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Ensaios-->ALUCINAÇÕES (ENSAIO POÉTICO) -- 19/08/2010 - 13:38 (FERNANDO PELLISOLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Insólitas sensações oníricas administram o meu caminhar escorregadio, onde me vejo transladado ao caos absoluto dos sonhos irrealizados... Impressões enigmáticas estraçalham a minha carruagem das ilusões, repassando a viagem transcendental como uma possível solução para os meus planos desamparados... Insuperáveis angústias atrelando os meus pensamentos mediúnicos, vibrando os meus agonizantes dilacerados; onde a minha lucidez toma a iniciativa entrelaçando-se com o azul da minha loucura extremamente profunda, estrábica e cavernosa... Suspiros madrugadores arremessam a minha suposta infelicidade aos escombros enegrecidos das solidões nefastas...
Onde estão às paisagens psicodélicas das minhas pinturas Livre-expressionistas, cerzindo as lágrimas de sangue da minha cortesia manhosa? Os meus desamores - influências indeléveis da ignorância artística sobrepõem aos meus suplícios nevoentos... Amortecidos pelos ideais materialistas, eles não conseguem penetrar nos subterfúgios do meu subconsciente desperto; onde fabrico os meus subsídios criativos, mantendo-me iluminado no caos... E os caprichosos segredos das madrugadas impolutas atravessam as minhas emoções viscerais de pontas agudas... E os desdobramentos das constelações empíricas, analisadas cotidianamente pela pressa do saber, ilustram os meus diabólicos sentimentos enegrecidos no tédio... Montanhas de desilusões operam os meus olhos azuis-esverdeados, denotando um oceano de tristezas escarpadas; assimilando uma imperecível saudade de épocas menos turbulentas... Azulecentes desejos artísticos prevalecem no meu ser imbuído de revolucionar o ser social...
Maldições irreverentes dispersam a minha suada concentração psicológica, anotando inverdades sutis que insistem em me sorver ao abismo das alucinações maquiavélicas; protagonizando o influxo das contradições envernizadas no ópio da religiosidade... As mansões do infinito não estabilizam as ventanias mirabolantes da minha vida estigmatizada, propiciando os carrosséis de devaneios dos meus dias desasados e dramáticos... Atormentações indescritíveis imobilizam as minhas expectativas dos deslumbramentos poéticos, extrapolando os meus instintos animalizados fetichistas... Cobaia é o que sou de um destino desequilibrado, entorpecido de desejos insaciáveis que não podem ser incendiados pelas paixões negadas...
Aglomerações de espíritos maus (do plano espiritual) permanecem rodeando a minha imagem lúdica, impedindo a minha manifestação das inefáveis partituras de composições insufladas no amor espiritual... E os pensamentos negativos são cavernas obscuras antagonizando os meus sacrifícios da bem-aventurança humanística... E os reflexos medievais da Inquisição clerical atordoam o meu espírito vanguardeiro e revolucionário, como se o fogo das fogueiras católicas derretessem a minha figura corporal... Enquanto eu sofro dos males das expiações terrenas, a saudade que eu tenho de um grande amor carioca é o meu maior alucinógeno inquebrantável de torturas irremediáveis... Favorecimentos dos meus mentores espirituais são estrelas-guias a iluminar os meus caminhos sinuosos, repletos de pedregulhos aguçados prontos a me derrubar dos sonhos... Sou um grande sonhador e alimento o meu espírito de idéias revolucionárias, ainda que a doutorada burguesia desacredite nos meus ideais ecomunitários, supondo que eu seja apenas mais um louco, mais um fanático...
As minhas alucinações (tenham a certeza) não são alucinações esquizofrênicas; mas são protuberâncias de um paranormal mediúnico, confinando o meu cérebro ao distanciamento do cotidiano normal: silencio as minhas vozes cotidianas em prol das minhas vozes extracotidianas... E a resultante desta energia paranormal é um ser humano literário e artístico extraordinário, ainda que o meu tempo não possa perceber os mistérios da genialidade... Substâncias químicas diferenciadas apropriam-se do meu aparelho mental, imobilizando a normalidade, tanto que os psicanalistas Freud e Lacan (se estivessem vivos) não poderiam explicar os fenômenos da minha anormalidade pellisoliana... Mas os brotos da minha filosofia crescem multicoloridos, como se fossem borboletas coloridas pousando nos jardins da iluminação subconsciente...
As minhas alucinações são distúrbios orgânicos e inorgânicos de um pensar muito acelerado, que me faz raciocinar muito mais rápido que a média dos intelectuais, que me impulsiona a um futuro longínquo – bem distante deste tempo conturbado da pós-modernidade... E os balões dos meus sonhos ecomunitaristas voam aos céus infinitos da minha mentalidade mediúnica, equacionando a intimidade do ser social, os seus conflitos e a sua possível liberdade ecomunitária, numa época ainda distante... Que as luzes celestiais iluminem as cavernas obscuras do meu subconsciente; patrocinando a minha arte pungente descomprometida com o tempo presente, infiltrada que está nas solidões nefastas de um futuro promissor...






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