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Poesias-->Um poema para mim -- 07/03/2003 - 21:12 (Adriano de Mesquita) |
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Tantas incertezas...
Tantas angustias e medos...
Ai, quanto pavor de tudo e de mim...
Oh angustia de saber
O que eu poderia ter sido
E não fui...
Eu poderia ter sido tanta coisa!
Sonhei em ser tantos outros...
Mas não!
Sou justamente quem nunca pensei ser!
Sou quem nunca sequer supus que seria!
(... penso...)
Creio que não sou nem quem suponho ser,
Pois, ainda que eu saiba quem não sou,
Não admito ser o que foi feito de mim.
Mas... feito de mim?
Que foi feito de mim?
Que fiz de mim?
Não sei.
Foi um acordar maldito, em má hora.;
Um despertar na madrugada fria de mim,
Da dormência que eu tinha de mim
(Eu que já me julgava acordado).
Subitamente algo me estalou a mente,
E, assustado, em meio sono, me olhei,
A quando me vi, me vi outro...
(Mas que outro?
Não sei, outro qualquer que não julguei que seria).
E olhei para traz de mim e não me reconheci.;
E pensei em mim e não me lembrei de mim.;
E me chamei pelo nome e não me atendi.;
E me perguntei por mim e não me disse nada.
Acordei...
Apenas acordei,
Desperto e lúcido, doido e convulso.;
Parado no vazio de ser.;
Perdido no vácuo de existir
E corado pela vergonha
Do que fiz de mim.
22/04/02
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