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Ensaios-->Esqueçam que vocês são militares -- 29/04/2011 - 12:01 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Esqueçam que vocês são militares

José Geraldo Pimentel (*)

Esta frase é uma analogia à ordem emanada pelo comandante do Exército: “Esqueçam o dia 31 de março de 1964”. Os ‘disciplinados’ recolheram-se à sua insignificância, deixando quantos compareceram aos eventos programados para serem realizados no dia 31 de março de 2011, sem darem explicações. Simplesmente postergaram as palestras!

Poucos comandantes de unidades levaram adiante a solenidade prevista para o dia 31 de março, discursando normalmente, sem apelos a golpes e quebra da ordem institucional. Comemoraram uma data história que faz parte do calendário nacional.

Os menos afeitos à atitudes saíram com a desculpa esfarrapada de disciplina militar.
- Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Diz o ditado.

Vencemos a batalha, mas nos foram negado o direito de comemorá-la. Os derrotados ditam as ordens, e os militares, acovardados, obedecem diante da imposição do arbítrio.

Essa regressão aos acontecimentos do dia 31 de março passado, o faço em função do estrago que a novela veiculada pela TVS, “Amor e revolução”, vem causando nos quatro cantos do país.

Hoje quando apresentei o cartão de crédito e a identidade militar para pagar as compras num dos caixas do supermercado Carrefour, no NorteShopping, localizado na Avenida Suburbana, a atendente ao olhar para a minha identidade falou em voz alta:

- Você é militar! Capitão! Ministério do Exército!

Escutei a frase com orgulho. Mas que nada! Logo a senhora dizia que os militares foram uns monstros durante os governos militares.
- A novela do SBT vem mostrando as barbaridades praticadas pelos militares! Gritou a caixa.
Eu tentei rebater, querendo mostrar que a verdade era mostrada só sob uma ótica, que se escondiam as atrocidades praticadas pelos terroristas.

Logo outra cliente, que estava atrás de mim, fazia coro, acusando os generais.

- Os generais comandavam verdadeiras barbaridades! Eram uns monstros! Viram a mulher sendo afogada pelo militar! Mas hoje, graças a Deus, esses assassinos não podem praticar mais aquelas atrocidades.

- Desculpe, capitão. Mas vocês deixaram a desejar!

Deixei o supermercado possesso. Mas não culpava a caixa e quantos na fila me olharam com cara de desprezo. ‘Assassino!’ A TV estava mostrando um lado perverso das Forças Armadas. A produção do seriado soubera explorar uma guerra suja que era mostrada só sob uma perspectiva que visa desconstruir a credibilidade da instituição militar.

Por pouco não enfartei. A minha salvação que antes de sair de casa tomara a medicação para o controle da pressão alta, Angipress, e, por me sentir também estressado, tratara de me acalmar ingerindo uma drágea do fitoterápico Passiflorine. Na volta eu apelava para mais um comprimido de pressão alta e a esposa agilizava, às pressas, um chá de erva cidreira!

- Dessa vez eu viro um presunto, e não vou saber me explicar a São Pedro de que morri!’ Pensei, angustiado.

Nunca me senti tão injuriado na vida; só passando por situação semelhante quando um generalzinho covarde, bajulador, se atreveu me chamar de subversivo. Ele agora passou para a reserva e vai virar macho. Não irá mais olhar para a platéia com cara de babaca; e não saber como explicar porque deixava de pronunciar a palestra anunciada para o dia 31 de março de 2011. Logo ele será visto de braços dados ao ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, encantando o país com longas palestras alertando sobre o perigo que é a homologação de terras indígenas ao longo de nossas fronteiras, e o ‘cumpanhero’ explicando o que vêem a ser cotas para privilegiar negros e índios ao acesso às universidades, bolsa-presídio, cota que beneficia professor homossexual na rede pública de ensino, kit boiola para uso preventivo pelos menos prevenidos, uso do cartão de banco da Caixa Econômica Federal, franqueado a mendigos, etc. No início e término de cada palestra uma demonstração de boa convivência entre desafetos fraternos, trocando uma pitoca nos beiços (selinho), à moda ‘Hebe Camargo’!

Não sou dos que são pisados, e dois dias depois são vistos confraternizando com o agressor, dando tapinhas nas costas e bebendo uma dose de uísque! Esse tipo de comportamento dúbio é coisa de gente cujo caráter é usado para secar sujeira no chão.

