Ouço "Stranger in Paradise", uma antiga canção que em português significa "Um Estranho no Paraiso". O dia amanhece. O sol, mais animado neste início de primavera, se levanta mais cedo e, depois do frio dos dias passados, traz uma brisa gostosa e fria como prenúncio de um belo dia. Que quero hoje? Não sei exatamente, pois sinto-me como um estranho no paraíso. Inebrio-me na busca do perfeito, do harmonioso, sinto tanta coisa acima do clássico. Partículas numa "Brownian music" flutuam ao redor do sol. Os insights do Congresso Holístico de Floripa me chamam, as cores do nascente se sintonizam com o espiritual. É mais que natural se sentir um estranho nesse nível não-clássico, não-mensurável. Mas as percepções aguçadas irão mostrar que esse é o habitat dos anjos e dos seres mais evoluidos. O real atrapalha nesses momentos e só confunde. Só sei que não quero nenhum tipo de prisão, nada que me segure no clássico mórbido e definhante. Não fui chamado para isso. É a escola desafiante e solitária de Jonathan que me plenifica, que me puxa para cima. Desejos de interconexões extasiantes e não verbalizáveis é o que desejo a todos nesta manhã.