.
Como se fazer compreender num mundo tão angustiado, controverso
e cínico? Talvez Sartre tenha razão: " o inferno são os outros". Sempre apon
tamos as falhas de outrem, achando que a humanidade não é tão boa assim...
porém, nós fazemos parte desta mesma humanidade, devemos nos incluir aí.
Canseiras, lutas, desilusões, ruínas, destruições milenares, tem sido
a história dos humanos desumanos em sua solidão coletiva, carente de afeto.
O egoísmo humano ainda é tão primitivo, agudizado pela competição desenfreada do sistema capitalista; parece até os homens pré-históricos lutando por uma caça do mato. Os hodiernos, o fazem mais dissimuladamente, com requintes de hipocrisia.
Muitos dizem: Amigos? - só quando já mortos. Segundo o adágio
popular, "quer ser bom, morra", porque neste estado, já não podem ser mais concorrentes. Em vida, nem sempre se dá o devido valor e acolhimento as pessoas. Parece que se tem medo de se está nutrindo a cobra, para morder depois. Como dizia o filósofo inglês, Thomas Hobbes: " o homem é para o outro homem, um lõbo".
O medo do outro, a falta de confiança mútua, é bem patente nos dias de hoje; isto é inerente ao ser humano e ou principalmente onde impera a desigualdade social, complicando assás os relacionamentos.
Relacionamentos verdadeiros são raros. Quer sejam de amizade, amorosos ou profissionais. estamos muito distantes daqueles moldes pregados por São Francisco de Assis, na histórica Itália.
O homem para ser real e autêntico, ou se isola ou vive a se chocar constantemente ao seu derredor. Solipsìsticamente fica decepcionado com os desapontamentos, ingratidões e atropelos da incomunicação. Desta forma, muitos tendem a contemplar o mundo, sem vivê-lo, na trepidação desgastante de viver "quebrando a cara". No entanto, " quem está na chuva é para se molhar". Sem amor a vida, as pessoas, as causas, a existência, torna-se ainda mais vazia, niilista. Portanto não podemos abdicar de conviver com as pessoas e tentar seguir o sábio Sait Exupéry:" O essencial é invisível para os olhos... só se vêr bem com o coração"...
O homem , sob um caos múltiplo e profundo tem procurado várias
tábuas de salvação, diversos derivativos. Será esta busca incessante atual das pessoas por religiões várias, a ànsia de preencher este vazio e assim obter respostas ontológicas para as enigmáticas dúvidas do Universo?
Sob a solidão (isolamento) recalcamos nossos temores, ousadias e ansiamos de angústia.

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