Os tempos mudaram. As lideranças militares estão desaparecendo. O que se tem visto é o recomeço de um novo tempo. Um tempo de homens pulhas, covardes, frouxos, bajuladores, medíocres, que não sabem o que é ter atitude. São incapazes de abrir a boca para pronunciar uma palavra de desacordo. ‘Disciplina’, justificam os substratos da bosta do cavalo do bandido!
E aparece um comandante militar que enaltece a criação da Estratégia Nacional de Defesa que veio para apequenar as autoridades militares, transformando ministros militares em comandantes militares e, depois, em simples meninos de recado subalternos a um chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas.

Se fizer uma análise lombrosiana desses personagens, do que restou de chefes militares, vê-se um comandante da Marinha com cara de gozador, olhando para o ex presidente da república, como querendo dizer: ‘Ele é estadista na casa da Maria Joana!’ Um comandante da Força Aérea com cara de garotão que ganha um presentinho no Natal, e imitando o padre Antônio Maria, não desgruda de seus dois protótipos de aviões de madeira. ‘Esses aviões estão sendo construídos pela Embraer para serem usados no transporte dos nossos ministros’, diz aos amigos. Um comandante do Exército que está mais para um eunuco, assustado, com cara de branquicela de olhos azuis. A única coisa que sabe fazer é colocar na reserva os colegas que se atrevem a protestar contra os desmandos do governo. Mija para baixo, e apara mijo que vem de cima!

De qualquer forma, entre ser um ‘subversivo’, e um covarde, prefiro a primeira hipótese. Se tivesse agido como um subversivo, no entanto, não viveria a situação de aperto financeiro, que todos nós militares amarguramos. Os covardes estão aí se beneficiando de mordomias ao passarem para a reserva. Um cargo num organismo internacional. Uma vaga em uma diretoria de estatal, e o convívio com os canalhas que governam o país.

Estes bajuladores militares podem não compartilhar dos lautos jantares que os comuno-petistas realizam nas noites brasilienses, mas lambem os restos de comida nas panelas onde são preparadas as iguarias. São por definição do Dicionário Aurélio, umas amebas; protozoários que se alimentam de restos de comida (parasitas, comensais).

Moral da história. Quem não tem carteira de identidade civil, que trate de tirá-la o quanto antes. O linchamento acontece em qualquer lugar, até dentro de um supermercado!

Identificar-se como militar hoje em dia, é uma temeridade.

- Identidade, seu moço. Ordena o assaltante no sinal de trânsito.

Se o sujeito for um policial ou militar das FFAA, morre com um tiro na testa.

Culpados? Somos nós que toleramos a marginalidade, a começar quando elegemos e reelegemos essa malta de marginais que atentaram contra as instituições democráticas, assaltaram bancos, seqüestraram embaixadores, justiçaram inocentes e seus próprios companheiros quando ousavam desligar-se do bando, praticaram atos de terrorismo em aeroporto e porta de unidade militar. Uma dessas lideres é eleita presidente da república. No Dia do Exército faz um elogio à Força, no dia em que se comemora a Inconfidência Mineira, se volta contra as FFAA, discursando em alto e bom som:

“- Na nossa história, muitos tiveram que se exilar por desejar também liberdade e democracia”.

Antes dissera:

“A sociedade brasileira tem plena confiança na eficiência dos integrantes da força terrestre. Os valores que lhes são inerentes - patriotismo, profissionalismo e dedicação - fazem dessa instituição uma fonte permanente de orgulho para o país”.

Os chefes militares tomados da Síndrome de Estocolmo, enchem o peito da ex terrorista com as insígnias mais expressivas da instituição militar.

Eu os acuso. Vocês são uns estrumes, não honram as calças que vestem.

Um desses falsos líderes militares disse que a tropa é o reflexo dos chefes militares. Engano. Nós da tropa, somos muito melhores dos que os senhores. Vocês são o lixo da História!

Na solenidade do Dia do Exército, em Brasília, percebeu-se que as autoridades militares são discriminadas a olhos vistos. O comandante do Exército foi a única autoridade militar vista na primeira fila, mas a uma distância razoável da presidente da república. Os comandantes militares da Marinha e da Força Aérea foram segregados na segunda fila.

Essa situação esdrúxula lembra o cerimonial da festa onde o presidente dos EUA, Barack Obama, fez uma palestra para empresários e ministros brasileiros. Todos os convidados tiveram de passar pelo vexame de serem revistados por um detector de metal pela equipe de segurança do presidente americano.

- Abre as pernas, coração. Quero ver se esconde alguma arma de fogo!

