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Poesias-->11. ENSINOS DE KARDEC -- 03/03/2003 - 11:08 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Espíritos formosos vão depressa

Em busca das paragens mais distantes,

Mas, para ser honesto e bom à beça,

Muito hão que auxiliar aos semelhantes,

Sem esperar que o bom Jesus lhes peça

P’ra que “se mude no quartel d’Abrantes”,

Pois, se estivesse certo o proceder,

Ninguém viria aqui cobrar dever.



A linha mais gentil do pensamento

Permite que o leitor se reanime,

De modo que se torne mais atento

E que o melhor conselho logo estime,

Sem se lembrar de nos dizer: — “Agüento!” —,

Porque falar do bem é luz sublime,

Que inunda o coração de resplendor,

Na festa universal do Criador.



Um só defeito que nos reste n’alma

Há de impedir que o Reino venha a nós.

P’ra que se alcance a glória dessa palma,

Havemos de rogar de própria voz,

Que a luta contra o mal tão-só se acalma

Estando os inimigos juntos, sós,

Sentindo que o destino é bem comum,

Que a dor afeta os dois e a paz, nenhum.



Não tenho compromissos co’a maldade,

Por isso peço ao bom leitor que fique.

Se uma palavra ao mal o persuade,

Se um só suspiro dá tal “tremelique”,

É bom pensar bastante em caridade,

P’ra que o trabalho a vida mais estique,

Sem precisão de dar com a cabeça,

P’ra que o rigor das leis se estabeleça.



Mas, se o convite feito bem lhe agrada

De examinar o tema com candura,

Venho propor-lhe que não sinta nada,

Que torne a pregação em água pura,

Para viver a fé raciocinada,

Pois n’alma o amor assim bem mais perdura,

Que é como Allan Kardec a nós ensina,

Seguindo, passo a passo, a sã Doutrina.



Falamos de Jesus um pouco acima,

Lembramos a Kardec, o professor,

Citamos a virtude mais opima:

A caridade feita com amor,

Quisemos do leitor a sua estima,

Sem medo de falhar ao se compor,

Sabendo que o Senhor nos dá a bênção

Com que estes corações os males vençam.



Aproximei-me muito da verdade.;

Não quis, contudo, dar uma de bom.

A mim, me basta ver que alguém se agrade,

Sem se ocupar do exame deste som,

Porque sentir amor somente há-de

Quem reconheça noutro o mesmo dom:

O sofrimento não se compartilha,

Nem quando um simples verso ele estribilha.



Ao resgatar o tema para o verso,

Fazemos com que tudo se esclareça.

Aí, a rima faz-se com “perverso”,

Pois não se tem nenhuma na cabeça,

Conquanto a infinidade do Universo

A rogar ao Senhor nos favoreça:

É que a pobreza d’alma é manifesta,

Embora a trova esteja sempre em festa.



O regozijo do escrevente é claro,

Quando, veloz, atinge cada tecla,

Mas, ao pensar na rima, é que reparo

Que tenho de fazê-lo meu assecla,

Pois reconheço nele o melhor faro

Para fazer um bolo só de féc’la:

Eu quis brincar e dei tremendo fora,

Sem me lembrar da lei que aqui vigora.



Peço perdão ao médium pelo erro.

Prometo que co’as “teclas” já não brinco:

Não quero presenciar o meu enterro

(O número lembrado chega a cinco),

E o mal que cometi não faço a perro,

Que esta parede não suporta trinco.

Assim minha poesia se desfaz,

Escombros de esperança, fé e paz.



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