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Artigos-->A escolha de Sofia -- 09/06/2013 - 15:09 (Tom Coelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


“Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você.”(Steve Beckman)



 



No mundo corporativo de hoje os profissionais são constantemente colocados à prova mediante dilemas que lhes são apresentados. Por exemplo, o que fazer quando a empresa exige tanto do executivo que ele tem que escolher entre a vida pessoal e a profissional?



Primeiro, vamos compreender o que é um dilema. Etimologicamente, trata-se de uma decisão entre duas alternativas contraditórias e mutuamente insatisfatórias. Você quer as duas coisas, mas só pode optar por uma. A escolha é tensa, árdua e, por vezes, dolorosa.



Em 1982, o diretor norte-americano Alan J. Pakula, à época já consagrado pelo filme “Todos os homens do presidente”, que narrava a investigação do caso Watergate, comandou Meryl Streep e Kevin Kline na obra-prima “A escolha de Sofia”. O filme contava a história de uma mãe polonesa que durante a Segunda Guerra Mundial é forçada por um soldado nazista a escolher um de seus dois filhos para ser morto sob pena de ambos serem executados – um autêntico dilema.



De volta às empresas, quem disse que carreira e vida pessoal são faces de uma mesma moeda que não pode manter-se em pé? O equilíbrio, do latim aequilibrium, remete à manutenção do mesmo nível (aequus) das balanças (libra). Em suma, conciliar vida pessoal e profissional não é uma escolha de Sofia!



É importante compreender que estes dois universos são indissociáveis, ou seja, não há como separar um do outro, acreditando que o profissional, ao adentrar os domínios da empresa, deixará do lado de fora problemas como um filho enfermo, contas atrasadas ou relacionamento conjugal em crise, dedicando-se integralmente às metas corporativas com plena produtividade. 



Decerto há momentos que nos exigem esforço e dedicação superiores. Horas de trabalho que avançam pela madrugada, por dias sucessivos, regadas a fast food e breves cochilos, negligenciando a família e os interesses pessoais. Tudo para concluir um projeto, desenvolver um produto ou conquistar um novo cliente. O problema ocorre quando um evento circunstancial como este se torna rotineiro.



Se você é solteiro ou está em início de carreira, é possível que aceite de bom grado assumir o papel de workaholic imposto pela empresa – ou autoimposto. E sentir-se feliz e realizado com esta opção.



Porém, se as demandas corporativas estão além do que você gostaria, trazendo-lhe desconforto, assuma as rédeas da situação. Trabalhe com afinco durante sua jornada, aprenda a delegar tarefas operacionais e demonstre ao seu empregador que não é a quantidade de horas, mas a qualidade das horas trabalhadas o fator determinante para seu bom desempenho e o sucesso da organização.



Procure dialogar com seu superior hierárquico, determinando uma agenda positiva, capaz de atender expectativas da empresa e contemplar seus interesses pessoais.



Porém, se ficar claro que a corporação na qual você está tem perfil patológico ou é liderada por pessoas que não enxergam nada além da última linha do balanço – apesar de toda uma retórica voltada à motivação e incentivo à qualidade de vida – considere buscar uma recolocação no curto ou médio prazo.



Lembre-se de que sua escolha não deve ser entre a vida pessoal ou profissional, mas entre ser feliz ou infeliz.



 



* Tom Coelhoé educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

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