Usina de Letras
Usina de Letras
152 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Relembrando o caso da soja -- 02/12/2003 - 21:46 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A SOJA E O PRESIDENTE
(por domingos oliveira medeiros)

A medida provisória
De caráter permanente
Assinada no escuro
Não se fez clarividente
Muita gente reclamando
Outro tanto apoiando
No final, sobra pra gente

Alguns dizem que a medida
É inconstitucional
Ela não levou em conta
O impacto ambiental
Exigência já prevista
Afirmou o bom jurista
Na legislação federal

E tem mais coisa escondida
Na medida tão falada
Autorizando o plantio
De soja não-licenciada
O governo se deu mal
Pratica um ato ilegal
De maneira disfarçada

Contraria a Convenção
De cunho internacional
Assinada em Estocolmo
De defesa ambiental
E da biodiversidade
Assinada na cidade
Que foi nossa capital

A convenção discutida
Lá no Rio de Janeiro
Ano de noventa e dois
Onde o Brasil altaneiro
Assumiu o compromisso
De não se tornar omisso
Seria ele o primeiro

A zelar pelo planeta
Combater a poluição
E tudo o mais necessário
Para a população
Para o meio ambiente
De maneira permanente
Sua nova e grande missão

Mas a coisa andou pra trás
Não houve qualquer discussão
A medida assinada
Desconsiderou a questão
Complexa da transgenia
Sujeita à pirataria
E à falsificação

O enfoque está errado
E a única garantia
Foi o homem preterido
Pela tal da Economia
Interesses por dinheiro
De governo e fazendeiro
Inverteu-se a primazia

Pensou-se mais na receita
Da pauta de exportação
O país bem precisado
Desse produto em questão
Do lado do fazendeiro
O pensamento primeiro
Os ganhos na produção

Fez-se ouvido de mercador
Ao que disse o cientista
Sobre os males possíveis
De cunho ambientalista
Ainda não há garantia
Dessa tecnologia
Afirmou o ecologista

Até porque, é sabido
O mundo tá complicado
Cada vez aparecendo
Produto falsificado
E não adianta prever
Se alguém vier a morrer
Que o produtor é culpado

Conforme o artigo oitavo
Para ele é transferido
A responsabilidade
Por qualquer dano havido
Ao homem e ao ambiente
Pelo uso decorrente
Do que foi modificado

Na prática, esse governo
Desse modo reconhece
Que a medida é lesiva
Talvez, por isso, ele apresse
Sua pronta aprovação
Em prejuízo da razão
Que a todos entristece

A questão não é relevante
Nem sangria desatada
Pra merecer tanta pressa
Decisão precipitada
Se vier o indesejado
Chorar leite derramado
Não adianta mais nada

Vamos ver se o Congresso
Modifica a decisão
Rejeitando a medida
Evitando a confusão
Não há, ainda, consenso
É um caso de bom senso
Essa é minha opinião

É preciso ter em mente
Até remédio estrangeiro
Foi aqui falsificado
E o pobre do brasileiro
Doente e desempregado
Toda vez é enganado
Até pelo companheiro

O Lula, quando em campanha
Para ser o presidente
Era contra a medida
Estava do lado da gente
Mas depois que foi eleito
Mudou de pronto o conceito
De forma inconseqüente

Mudou da água pro vinho
Político modificado
Fez a sua transgenia
O presidente clonado
Vive agora viajando
Igualzinho ao Fernando
Deixando o povo de lado

Logo ele, quem diria?
Liderança cultuada
Foi só mudar de poltrona
Não se lembra mais de nada
De paletó e gravata
Diz que tudo foi bravata
Geneticamente alterada


































Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui