Quando mais mergulhada,
Estou no seu mistério,
De nave de outros mares,
Que ancorou junto aos cais de minha vida.
Viestes de distâncias ignoradas,
Correstes solidões adormecidas,
Como algo estranho, que ancorou,
Junto ao cais de minha paixão...
E os ventos que o trouxeram, já pararam...
As ondas remotas que sulcastes,
Entre águas verdes...
E espumas brancas do mar...já desfaleceram.
E ficaram perdidas noutras noites.
E as estrelas sem fim que iluminaram
Já não existem ... Já não as vejo,
Já se apagaram...
Viestes de distâncias ignoradas,
E ficaste á sombra.
Sim... á sombra do meu silêncio.
E, aqui sobre a água mansa e recolhida,
Sobre o sol que aqueceu...sobre as areias...
És a sugestão indefinida,
De tudo o que em meu ser,
Ficou distante de minha vida.
E quando me supões,
Mas ausente , de alma diluída,
Na infecunda tristeza de mim mesma,
Num dia qualquer...Só,
Pensando...
É , quando mais sonho,
Com você, DESCONHECIDO MISTERIOSO .
LEINECY PEREIRA DORNELES |