Usina de Letras
Usina de Letras
95 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62264 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10378)

Erótico (13571)

Frases (50653)

Humor (20039)

Infantil (5450)

Infanto Juvenil (4775)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6203)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->A DOR ENSINA A GEMER -- 10/05/2010 - 16:04 (Nicole Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A DOR ENSINA A GEMER

É como dormir uma noite inteira e ainda assim acordar cansada. Você quer levantar, quer andar, quer abrir a janela e ver a luz do sol, mas os olhos pesam, as pernas tremem, a cabeça gira. É uma mistura de frio e calor...

Você ouve vozes lhe dizendo que é preciso buscar forças em algum lugar, mas você não tem a força que é preciso para levantar da cama e buscar mais força, onde quer que ela esteja. E quando a voz vira um vulto que invade o seu quarto, segura a sua mão e começa a lhe falar sobre uma força interior, em silêncio você pensa: “Dentro de mim não há nada, além de confusão e angústia...”.

Todo o resto parece ser anulado, parece estar abafado... Não existe espaço para o amor próprio, nem para o amor próprio, e o sofrimento se transforma na força motora dos dias que se arrastam um após o outro, como uma fila indiana de maus presságios.

Você não quer dormir, mas manter os olhos abertos é tarefa cada vez mais difícil. Você não quer desistir, apenas não consegue continuar. E é aí que você começa a pensar em prédios altos, objetos pontiagudos, cordas e armas de fogo...

E nesse estágio, viver passa a ser qualquer coisa parecida com cortes que sangram por dias a fio... E de repente você se pega desejando que tudo fosse mais fácil, e rápido, inclusive dar um fim à própria vida. Mas nada é. Nunca é. E você finalmente percebe que até para chegar ao fim é preciso sentir dor.


Nicole Rodrigues
© 2006 Biblioteca Nacional. Todos os Direitos Reservados.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui