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Cordel-->Mingau de milho -- 29/11/2003 - 08:33 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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A propósito do texto, abaixo, que me foi enviado pelo Ênio, respondo com cordel, logo após.

"Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre."

Extraido do livro "O amor que acende a lua", de Rubem Alves.


"Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que esta sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras, a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém. "







Não sou milho de pipoca,

muito menos piruá.

Penetro em grande toca,

sagrada, imenso lar,


onde tempo não tem vez;

o que foi ou que será

dissolvo com lucidez,

pois o que nos liga já


é a presença no Ser,

no Aqui e no Agora.

Ninguém precisa sofrer

com os fatos lá de fora,


nem com males lá de dentro.

Afastando-se da mente,

o Ser ocupa o centro

de quem ficar consciente.


E a paz infinita,

cheia de misericórdia,

irradia e evita

qualquer ponto de discórdia.


Como Lessing perguntou:

"Autores desta Nação,

para quem se enrolou,

devo melhor expressão?"



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