Percebo nitidamente, que estou só.
Sentada ao lado de mim mesma,
Estou só...
Sorvendo lentamente a solidão,
De ser só.
Estou curtindo, tranqüilamente,
Serenamente,
O silêncio, de sentir-me só!
Posso sentir o silêncio,
Do pensamento a ausentar-se,
Para deixar-me, completamente só
E, sem um pensamento seguer,
Posso dar asas, a minha imaginação.
De ser tremendamete só
Assustadoramente só,
Tranqüilamente só !
E, sem um pensamento seguer,
Posso dar asas, a minha imaginação.
De ser tremendamente,
Tranqüilamente,
Assustadoramente só!
E estando só,
Posso dar asas, a minha imaginação.
Posso sonhar... Iludir-me,
Dar formas a minha imaginação...
Permito que meus olhos,
Como borboletas esvoaçantes,
Pousem em mil sonhos , multicores.
Permito-me, dar as mãos aos imprevistos,
Deixo que o ocaso fantástico,
Cristalizarem-se, no inconsciente!
E fico só, abraçando o nada...
Pensando ter tudo...
Mas sentindo-me terrivelmente,
Assustadoramente só !
E fico no silêncio do nada,
Olhando o longe,
De como estou só...
AO LADO DE MIM MESMA, SÓ !
LEINECY PEREIRA DORNELES |