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Contos-->O NATAL DO MORTO -- 27/12/2002 - 12:18 (Rose de Castro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O NATAL DO MORTO


Preparei o Natal esperando que seria tudo novo. Esperei e respirei essa verdade. Busquei a alegria do Natal.
Todos sorriam. Todos estavam alegres. O vinho e as taças. A mesa semi-farta.
Eu? Com um buraco na boca do estômago. Ardendo tipo gastrite. Coração mudo. Nulo. Sem perguntas nem respostas.
Não possuo mais idade para acreditar em contos de fadas, mas aguardei o bom velhinho na janela. Esperei o brilho da estrela e só vi cair do céu um mundo de águas. Meu Natal chorava.
Com certeza, com tanta revolta da natureza, Papai-Noel tinha muito mais coisas à fazer, havia pessoas para socorrer e claro, faltou tempo para deixar meu presente aqui em casa. Tanta chuva fora de hora!...
Desisti da estrela e resolvi dormir.
O Bairro explodia em barulhos de garrafas, copos quebrados, cheiro de champagne no ar, música, gritos.
Feliz Natal! Feliz Natal! Feliz Natal!

Uma rajada de tiros, em meio aos gritos de euforia, ecoou lá fora...

... na calçada perto da minha casa deixaram um corpo baleado no meio da madrugada...

Murmúrios. Burburinhos...

E um morto desejando Feliz Natal ao nada.


//


rose de castro
A ‘POETA’
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