Não escapou nenhum dos convidados. Se alguém flagrou uma autoridade militar no evento, pode estar certo que o pulha arriou as calças para ser inspecionado!

Se a vergonha deixou de ser um traço do caráter, os nossos comandantes militares estão dentro do figurino! Substituíram a vergonha pela bajulação explicita! Um mimo que dá rendimento no futuro.
Na farta distribuição de medalhas no Dia do Soldado, 257 condecorações, só em um único dia,- até a ministra chefe da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, senhora Maria do Rosário Nunes, a paladina que batalha no Congresso Nacional pela aprovação da Comissão Nacional da Verdade, ‘Comissão da Calúnia’, como denunciou o general Santa Rosa,- recebeu uma medalha pelos ‘relevantes serviços prestados ao Exército e à nação’.

Tentar desconstruir a verdade e enxovalhar a instituição militar, é ‘prestar relevantes serviços ao Exército’. Só na cabeça de uns degenerados, melancias,- militares que vestem um uniforme verde por fora, e carrega outro vermelho por baixo,- poderia conceder essas honrarias.

Tem chefe militar, que por falta do que fazer, se passa por expert em moda.

- Senhor capitão Pimentel, me dê um segundo de sua atenção. Quero fazer um comentário sobre o visual da ‘cumpanhera Dilminha’. Ela estava um encanto na solenidade do Dia do Exército, em Brasília. Viste! Chiquérrima com aquele tailleur bege, sapatos de salto curto. Tailleur é a maneira de dizer, pois não usava saia! Mas parecia uma menina moça. O que não apreciei foi ver a calça colada no corpo, entrando nas nádegas. Sinceramente, preferia que usasse uma roupa mais apropriada para mulher. Um vestido cairia bem! Ela ficou maravilhosa sentadinha, bem comportada, dentro daquele blindado! E eu babando na porta, olhando a bandidona!

- Concordo, senhor general. Chega de mulher feia nas cercanias da Presidência da República. Eu aconselharia à senhora Dilma Rousseff a cercar-se mais do sexo masculino. Esse negócio de ter ajudante de ordem, segurança, governanta, copeira, etc., tudo mulher, não causa boa impressão. A presidente não faz parte do rol das mulheres menos atraentes. Pelo contrário. Necessita apenas de um trato no visual. Um pouco de ginástica, uma alimentação controlada e... a presença masculina ao seu lado. Ademais, nenhuma mulher ajuda outra mulher! Troca a ajudante de ordem por um cabra da peste. Um tenente macho! Manda vir de Curitiba o cabeleireiro da ex primeira dama. Contrata um maquiador para cuidar de seus cabelos e pele. Um corte de cabelo moderno. Uma pele bem tratada. Uma roupa feminina. E aquele corpinho sarado para nenhum homem botar defeito! Ops, virei conselheiro de madame!

- Falou, camarada!

- Sem exageros, senhor general. Nada de ‘camarada’! Oxente, gente!

- General, a senhora Dilma Rousseff é das tais que morde e assopra. Enquanto elogia a conduta do Exército, em um dia, no outro compara os terroristas aos mártires da Inconfidência Mineira, e não se esquece de apoiar a criação da Comissão Nacional da Verdade. Neste ponto imita a ex presidente do Chile, que não apelou para a mudança nas leis, só deu o seu aval para que o Congresso atuasse sem interferência do Executivo. E os militares que participaram da luta armada no país dos Andes caíram como uns anjos nas mãos da Justiça. Os colegas de farda não saíram em sua defesa. Como não irão sair os militares brasileiros. Quem for enquadrado pela Comissão Nacional da Verdade vai apodrecer no xadrez!

Os generais brasileiros estão sofrendo do ‘mal da vaca louca’! São machos até colocar uma ‘gemada’ (promoções a general) no ombro. Depois é só cuidar de si, e que o resto se dane! Colegas punidos, não é problema deles. ‘Eu não fiz parte da revolução!’ Reajuste salarial, não combina com seu estilo. Estão bem de vida! Querem mesmo é garantir uma boquinha quando passar para a reserva!

Essa posição ficou clara na Ordem do Dia do Comandante do Exército, que fez uma explanação sobre o histórico do Exército, mas passou ao largo da data da Contra Revolução de 1964.
É o corpo de espírito (espírito de porco) do Exército brasileiro! O Exército do Povo Brasileiro, aliás, como está sendo conhecido atualmente!


(*) José Geraldo Pimentel - Capitão Reformado do Exército Brasileiro

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2011.


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