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Artigos-->DIFERENÇAS ENTRE O HOJE E A HISTÓRIA -- 13/05/2013 - 16:48 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






 DIFERENÇAS ENTRE O HOJE E A HISTÓRIA



 



            Francisco Miguel de Moura – escritor, membro da Academia de Letras



 



 



O cronista, o articulista, o jornalista fazem a crônica do dia-a-dia. Se estivesse escrevendo poemas, eu poderia muito bem fazer um trocadilho: “A CRÔNICA DO DIA ADIA”. Há alguém que acredite nas versões colocadas a público sobre quem matou a Fernanda Lages?  O povo aponta, o povo é inteligente, mas não pronuncia o nome ou os nomes. Porque teria que ser através de um cronista, articulista ou jornalista (o anonimato não vale). E quem deles vai morrer por isto?  Poderá morrer no dia seguinte por um tiro pelas costas ou qualquer outra maldade – que ninguém vai saber de onde provém. Os grandes já sabem, Governo, Polícia, Justiça – e todos, como em tácito acordo, calam. Calam porque ninguém quer imolar-se.  Um fato, uma história adiada talvez para séculos e séculos à frente, quando ninguém mais dos de hoje viver.



Assim, torna-se difícil escrever. Até mesmo outro crime muito antigo e semelhante - o ainda lembrado “crime da doméstica”, de 1970 aproximadamente, cujo crime não foi dela (ela é que sofreu o crime). Assassinato feroz, em seu próprio quarto de dormida, tendo-lhe sido rasgados, retalhados seios, boca e sei mais lá que outras partes do corpo. Por quê?



 A história do homem é feita de guerras e mais guerras, de crime e mais crimes – crimes especialmente contra a vida, a liberdade, a saúde, a segurança e o patrimônio público e/ou privado. O Código Penal deveria ser a nossa Constituição como cidadãos do mundo. Mas o nosso Código Penal está tão velho que já não merece fé, pois a sociedade “evoluiu”. Eu diria que, em determinados casos e muitos acontecimentos, a sociedade “involui”. Que adianta a ciência esbaldar-se para curar doenças e prolongar a vida em condições favoráveis, quando se sabe que todo dia se mata, saqueia, seqüestra, incendeia, agora muito mais por causa da droga? Ou por nada.



Mas dizem que ela também é mestra. Karl Marx escreveu que “a única ciência que existe é a História, nela é que as outras vão beber”. Como também dizem os derrotistas que “o que a gente sabe é que com a história não se aprende nada”, pois os erros se repetem milenarmente.   



Mas vamos lá, não sejamos tão derrotistas, sem alguns exemplos dela, do passado. Nosso passado é ocidental, assim vêm aí os Estados Unidos e a França, baseados na crônica de J. R.Guzzo, “Veja” (1º/5/2013), aqui reescrita, para resumir, o que o colunista de VEJA escreveu:



- Lincoln acreditava na superioridade da raça branca, era, portanto, um “escravagista”. E apresenta suas ideais aos 49 anos, em 1858, dois anos antes de eleger-se presidente dos Estados Unidos. Inicia no ano seguinte a guerra contra a separação dos Estados do Sul, que pretendiam manter a escravidão. Resultado: 600.000 mortes, entre 1861 e l865. Nesse tempo, recusou a proposta de paz oferecida pelos Estados americanos do sul, que não queriam mais combater, mas queriam manter a escravidão. normal">“O essencial”, teria dito Lincoln, “não acabar a guerra, porém acabar a escravidão”.  Mudara de pensamento. Veio a morrer assassinado por um “escravagista”, logo após a vitória da sangrenta guerra.



Na França foi  Robespierre, personagem símbolo da Revolução Francesa. Ele comandou o chamado “Governo do Terror”. Até agora ninguém sabe quanta gente mandou para a guilhotina, entre julho de l793 a julho de 1974; fala-se de 40.000 a 50.000 pessoas. Mas, depois disto, ele propôs à Assembléia Nacional a abolição da pena de morte. Contudo foi ele a última cabeça a rolar no instrumento por ele mesmo criado – a guilhotina.



J. R. Guzzo conclui, assim, citando-o integralmente: “Uma das possíveis lições disso tudo é que entre idéia e atos há mais coisas do que sonha a nossa vã filosofia – e que a prudência aconselha a julgar os homens menos pelo que dizem e mais pelo que fazem (...) Atirar primeiro e pensar depois pode acabar dando nisto: Abraham Lincoln vira um sórdido racista, e Robespierre, um campeão dos direitos humanos”.


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